The Blackcoat’s Daughter
Original:The Blackcoat’s Daughter
Ano:2015•País:EUA, Canadá Direção:Oz Perkins Roteiro:Oz Perkins Produção:Bryan Bertino, Adrienne Biddle, Alphonse Ghossein, Robert Menzies, Rob Paris Elenco:Emma Roberts, Kiernan Shipka, Lauren Holly, James Remar, Lucy Boynton, Peter J. Gray |
O terror gélido de Oz Perkins entra facilmente para a galeria das produções psicológicas, cadenciadas, com influência satânica na destruição da alma, incluindo a do espectador. Não são filmes para todos os públicos, principalmente para a geração Velozes e Furiosos, mas trazem um contexto aterrorizante, envolto em uma atmosfera pessimista, que deixa o público com um gosto amargo na boca, caso resista até o final. Veio com a leva de A Bruxa, O Babadook e Corrente do Mal, permitindo discussões acaloradas nos fóruns virtuais sobre a criação do termo “post-horror“, mas não foi muito além por não ter a mesma popularidade das citadas, ainda que o conteúdo seja bastante similar.
Com a aproximação da pausa de inverno, com o frio canadense dificultando a movimentação dos veículos numa perturbadora claustrofobia, todas as alunas de um colégio são recolhidas pelos pais, exceto duas completamente diferentes. A jovem Kat (Kiernan Shipka) acredita que seus pais não virão buscá-la por terem morrido em um acidente de carro; enquanto a bela Rose (Lucy Boynton) mentiu para a família com o objetivo de realmente ficar na escola, com uma possível suspeita de gravidez. Aos poucos, Rose começa a desconfiar do comportamento estranho de Kat, que diz que as mulheres que cuidam do lugar fizeram pacto com o demônio, ao passo que apresenta uma alteração gradual de comportamento, em simbologias bem curiosas que trazem um arrepio no espectador ao notar a presença constante de uma silhueta macabra.
Há também uma terceira personagem intrigante desse universo feminino: Joan (Emma Roberts), que escapou de uma instituição mental e foi recolhida por um casal de idosos. Ambientado numa época distinta, o público fica sem entender a relação dela com as duas garotas da escola até o final, quando tudo se une em um quebra-cabeça macabro. Aliás, Perkins trabalha bem com as idas e vindas do tempo até mesmo na sequência em que mostra dois policiais chegando a um local, onde ocorrera uma tragédia que será apresentada posteriormente. O espectador começa a entender uma influência satânica em todos os presentes, torturando-o aos poucos até o sangrento ato final.
Conhecido também pelo título February, The Blackcoat’s Daughter (uma relação divertida com “the black goat´s daughter“) é um filmaço, disponível na Netflix, que traz todos os elementos que constroem as melhores produções do gênero. Carregado por um tom depressivo, composto de um esforçado elenco e sequências incômodas como a que acontece diante do forno, simbolizando a fogueira que as bruxas utilizavam para seus rituais, o longa tem um ritmo lento, mas que casa com a narrativa e a ambientação, ainda permitindo discussões sobre a evolução feminina, mudanças no corpo e amadurecimento. O excelente resultado levou o diretor ao comando de um outro terror cadenciado, o interessante I Am the Pretty Thing That Lives in the House aka O Último Capítulo.
Parece que essa tendência de trabalhar enredos, sem a exposição gratuita de sustos e som agressivo, veio realmente para ficar no gênero. Se vai agradar ao público, vai depender muito do que ele espera: um horror frio e constante ou um choque elétrico de adrenalina.
Vc tem algum link pra esse filme?
Nao to achando lugar nenhum
Não divulgamos links, Caroline. O filme é recente, já já deve estar pintando no Netflix.
Não é tão dificil se vc procurar direito.
Vai naquele site chamado vizer.tv e procura pelo outro nome, February.
Filme muito bom, principalmente a atuação impecável de Shipka. Só achei Emma Roberts péssima! Só não estraga o filme porque aparece pouco.
Sobre o nome do filme? São dois nomes?
Ou houve uma mudança?
Era February, mudou para The Blackcoat’s Daughter.
Sabe esse filme é interessante parece até que ele é uma especie de continuação do filme “A bruxa” só que nos tempos atuais, é engraçado, pois os diretores são diferentes e os filmes foram rodados ao mesmo tempo, mas o tema, atmosfera são muito parecidos. Aviso se vocês não gostou do filme a Bruxa provavelmente não vai gostar desse, pois alem de ter o mesmo ritmo lento, é descontinuo e deixa a maior parte das coisas para os telespectadores presumirem e juntarem as peças, gostei mas não recomendo para os pipoqueiros fãs apenas dos massacres alucinantes com “jumpscare” a cada 5 minutos, esse tem pouco disso e pode te frustar.