 O Bebê
Original:The Baby
Ano:2022•País:EUA, UK Direção:Nicole Kassell, Ella Jones, Stacey Gregg, Faraz Shariat Roteiro:Lucy Gaymer, Sian Robins-Grace, Sophie Goodhart, Anchuli Felicia King, Kara Smith, Susan Soon He Stanton Produção:Lucy Gaymer Elenco:Albie Hills, Arthur Hills, Michelle de Swarte, Amber Grappy, Sophie Reid, Tanya Reynolds, Seyan Sarvan, Genesis Lynea, Amira Ghazalla, Shvorne Marks, Karl Davies, Isy Suttie |
Crianças demoníacas não são necessariamente uma novidade na seara do terror, mas O Bebê, simpática série escondida na HBO Max consegue dar certo frescor ao tema. O belzebu encarnado aqui é um lindo bebê que, contrariado, pode machucar e matar as pessoas por meio de violentos acidentes. Com uma toada cômica, além do contexto em si, o terror aqui também se faz presente explorando o campo da maternidade, em como é desgastante o papel da mãe na criação dos filhos, o trabalho exaustivo de cuidar de um bebê etc. Quem tem filhos sabe como um bebê consegue ser o foco de toda a atenção da família e sugar a energia de todos ao seu redor. A maternidade tem seu toque de terror desde os tempos de O Bebê de Rosemary (1968) e esse medo se mostra ainda atual.
Dito isso, a premissa da série é boa e há episódios realmente bem feitos, como o que conta a saga da mãe original (quem assistir vai entender) e o nascimento da criança. Contudo, nem todos conseguem manter a experiência elevada, caindo na vala comum de outros filmes e séries sobre o tema.
Apesar da originalidade de alguns momentos e do clima de constante apreensão, o final convencional e esquemático prejudica em muito a experiência, frustrando as expectativas iniciais.
A história é focada em Natasha (Michelle de Swarte), uma chef de cozinha independente e sem qualquer vínculo que atrapalhe sua liberdade, quando um bebê literalmente cai em seu colo. Como ela não consegue se livrar do rebento, percebe também que pessoas ao seu redor acabam morrendo por algum terrível acidente. Assim, com a ajuda de uma estranha (Amira Ghazalla) ela começa a investigar e entender todo o mistério em torno desse bebê.
Gostei bastante da escolha dos atores e, principalmente, da energia da atriz protagonista, que mescla na dose certa arrogância e vulnerabilidade, mantendo a qualidade da interação (se podemos assim dizer…) com o bebê. Aliás, esse pequeno é um show à parte, fofíssimo, já faz certas caras que somente crianças que “aprontam” muito sabem fazer, o que logicamente cai muito bem no papel de bebê perverso.
Há séries que eu recomendo com maior fervor, e infelizmente O Bebê não está em entre elas. Mas se você estiver procurando algo do gênero, com metragem curta e como passatempo totalmente descartável, talvez essa possa ser a pedida.
