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Doom - A Porta do Inferno
Original:Doom
Ano:2005•País:EUA
Direção:Andrzej Bartkowiak
Roteiro:Dave Callaham, Wesley Strick
Produção:Lorenzo di Bonaventura, John Wells
Elenco:Karl Urban, Rosamund Pike, Dwayne Johnson, Deobia Oparei, Ben Daniels, Razaaq Adoti, Richard Brake, Al Weaver, Dexter Fletcher, Brian Steele

A indústria do cinema de entretenimento, principalmente no gênero fantástico, tem investido em mídias específicas para o uso de ideias dos roteiros de seus próximos filmes, tanto que temos como resultado dessa estratégia uma grande quantidade de produções baseadas em personagens dos quadrinhos, ou atrações de parques de diversões, ou adaptações de jogos eletrônicos populares. No caso dessa última mídia, é fácil lembrarmos de algumas bombas como aquelas dirigidas pelo alemão Uwe Boll, House of the Dead – O Filme e Alone in the Dark – O Despertar do Mal, ambos lançados no mercado de vídeo brasileiro, ou as duas tranqueiras da franquia Lara Croft: Tomb Raider, estrelada por Angelina Jolie e que foram exibidas em nossos cinemas.

Para aumentar ainda mais as estatísticas sobre os filmes baseados em videogames, chegou ao Brasil Doom – A Porta do Inferno (Doom, 2005), que entrou em cartaz nos cinemas em 17/02/06, dirigido pelo polonês Andrzej Bartkowiak e com o astro da luta livre americana Dwayne “The Rock” Johnson liderando o elenco ao lado de Karl Urban (um rosto mais conhecido pela saga O Senhor dos Anéis).

Na história, um grupo de soldados liderados por Sarge (The Rock) e formado por “Reaper“, codinome de John Grimm (Karl Urban), “Destroyer” (Deobia Oparei), “Goat” (Ben Daniels), “Duke” (Raz Adoti), Portman (Richard Brake), “The Kid” (Al Weaver), “Hell Knight” (Brian Steele) e Mac (Yao Chin), é convocado para uma missão de reconhecimento numa base de pesquisas científicas em Marte. Eles partem através de um portal dimensional e são recepcionados pela cientista Dra. Samantha Grimm (Rosamund Pike), irmã de “Reaper“, que informa a misteriosa falta de comunicação de um grupo de pesquisadores, entre eles o Dr. Carmack (Robert Russell), que estava trabalhando numa ala restrita da estação cientifica.


Antes de assistir Doom – A Porta do Inferno, as expectativas não eram muito animadoras, devido principalmente aos exemplos anteriores de filmes ruins que foram adaptados dos videogames, ou até pelo trailer promocional que mostrava apenas mais um filme com muita ação misturada com elementos de horror e ficção científica. E o roteiro parecia comum e simples demais, lembrando bastante os dois filmes da série Resident Evil (O Hóspede Maldito e Apocalipse). Se analisarmos rapidamente a sinopse, percebemos que a história é um grande clichê: um laboratório subterrâneo de pesquisas científicas em Marte, isolado e infestado de criaturas mutantes assassinas geradas através de experiências genéticas mal sucedidas com cromossomos desconhecidos pela ciência, além da proliferação de um vírus que transforma os infectados em zumbis, e um grupo de soldados fortemente armados enviados para combater os monstros e tentar restaurar a ordem com o uso da força e truculência. Não faltam a escuridão opressora escondendo perigos à espreita, os tiroteios barulhentos em excesso, e a tentativa de sustos fáceis.

Porém, a despeito de tudo isso, o resultado final do filme surpreendeu, destacando as mortes violentas, os ótimos efeitos especiais na concepção das criaturas mutantes, os interessantes créditos finais, numa animação simulando o videogame em que foi inspirado, assim como a sequência filmada em primeira pessoa, com um soldado caminhando nos corredores escuros do laboratório e eliminando os inimigos, convidando o espectador para ser o protagonista, ou um jogador do videogame. Além das ações do grupo de soldados, que apesar de metidos a heróis isentos de medo e com expressões faciais de bravura nitidamente forçadas, combatem os monstros em cenas movimentadas, tendo a favor a influência do ambiente fechado, escuro e carregado de um sentimento perturbador de claustrofobia. De negativo, vale registrar a dispensável luta próxima ao final, onde os oponentes decidem largar as armas e se enfrentarem na porrada, numa atitude incoerente em relação às conseqüências desse ato.]

N.E. Texto originalmente postado no blog Juvenatrix em 07/02/2006

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2 Comentários

  1. Esse é um dos pouquíssimos filmes baseados em jogos em que os roteiristas não cagam na mitologia estabelecida pelo game, Doom, Silent Hill(o primeiro) foram os primeiros a terem adaptações minimamente decentes, teve o MK de 95 que também é um bom filme. agora seria interessante fazer um ”best off”, ou melhor um ”wrost off” das adaptações do UWE BOLL, muita gente conhece ele pelo estrume chamado ”Alone in The Dark” mas acho que muitos ainda não dão o devido valor pelo que ele fez em Bloodrayne e Far Cry. kkk

    1. Conhecendo o diretor, faltou uma ambientação urbana e uns rappers na trilha sonora e no elenco. Ou apenas atores negros apenas mesmo . Deve ter trabalhado somente para receber. Vale lembrar a presença do camaleão Doug Jones fazendo o que faz melhor. Agora um filme baseada num videogame é uma ideia trash demais. A ruindade do filme não é obrigatória, mas quando acontece aproxima o filme da fonte. Não gosto de vg e por isso gosto de muitos filmes de Uwe Boll. Quando o filme não é fiel ao livro ou HQ, a qualidade não é comprometida, por que com os videogame é diferente? O problema não está nos fãs dos jogos.

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