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Buscando...
Original:Searching
Ano:2018•País:Rússia, EUA
Direção:Aneesh Chaganty
Roteiro:Aneesh Chaganty, Sev Ohanian
Produção:Timur Bekmambetov, Sev Ohanian, Natalie Qasabian, Adam Sidman
Elenco:John Cho, Debra Messing, Joseph Lee, Sara Sohn, Alex Jayne Go, Megan Liu, Michelle La, Connor McRaith, Debra Messing

Era de se imaginar que o cinema iria explorar o uso de tecnologias de informação. Se já é difícil acreditar que alguém, em pleno século XXI, esteja em alguma cabana isolada e sem sinal no celular – e isso já pode incluir até o wi-fi -, como é visto em muitos roteiros de terror, por que não se aproveitar de assombrações e assassinos em série, além da facilidade em localizar alguém desaparecido e seus contatos? Muitos filmes já fazem uso desse universo de possibilidades digitais para se aproximar do público conectado, como é o caso de The Den, Perseguição Virtual e Amizade Desfeita, e trazer narrativas inteiras visualizadas numa tela de computador. O thriller Buscando… (Searching, 2018) teve uma passagem discreta nos cinemas brasileiros no dia 20 de setembro, mas trouxe elogios daqueles que puderam acompanhar o drama de um pai na procura de sua filha em um ambiente completamente virtual.

Assim que David Kim (John Cho) perde a esposa vítima de câncer, em um resumo de gravações por celular bem interessante, só resta a ele cuidar da adolescente Margot ( Michelle La), mantendo comunicações constantes quando a garota está na escola ou em suas aulas de piano. Dada madrugada em que a jovem tentou entrar em contato com o pai por diversas vezes, ela desaparece sem deixar vestígios. David passa a conhecer a sua filha a partir do momento em que começa a procurá-la entre os amigos – ninguém dava atenção a ela – e em seus contatos. Conversando com os últimos que a viram e visitando ambientes virtuais por onde ela passou, como o site de vídeos YouCast, ele começa a perceber algumas atitudes suspeitas, com o envolvimento até de seu próprio irmão. Pede, então, ajuda para a polícia, no papel da detetive Vick (Debra Messing), e aos poucos vai se aproximando da verdade.

É claro que uma narrativa inteira mostrada na tela do computador, alternando câmeras do celular e de segurança, seria impraticável se não houvesse algumas licenças do roteiro. Desse modo, o espectador tem que aceitar que o notebook de David fique conectado 24 horas, que ele aponte para sua cama durante a noite e que tanto a internet quanto o processador sejam extremamente velozes e eficientes. Outras facilidades do roteiro envolvem os rastros virtuais e a facilidade de encontrar todos os contatos de uma pessoa, apenas por uma foto ou nickname. Além disso, todas as tentativas de comunicação funcionam perfeitamente, como se todo mundo estivesse sempre disponível a atendê-lo.

O suspense se desenvolve de modo rasteiro através das pistas descobertas por David. A cada caminho encontrado, uma possibilidade desponta em sua investigação, levando-o a suspeitas que podem ajudá-lo a traçar o último destino de Margot. Solidário com a perda mostrada no início, e sem qualquer perspectiva de uma ameaça real, o público acompanha a busca do pai, torcendo para um final feliz, mesmo sabendo que as chances são mínimas. Quando o drama alcança a TV, com reportagens que auxiliam na narrativa, o episódio toma proporções ainda maiores, com algumas doses de crítica ao abandono social, tocando levemente na depressão.

O desespero do pai na busca pela filha é até interessante e, às vezes, tem o aspecto de um documentário. Contudo, como thriller de mistério e investigação, o longa de Aneesh Chaganty não impressiona, não traz uma dosagem adequada de suspense e nem desperta a adrenalina.  Diverte pelo quebra-cabeça proposto e pela edição ágil de Nicholas D. Johnson e Will Merrick, que nunca incomoda, mas não empolga a ponto de merecer uma recomendação ou uma busca.

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7 Comentários

  1. Até que curti o filme, gosto desses no estilo webcams e tal.

    Spoilers *******

    O final me lembrou a série Safe, se não me engano a mulher lá tb era detetive, rsrs

  2. Eu amo esse site e sempre ignoro as notas boas para filmes PODRES, mas perdeu toda a credibilidade aqui.

    1. Avatar photo
      Author

      Ainda estou tentando entender o que vocês viram nesse filme! Não tem simplesmente nada que o considere acima da média. Não é inovador, nem tem nada de especial. Mas, eu também não disse que é ruim…

      Abs

  3. Eu gostei muito do filme é a Debra Messing tá convincente no papel da detetive ✌

  4. Vocês precisam colocar gente nova urgente pra escrever criticas, todos os lugares falaram bem desse filme, 7,7 no imdb e o boca do inferno dando 2 estrelas e meia… isso porque o filme já tá “antigo” pra resenhar, amo o site e frequento desde meus 16 anos de idade, tenho 28 hoje em dia… mas do jeito que anda não tá legal… precisam de agilidade urgente, nem critica de happy death day 2u tem ainda… parece quem escreve é um velho que só acha que filme bom foi halloween de 74, bebe de rosemary e exorcista, o cinema do terror/suspense mudou, amores… e vocês não estão conseguindo enxergar com esses olhos…

      1. é patético pegar um erro que eu mesma me toquei na hora que escrevi pra diminuir tudo que eu falei…. homens, né?

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