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Anon
Original:Anon
Ano:2018•País:EUA
Direção:Andrew Niccol
Roteiro:Andrew Niccol
Produção:Daniel Baur, Andrew Niccol, Oliver Simon
Elenco:Clive Owen, Amanda Seyfried, Colm Feore, Joe Pingue, Toyin Ishola Afiya Bennett, Morgan Allen, Jeffrey Men, James Tam

Em um futuro não muito distante, os olhos permitirão que você acesse informações sobre outras pessoas, como se pudesse escaneá-las, e ainda consiga arquivar a memória visual para resgatar lembranças, sem a necessidade de um computador. Esse sistema, apelidado de Olhos da Mente, impede o anonimato, assim como facilita a solução de crimes, simplesmente acessando as últimas imagens que a vítima viu. O investigador Sal Frieland (Clive Owen) estava tranquilo em seu serviço, operando de maneira absoluta na resolução de conflitos, quando, numa simples caminhada pela rua, ele cruza com uma garota anônima (Amanda Seyfried). Além de não conseguir identificá-la pelo olhar, de alguma maneira ela tem a capacidade de apagar do arquivo visual das pessoas quem viu o seu rosto.

Ao mesmo tempo em que essa nova informação intriga a polícia, uma série de assassinatos está incomodando os oficiais pela dificuldade em visualizar o criminoso: a vítima é confundida pela visão de sua própria morte na perspectiva de seu algoz. Consciente que existe a possibilidade de hackear o sistema, Sal tentará criar uma falsa identidade a fim de ter o auxílio dos serviços da garota anônima para apagar os registros de uma possível traição, imaginando que essa aproximação possa ajudá-lo a identificar o assassino. Mas, isso só será possível, se ele também não for hackeado e enganado pelos próprios olhos.

Embora tenha as características de um thriller futurista, Anon não é uma coisa nem outra. Mesmo com os mistérios envolvendo um assassino misterioso e sua capacidade de iludir a polícia, a narrativa apenas intriga o espectador, sem desenvolver cenas de ação ou suspense. Curioso pelo sistema, o enredo de Andrew Niccol, também diretor, não se preocupará em apresentar as bases dessa nova tecnologia, mostrando como começou e foi implantado; você simplesmente acompanha essa visão robótica das personagens enquanto tenta descobrir o que está acontecendo realmente. Por que a garota estaria matando essas pessoas? Qual a relação das vítimas com a suposta assassina?

Se Anon não tem muita ação e apenas atrai a curiosidade pelo método e mistério apresentados, o erotismo em alguns momentos e a beleza nua de Amanda Seyfried já são suficientes para cativar o espectador. Apesar de atuar por vezes de maneira fria, mas sedutora, a atriz desperta a empatia tanto do público quanto do protagonista, e ambos torcem para que ela não seja a verdadeira vilã. Enquanto o oposto acontece com o personagem de Clive Owen: mesmo com a profundidade de sua perda devido a um descuido do olhar – ironicamente -, Sal parece não se importar com coisa alguma, optando as vezes pela solidão de um sofá, acompanhado de alguma bebida.

Assim, sem empolgar ou divertir, mas tecnicamente eficiente, Anon até irá manter o olhar curioso do espectador até seu desfecho, mas dificilmente será mantido entre as lembranças visuais, provavelmente sendo substituído por produções mais interessantes.

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1 comentário

  1. Essa foi a resenha mais positiva de um filme 2/5 que eu já vi até hoje.

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