What the Water Left Behind
Original:Los olvidados
Ano:2017•País:Argentina Direção:Luciano Onetti, Nicolás Onetti Roteiro:Luciano Onetti, Nicolás Onetti, Carlos Goitia Produção:Nicolás Onetti Elenco:German Baudino, Paula Brasca, Mirta Busnelli, Victorio D'Alessandro, Pablo Guisa Koestinger, Victoria Maurette |
O Massacre da Serra Elétrica versão tango. Bom, pelo menos, essa é a proposta dos realizadores do terror What the Water Left Behind (Los olvidados, 2017), de Luciano e Nicolás Onetti, que chegou está à deriva na Netflix há tempos. É claro que falham miseravelmente na idealização, desenvolvendo um conceito repleto de lugares-comuns, sem explorar adequadamente o contexto sobre o qual o enredo se inspirou. Em 6 de novembro de 1985, a cidade foi afetada por um fenômeno conhecido como seicha, que conduziu à destruição da barragem e a consequente inundação. O local foi completamente abandonado por todos os moradores, restando apenas ruínas submersas e as casas e objetos deixados para trás. Vinte e cinco anos depois, a água baixou evidenciando o que ficara, entre árvores mortas e muita memória depressiva, mas ninguém quis voltar a morar ali. No roteiro dos diretores, em parceria de Carlos Goitia, essa não é verdade. Ainda há vida ali.
Uma equipe de documentaristas está prestes a visitar as ruínas da cidade. Pretende produzir em vídeo a reação de uma ex-moradora da cidade, uma tal de Carla (Victoria Maurette), ao voltar ao local onde cresceu e viveu a infância. Assim, durante o trajeto a bordo de uma kombi, o grupo resolve parar num posto de gasolina para abastecer e usar o banheiro. Lá já notam a hostilidade dos moradores, seja na obrigação de compra de uma carne suspeita ou no modo como reagem à presença dos visitantes. Uma das garotas, a que estava com necessidades fisiológicas, resolve xeretar o restaurante e encontra um estranho assistindo programa de dança na TV; outro, é hostilizado, quando verificava um veículo numa oficina.
Continuam o trajeto até chegar à cidade. Fazem algumas filmagens, com os depoimentos de Carla, e, quanto estão prestes a partir, notam que a mangueira de gasolina foi cortada. A noite se aproxima, e o receio de que algo esquisito está acontecendo demora para alcançá-los. Um homem aparece para ajudar, e um deles parte para tentar resolver o problema. Mas, eles estão apenas começando: pessoas mascaradas estão à espreita, com pedaços de pau e arame farpado, para iniciar um banho de sangue e tortura nos incautos, que terão que lutar para conseguir sair dali vivos.
Se o enredo parece mais Chernobyl, de 2012, devido à chegada a uma cidade com um passado trágico, o restante bebe completamente (só se perceber a ressaca) no clássico de Tobe Hooper. Canibalismo, uma pessoa deformada com trejeitos de um animal irracional (Leatherface? Alguém?) e até a conhecida cena do jantar não são ignoradas, sem deixar qualquer evidência de homenagem. A impressão é a de uma falta de criatividade absurda, tanto que os diretores simplesmente substituem os flashes da câmera do original por um frame congelado em vermelho, mas não disfarçam as faltas de qualidade técnica na direção, efeitos de maquiagem e roteiro.
Além do mais, os personagens são tão mal desenvolvidos – uma traição e atração entre duas garotas – que você não torce por ninguém. Quer apenas vê-los sendo mortos de maneira gráfica e realista, embora isso nunca aconteça da maneira como se espera. A sequência em que uma jovem tem a perna amputada por uma serra é tão demorada e irritante que favorece que o espectador perceba que a perna em exposição não é a dela, sendo apenas algo que tenta imitá-la. Como o enredo não tem muito para contar – e nem se preocupa com o contexto -, tudo flui lentamente, sem emoção ou tensão.
Sabendo que o cinema argentino já trouxe outras obras bem melhores do gênero, What the Water Left Behind soa artificial e uma simples cópia mal feita do que já fora feito anteriormente com mais agressividade e qualidade.
Achei horrível e o final meio fracamente inacreditável
Gostei muito do filme, não entendi a critica desse tal Marcelo Milici, acho que senti um bocado de inveja nessas suas palavras.
Achei parecido com a história real se crimes dos Bender no sudeste do Kansas.
Vi criticas positivas sobre esse filme,mas sinceramente não gostei,mas valei a intenção! Daria 2 caveirinhas.
Eu aprovo essa homenagem feita pelos irmãos Onetti .
” Los Olvidados ” (2017) faz parte da minha coleção !
Tenho medo desse tipo de filme! Não vou assistir! Kkkk