| Original:Friday the 13th: The Game Ano:2017•País:EUA Desenvolvedora:IllFonic•Distribuidora: Gun Media |
Provavelmente o maior ícone da história dos filmes de terror, a verdade é que Jason Voorhees dispensa apresentações. Através da série de filmes Sexta-Feira 13, o vilão foi responsável por ditar um estilo próprio, hoje extenuado, mas de sucesso absoluto desde o final dos anos 70, onde a moda foi colocar jovens de frente a um perigo mortal.
E mesmo com uma montanha de altos e baixos em sua carreira, Jason segue firme e inabalável em seu aspecto de vilão. Até mesmo os mais jovens, que nunca assistiram a um filme da franquia, conhecem o psicopata famoso pelo uso de uma máscara de hóquei e capacidade de alcançar a vítima mais veloz com meros passos vagarosos. Assim, aproveitando esse aspecto mitológico – ainda que longe do cinema atualmente – Jason ganha um jogo que se aproxima de honrar seu legado em Friday the 13th: The Game.
Com uma campanha de sucesso no Kickstarter, contabilizando cerca de US$ 800 mil dólares para seu desenvolvimento, Friday the 13th fugiu da ideia tradicional de jogos de terror em campanhas no estilo survival horror. Temos aqui um multiplayer online de partidas que comportam oito jogadores, onde um assumirá o papel de Jason, enquanto os outros sete serão os conselheiros do acampamento Crystal Lake, que precisarão fugir ou unir forças para sobreviver por 20 minutos ou até mesmo derrotar Jason.
E se tem algo que a produtora Gun Media merece é parabéns por apostar em uma ideia tão inovadora, mesmo que a premissa já tenha sido utilizada por um outro game de horror, o sucesso Dead By Daylight. A aposta em um multiplayer para o jogo de Jason é basicamente ser fiel aos filmes ao extremo, funcionando para atrair tanto os fãs da franquia, quanto um público novo, viciado em jogos de partidas online.
No papel de Jason, o jogador terá basicamente quatro habilidades. A possibilidade de se teletransportar pelo mapa, o poder de sentir a presença dos conselheiros, distinguir movimentos e sons, além de uma impressionante capacidade de desmaterialização, habilidade poderosíssima que unida às outras, o deixa praticamente imbatível se os conselheiros não forem capazes de se unir.
Já no papel dos conselheiros, o jogo nos obriga a ser mais espertos. Como Jason ganha suas habilidades aos poucos (demoram alguns minutos para todas estarem disponíveis ao assassino), é necessário usar esse tempo para organizar uma estratégia de fuga, já que se esconder não funcionará pelos 20 minutos da partida.
É na pele dos conselheiros que vem o divertimento de se sentir um rato sendo caçado pelo gato. Se quando você assistia os filmes do Jason pensava “eu nunca faria algo idiota assim igual esses adolescentes”, é aqui que você terá que provar isso. Há uma série de possibilidades de como sobreviver, entre elas colocar armadilhas, encontrar um telefone e chamar a polícia, convocar Tommy Jarvis (direto de Sexta Feira Parte 6: Jason Vive) para matar Jason (papel que será assumido por algum dos jogadores que morrer primeiro como conselheiro), ou encontrar peças e combustível necessários para fazer um carro ou um barco funcionarem, colocar outros amigos dentro e se mandar do mapa.
Sim, as possibilidades são inúmeras e a diversão está garantida não importa o papel que você pegue, algo importante no equilíbrio do jogo, já que não é possível escolher quem você será.
Além disso, dizer que Friday the 13th possuí referências é pleonasmo. A começar pela grande quantidade de versões de Jason disponíveis de acordo com seus avanços no jogo, muitas vindo direto de alguns dos seus filmes mais clássicos, como Parte 2 (com o famoso saco na cabeça) e Jason Volta Para o Inferno. Conselheiros mais habilidosos, fortes e com boa estamina também ficam disponíveis aos poucos, todos representando os clássicos estereótipos do mauricinho, o gordo, a virgem, o negro…
Ainda assim, Friday the 13th passa uma terrível sensação de grandeza demais para o que se propõe. Seu maior defeito está nos servidores que sustentam o jogo e com frequência… não o sustentam. A demora para encontrar partidas aleatórias (principalmente em consoles) pode irritar muito os jogadores. Cair no meio da partida também não é incomum. Sem um modo singleplayer (que será disponibilizado mais a frente como DLC), o jogo não possuí nenhum atrativo se seus servidores não estiverem de bom humor.
Assim, uma dica importante é reunir amigos para Private Party. O jogo flui muito melhor e a diversão é significativamente maior, principalmente se uma boa dose de zueira BR for inserida.
O nível dos gráficos também decepciona um pouco. Principalmente nos conselheiros, que com caras plásticas demais para a atual geração, não demonstram muito bem o medo e as emoções que um jogo de caçada humana deveria transmitir. Isso porque o jogo é sim capaz de nos dar sustos e medos, principalmente na pele dos conselheiros, enquanto algumas pessoas que incorporam o Jason realmente se entregam ao papel.
E claro, há o fator de risco sempre presente em jogos online que é necessidade de se reinventar constantemente para que seus jogadores mantenham o interesse e a presença no universo online. Algo que a Gun Media precisará se dedicar mais a frente.
No fim das contas, Friday the 13th: The Game é sim um jogo que honra a memória de Jason, mas honra sua carreira como um todo, com os mesmos acertos e erros de sua trajetória cinematográfica. Esqueça o Jason azul do NES de 1989 e o lutador sarado de Mortal Kombat XL, abrace o terror e divirta-se neste lançamento… se sua conexão assim permitir.
Friday the 13th: The Game está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC. A análise foi feita em um PlayStation 4.
muito legau deixa eu joga co meus amigos pofavo voces que qui o ese jogo por que e muito i terigesia pofavo
meu nome e yarlei
muito legau poliso que eu quelo joga muito
O jogo é muito bom, tem varias coisas para desbloquear no jogo e cada partida é unica…
repetitivo, esta é a melhor definição para o que estou vendo ai