Faust – O Pesadelo Eterno (2000)

3.8
(5)

Faust - O Pesadelo Eterno
Original:Faust: Love of the Damned
Ano:2000•País:Espanha
Direção:Brian Yuzna
Roteiro:David Quinn, Tim Vigil, Miguel Tejada-Flores
Produção:Julio Fernández, Brian Yuzna
Elenco:Mark Frost, Isabel Brook, Jennifer Rope, Jeffrey Combs, Mònica Van Campen, Leslie Charles, Junix Inocian, Marc Martínez

“Os desejos que renegamos encontram-nos como o destino” – M

O produtor, cineasta e roteirista Brian Yuzna, nascido em 1951 nas Filipinas, e diretor de filmes como A Noiva do Re-animator (90) e Re-animator: Fase Terminal (2003), se juntou ao produtor espanhol Julio Fernández e criaram o estúdio “Fantastic Factory“, especializado em filmes de horror com a maioria da equipe técnica e locações na Espanha. Dessa parceria surgiram filmes como Arachnid e Dagon (ambos de 2001), além de vários outros em fase de produção como Rottweiler (2004). O primeiro trabalho da “Fantastic Factory” foi Faust – O Pesadelo Eterno (Faust – Love of the Damned), feito em 2000 com direção de Yuzna, efeitos especiais de seu parceiro, o japonês Screaming Mad George, e com elenco liderado por seu constante colaborador, o já veterano em filmes de horror Jeffrey Combs, de Re-Animator (85), Do Além (86), Os Espíritos (96), A Casa da Colina (99), Medopontocombr (2002), entre muito outros.

A história mostra um homem, John Jaspers (Mark Frost), desesperado pelo assassinato cruel de sua namorada, Blue (Jennifer Rope), cometida por capangas mafiosos. Extremamente angustiado e revoltado, Jaspers pensa em cometer suicídio quando é interrompido por um misterioso homem conhecido apenas como “M” (Andrew Divoff), que não é um nome, é um título que poderia significar “Mestre” ou “Mefistófeles“. O sinistro “M” oferece então à Jaspers uma troca macabra, sua alma por poderes sobrenaturais que lhe permitiriam vingar-se de seus inimigos. Pressionado por um sentimento de ódio e vingança, Jaspers aceita a proposta e transforma-se no diabólico Faust, que possui afiadas garras de navalha nos braços propiciando retalhar suas vítimas impiedosamente.
Após uma sangrenta matança numa embaixada, Faust é preso pelo policial Tenente Dan Margolies (Jeffrey Combs) e na cadeia o perturbado homem que fez um pacto com o demônio é ajudado pela psiquiatra Dra. Jade de Camp (Isabel Brook), onde inevitavelmente surge uma história de amor entre eles, e Faust decide renegar o diabo. Com isso, sua punição é ser enterrado vivo, mas ele volta do inferno para um confronto final com o poderoso “M”, em meio a uma conspiração satânica para invocar “Homunculus“, uma criatura bizarra vinda diretamente das profundezas sombrias do inferno.

Os maiores destaques do filme ficam por conta de várias cenas sangrentas e bem produzidas pela equipe de efeitos especiais comandada por Screaming Mad George em parceria com o espanhol Poli Cantero, considerado um dos melhores em seu país. Uma das melhores é uma sequência em que o sinistro “M” transforma sua assistente rebelde Claire (Monica Van Campen) numa criatura bizarra com seios e nádegas imensos, numa verdadeira massa gosmenta contrastando com a bela mulher que era anteriormente. Outras cenas memoráveis incluem a aparição do “Homunculus“, um enorme monstro infernal invocado num ritual demoníaco.

Outro fato positivo que não poderia deixar de ser citado foi a sábia escolha da trilha sonora, privilegiando uma porrada sonora com a participação de bandas como “Machine Head“, “Fear Factory” e principalmente “Soulfly” (do ex-guitarrista do “Sepultura Max Cavalera) e dá própria banda brasileira “Sepultura“, com a música “Breed Apart“.

Porém, apesar das cenas de violência e sangue, dos monstros, da presença de Jeffrey Combs e da trilha sonora com bandas de metal, o filme desperta muito pouco interesse devido ao elenco inexpressivo e à história sem atrativos que basicamente explora a lenda do homem que vende sua alma ao diabo, e que no caso desse filme o roteiro de David Quinn é inspirado numa graphic novel de sua própria autoria em parceria com Tim Vigil, produzida pela “Rebel“. Eu particularmente não aprecio esse tipo de argumento, assim como também do similar personagem dos quadrinhos “Spawn” (que virou um filme igualmente desinteressante), sendo necessário entrar no clima da história e se identificar com sua proposta para pode garantir o entretenimento, e isso não aconteceu no meu caso.

Faust – O Pesadelo Eterno foi lançado em DVD no Brasil pela “Flashstar” trazendo uma boa quantidade de material extra interessante. Temos uma breve sinopse, biografias do diretor Brian Yuzna, dos atores Mark Frost, Isabel Brook, Andrew Divoff e Jeffrey Combs, além de algumas notas de produção. Ainda tem um trailer com legendas em espanhol, breves depoimentos de Brian Yuzna, Screaming Mad George, o ator Mark Frost caracterizado como “Faust“, a bela atriz Isabel Brook e o experiente Jeffrey Combs, que até ensaia uma simpática saudação para os fãs em espanhol, Completando os extras tem um pequeno documentário de “makink of“, tudo legendado em espanhol.

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

One thought on “Faust – O Pesadelo Eterno (2000)

  • 27/05/2017 em 01:33
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    Mais um excelente filme de Brian Yuzna , um diretor que apesar de ter o seu nome seja na direção ou em outra função em vários filmes espetaculares , nem é lembrado e reconhecido como deveria ser pelos fãs de Horror , e isso é uma tremenda injustiça !
    ” Faust – O Pesadelo Eterno ” está na minha coleção , comprei o DVD original há muitos anos atras nas Lojas Americanas em um Shopping de Ribeirão Preto interior de SP .
    Tenho na minha coleção quase todos os filmes relacionados ao Brian Yuzna !

    Resposta

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