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Cópias - De Volta à Vida
Original:Replicas
Ano:2018•País:EUA, China, Porto Rico, UK
Direção:Jeffrey Nachmanoff
Roteiro:Chad St. John, Stephen Hamel
Produção:Lorenzo di Bonaventura, Mark Gao, Stephen Hamel, Keanu Reeves, Luis A. Riefkohl
Elenco:Keanu Reeves, Alice Eve, Thomas Middleditch, John Ortiz, Emjay Anthony, Emily Alyn Lind, Aria Lyric Leabu, Nyasha Hatendi, Amber Rivera, Luis Gonzaga

Um dos atores mais boa-praça de Hollywood,  Keanu Reeves esteve em alta em 2019 por protagonizar o empolgante John Wick 3: Parabellum, e por ter aparecido em fotos respeitando as mulheres, além de suas declarações e simpatia. Mas, ele também esteve nos cinemas pelo longa Cópias – De Volta à Vida (Replicas), um thriller de ficção científica absolutamente descartável, já disponível na Netflix. Trata-se de uma produção que aborda um tema que foi já trabalhado de maneira melhor há algumas décadas, quando ainda o assunto clonagem humana era bastante discutido.

Com direção de Jeffrey Nachmanoff, a partir de uma trama de Stephen Hamel para o roteiro de Chad St. John, o longa traz William Foster (Reeves) como um biomédico que faz pesquisas científicas para o instituto Bionyne Corporation, em Porto Rico, com a expectativa de realizar a transferência da consciência humana para uma robô, o que poderia resultar numa possível vida eterna, aproveitando também os avanços da clonagem. Falho na experiência, ao lado do parceiro Ed (Thomas Middleditch), e com a ameaça de fim dos investimentos no setor e que poderia levá-lo à perda do emprego, William tem uma oportunidade particular de tentar novamente quando sofre um terrível acidente que vitimiza sua esposa Mona (Alice Eve) e seus três filhos, Matt (Emjay Anthony), Sophie (Emily Alyn Lind, vista recentemente em Doutor Sono) e a pequena Zoe (Aria Lyric Leabu).

Ele, então, pede ajuda a Ed para cloná-los, e tem 17 dias para aprender o processo de transferência das lembranças. Tudo precisa ser feito na surdina, sem que seu chefe, Jones (John Ortiz), descubra, uma vez que o investimento utilizado é imenso para os cofres do laboratório. Como primeiro problema, William tem a árdua missão de escolher aquele membro da família que será excluído por não ter um tanque reserva de desenvolvimento de outro corpo; depois, a bobagem de ter que roubar baterias de carro para improvisar um gerador (e consegue fazer o serviço em 17 veículos numa única noite) e, por fim, encontrar meios de faltar no serviço em uma desculpa ridícula do roteiro, apenas para trazer alguns momentos engraçadinhos com o personagem.

Desse modo, a primeira metade do filme Cópias é arrastado em um drama de experimento, com o protagonista tendo até que resolver as questões sociais da família, e que diminui a capacidade interpretativa de Keanu Reeves, que não convence como alguém que perdeu tudo que importava. Na segunda, inicia um quase sitcom, com William tendo que esconder as evidências da criança eliminada e encontrar desculpas para os esquecimentos dos familiares – às vezes uma comédia de erros e até uma peça de teatro. E mesmo assim nessas inúmeras ações, muitos furos não são muito bem camuflados como as que envolvem as lembranças de outras pessoas em relação àquela que não foi clonada: será que ele não pensou que algum vizinho, tio, ou colega da escola poderia perguntar sobre a pessoa ausente, causando grande confusão e mais mentiras?

E, no terceiro ato, Cópias parte para o thriller de ação, com fugas, tiroteio e invasão a um hospital. Cria algumas cenas de tensão e correria, mas insuficientes para salvar o longa de sua mediocridade. Além de tratar de um assunto já explorado em filmes melhores (O Sexto Dia, O Enviado e até Replicant), ao final deixa uma sensação de cópia mal impressa do tema e uma desculpa frágil para se constituir uma produção.

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