Jurassic World: Reino Ameaçado
Original:Jurassic World: Fallen Kingdom
Ano:2018•País:EUA Direção:J.A. Bayona Roteiro:Derek Connolly, Colin Trevorrow Produção:Belén Atienza, Patrick Crowley, Frank Marshall Elenco:Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall, Justice Smith, Daniella Pineda, James Cromwell, Toby Jones, Ted Levine, Jeff Goldblum, BD Wong, Geraldine Chaplin, Isabella Sermon |
Desde quando os dinossauros dominavam as telas de cinema, em efeitos assustadoramente convincentes, esperava-se uma produção que fugisse das ilhas para alcançar ambientes urbanos e perturbar de vez a raça humana. Se Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros ambientou suas criaturas em um local isolado, lembrando a selvageria do clássico O Mundo Perdido (1925 e 1960), por outro lado, O Mundo Perdido: Jurassic Park deu uma oportunidade para um Tiranossauro Rex invadir a América, em referência a King Kong (1933). Ainda não foi desta vez, embora Jurassic World: Reino Ameaçado tenha optado por conduzir a segunda parte de sua concepção numa imensa mansão, explorando não apenas a ameaça mas a claustrofobia e uma perturbadora sensação de insegurança.
As ações de Jurassic World 2 acontecem três anos após a queda da segunda tentativa de manter os animais como atrações em um parque temático. A Ilha Nublar é agora uma terra pré-histórica, mantida em preservação absoluta em respeito à vida das espécies. Contudo, o interesse de mercenários, na chegada sorrateira ao local, é encontrar vestígios do DNA do terrível Indominus rex, o dinossauro que se transformou no principal vilão do primeiro filme e que agora tem seus restos mortais perdidos nas profundezas do lago do gigantesco Mosassauro. A equipe é atacada pelo Tiranossauro, durante uma forte tempestade noturna, tendo destaque a luta pela sobrevivência de um deles na tentativa de fugir em um helicóptero.
Na América, consciente de que um vulcão da ilha está prestes a entrar em erupção, na eminente extinção das espécies, o senado americano discute se o governo deve tomar alguma precaução para salvá-las. O matemático Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum), presente nos dois primeiros filmes da franquia de Spielberg, defende que nada seja feito, uma vez que a Natureza provavelmente esteja corrigindo a ordem natural das coisas – um debate interessante e que desperta novamente temas como clonagem e proteção dos animais. Dentre aqueles que são favoráveis a um resgate das criaturas, está Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), que, com a queda de Jurassic World, faz parte de um grupo de apoio às espécies. Com o governo indo contra o salvamento, ela é convocada a visitar o rico Benjamin Lockwood (James Cromwell), parceiro do falecido Hammond, que fomentou o Parque dos Dinossauros original.
A proposta envolve a retirada dos dinossauros da Ilha Nublar até uma outra ilha, sem o contato humano, para que a vida possa se desenvolver normalmente. Mas, o milionário e seu auxiliar Eli Mills (Rafe Spall) sentem uma grande dificuldade para recuperar Blue, o último Velociraptor vivo, e precisam do apoio de Claire e do ex-cuidador Owen Grady (Chris Pratt) para retornar à ilha e salvar a espécie. Seguindo a cartilha de inúmeras continuações, o casal está mais uma vez afastado, e terá que resolver as diferenças para voltar a trabalhar junto.
A partir daí, a primeira metade relembra ambientes do primeiro filme, enquanto o vulcão começa a entrar em erupção. Claire, Owen, o medroso Franklin Webb (Justice Smith) e a paleontóloga Zia Rodriguez (Daniella Pineda) chegam ao local, já habitado por militares sob o comando de Ken Wheatley (Ted Levine). Perseguições, dinossauros diversos, o encontro com o dirigível circular e a verdade por trás da missão promovida por Eli trarão as doses necessárias para a diversão nessa primeira parte. Assim, os sobreviventes se aliam aos soldados na condução dos dinossauros à mansão nos Estados Unidos, onde mora também a pequena e talentosa Maisie (Isabella Sermon, em sua estreia no cinema), pela qual o espectador cria um empatia imediata.
Em termos de aspecto técnico, não há o que contestar no novo encontro com dinossauros no cinema. Eles realmente são bastante realistas, ainda mais pelo fato de alguns terem sido desenvolvidos com bonecos mecatrônicos. Você nota não apenas a textura da pele grossa das criaturas, mas feridas – no caso do Tiranossauro Rex, algumas herdadas da batalha contra o Indominus -, veias nos olhos, além de seus movimentos convincentes. E o novo dinossauro, com mais DNA de Velociraptor e um pouco menor, é bem mais ameaçador do que o do filme anterior, devido a sua agilidade e faro na busca de suas presas.
Se os efeitos são bons, a ação e tensão cumprem seu papel de maneira satisfatória e há cenas de humor promovidas por Franklin, por outro lado o roteiro de Derek Connolly e Colin Trevorrow repetem algumas fórmulas dos filmes anteriores (o herói, a mocinha, a criança…) e falham consideravelmente em alguns momentos. Desde a mão de Owen tocando a lava – e o enredo ignorando o calor absurdo que a proximidade já traria consequências -, até o tamanho da mansão, na capacidade de alocar as criaturas, é impossível ignorar tais liberdades de enredo. E o modo acelerado da narrativa, ao saltar da ilha para um imediato leilão – algo que já acontecia em O Mundo Perdido com a exposição do Tiranossauro Rex -, incomoda os mais atentos, mesmo considerando a dinâmica de sua proposta.
Por outro lado, as discussões sociais e a triste e significativa sequência de morte de um Braquiossauro são suficientes para enaltecer o trabalho de J.A. Bayona e imaginar as perspectivas ousadas do próximo exemplar. Desta vez, não terá como evitar o embate entre as espécies, na transformação real de um mundo já abalado por seus próprios problemas em um temível mundo jurássico.
Muito ruim, a pior sequência da franquia.
Gostei demais do filme! Bayona trouxe o horror gótico para a franquia, com cenas que beiram a de filmes de terror! E aquela cena do braquiossauro vale o filme inteiro – que coisa linda e comovente – óbvio que chorei. Vida longa para JURASSIC WOLRD!
Aquela parte da lava foi realmente muito ruim. E a parte deles andando na lateral da mansão na chuva foi também muito irreal. Mas eu gostei. O filme consegue trazer influencias do primeiro e ainda assim ser diferente. Os coadjuvantes são muito bons (especialmente comparados as crianças sem graça do JW1) e mereciam mais tempo em tela. A cena do braquiossauro foi linda e emocionante, quase chorei. Chris e Bryce tem uma química espetacular, além de muito carisma e a Isabella também faz um ótimo papel como estreante. Vamos ver o que o terceiro filme nos traz de bom.