3.5
(2)

Vende-se Esta Casa
Original:The Open House
Ano:2018•País:EUA
Direção:Matt Angel, Suzanne Coote
Roteiro:Matt Angel, Suzanne Coote
Produção:Dan Angel, Matt Angel, Suzanne Coote
Elenco:Dylan Minnette, Piercey Dalton, Patricia Bethune, Sharif Atkins, Aaron Abrams, Edward Olson, Katie Walder

O conceito era até um pouco diferente. Uma família se muda para uma casa que está para ser vendida, tendo que se afastar dela em certos dias e horários para permitir as visitas dos interessados em comprá-la. Você fica imaginando sua casa servindo de ambiente para estranhos e que um desses pode até optar por não ir embora, escondendo-se no sinistro porão. Não há assombrações, apenas um invasor misterioso. O trailer deixava essa expectativa, e havia a possibilidade do público tentar descobrir a identidade do visitante. Tudo se dilui quando os créditos finais despontam na tela, e o espectador não sabe como reagir diante de tanto desperdício de possibilidades. Vende-se Esta Casa foi um dos primeiros lançamentos da Netflix em 2018…e já entra facilmente para a lista dos piores do ano.

O longa começa envolto em clichês. A morte acidental de Brian (Aaron Abrams) faz com que sua esposa, Naomi (Piercey Dalton), e seu filho, Logan (Dylan Minnette), tenham que se mudar em busca de novos ares. Aliás, a sequência que culmina com a morte do pai da família é tão mal realizada, filmada de maneira tão amadora, que já faz o espectador pensar duas vezes em trocar de filme na própria Netflix. Seguindo a sugestão de Allison (Katie Walder), os dois concordam em se mudar para uma casa nas montanhas, tendo apenas que seguir as regras de visitação dos interessados na morada.

O casarão é bem bonito realmente, mas o que chama a atenção é o porão, que possui uma espécie de caverna que permite alguns belos esconderijos. Assim que se mudam e tentam retomar à velha rotina – Logan treina corrida para tentar uma vaga nas próximas Olimpíadas, sem que isso ganhe importância no roteiro -, coisas estranhas começam a acontecer. Uma porta que se move sozinha, o desaparecimento de itens como celular e os óculos, sons estranhos, chuveiro que não esquenta…uma sombra parece espreitá-los pelos cômodos, como se alguém estivesse ali, fazendo parte da família.

Não tem mais nada para contar do enredo de Matt Angel e Suzanne Coote. Eles acrescentam alguns personagens estranhos para levantar suspeitas do espectador, como o inoportuno Chris (Sharif Atkins), affair de Naomi, e a doida da vizinha, Martha (Patricia Bethune), que aparece em lugares inusitados. Cria-se algumas cenas de suspense com a movimentação do estranho pelos cômodos, alguns atritos entre o rapaz e a mãe, e nada mais até o frustrante final. Sim, o grande problema fica reservado para o último ato, como se o filme simplesmente terminasse, sem explicar coisa alguma. Você até pensa que haverá uma reviravolta na revelação do inimigo, algo relacionado a uma possível esquizofrenia do rapaz, porém não é o que acontece.

Ao término, fica a sensação de uma visita interminável a uma casa que você não gostaria de comprar. Um passeio torturante por cômodos desorganizados e mal distribuídos, enquanto você só pensa em sair o quanto antes dali. Não vale nem o aluguel!

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Média da classificação 3.5 / 5. Número de votos: 2

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3 Comentários

  1. Filme ate razoavel mas nada é explicado como a presença da velha que cada hora diz uma coisa e no final fiquei com a sensação de que vem ai o nr 2 3 4 5….

  2. A impressão que eu tive foi que o filme foi filmado antes do roteiro terminar de ser escrito…

  3. Concordo com a critica deste portal. Achei uma perda de tempo, nem sempre a Nexflix acerta…

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