A Reencarnação de Isabel
Original:The Reincarnation of Isabel
Ano:1973•País:Itália Direção:Renato Polselli Roteiro:Renato Polselli Produção: Elenco:Mickey Hargitay, Rita Calderoni, Raul Lovecchio, Christa Barrymore, Consolata Moschera, William Darni, Max Dorian, Marcello Bonini Olas, Cristina Perrier |
No mesmo ano do clássico O Exorcista, veio da Itália essa produção fraquinha do cineasta Renato Polselli envolvendo vampirismo e sedução, inspirado na obra-prima de Mario Bava, Black Sunday. No enredo, Jack Nelson (Mickey Hargitay, de A Mulher de Frankenstein, 1971) e a esposa Laureen (Rita Calderoni) acabam de adquirir um castelo medieval, e estão ansiosos para a realização de uma festa. Coisas estranhas começam a acontecer, e, logo, eles descobrem que, no século XIV, a bruxa Isabel (Calderoni em papel duplo) fora queimada viva e ainda teve o corpo atravessado por uma estaca – num ritual caseiro, feito em estúdio, com o olhar esbugalhado dos envolvidos. Como o marido dela é ninguém menos do que o Conde Drácula (Raoul Rossi), ele amaldiçoa os presentes prometendo vingança e o retorno da amada!
Na tal festa, todos os presentes são na verdade reencarnações dos que estiveram no linchamento de Isabel, e agora, como vampiros ou apenas observadores, estão em busca de uma tentativa de trazer a terrível Isabel de volta. E as mulheres, em sua maioria, são virgens para não ter o sangue contaminado pelo sêmen humano para a concretização do ritual vampírico. Em meio a idas e vindas da narrativa, com alteração dos filtros da câmera para dar tonalidade verde, vermelha ou amarela, além dos closes exagerados e pausas dramáticas, ainda há tempo para momentos de humor e erotismo do belíssimo elenco feminino.
Escrito e dirigido por Renato Polselli, sob o pseudônimo de Ralph Brown, The Reincarnation of Isabel (originalmente intitulado Riti, magie nere e segrete orge nel trecento…, e também conhecido como Black Magic Rites) é uma bagunça narrativa, com um enredo arrastado e ideias completamente copiadas de produções da Hammer e do clássico de Mario Bava. Com edição ruim e efeitos especiais risíveis (os morcegos e a cobra são péssimos exemplos), o que mais incomoda são as cenas repetidas à exaustão ou as ideias que não avançam, numa produção embebida em mediocridade.
Nem as cenas de nudez empolgam, assim como o satanismo ou os ataques vampíricos. Nada surpreende como aconteceu com seu outro filme O Vampiro e a Bailarina (1960), sendo apenas uma bobagem que caminha para lugar algum. Teria sido melhor manter Isabel em seu sono eterno…
Acabei de ver esse filme… Rapaz, que filme ruim esse aí!