Você Pode Ser o Assassino (2018)

4.3
(6)

Você Pode Ser o Assassino
Original:You Might Be The Killer
Ano:2018•País:EUA
Direção:Brett Simmons
Roteiro:Brett Simmons, Thomas Vitale, Covis Berzoyne
Produção:Brett Simmons, Griff Furst, Craig Engler, Brad Southwick, Isaiah Laborde, Justin Smith, Thomas Vitale, Angela Meredith, Bem Yimlimai, Som Kohanzadeh, Yoram Kohanzadeh, Seth Needle
Elenco:Fran Kranz, Alyson Hannigan, Brittany S. Hall, Jenna Harvey, Bryan Price, Patrick Walker, Jack Murillo, Sara Catherine

Produções homenageando os clássicos “slashers de acampamento” não são exatamente uma novidade no cinema de horror. Se em 2015 fomos presenteados com o ótimo Terror nos Bastidores, em 2018 é a vez de You Might Be The Killer, fruto de uma brincadeira entre os autores Sam Sykes e Chuck Wendig em 2017. Na ocasião, Sykes pede ajuda a Wendig por meio de uma simples mensagem no Twitter, pois estaria sendo perseguido por um assassino mascarado em um acampamento. Conforme a conversa se desenrola, Wendig aventa uma possibilidade macabra: e se o próprio Sykes fosse, de fato, o assassino?

Desnecessário dizer que a thread rapidamente viralizou, e pouco mais de um ano depois, se transformou em filme, sob a batuta do diretor Brett Simmons, responsável pelo bom Espantalho, de 2011. Na trama, o mote é exatamente o mesmo: o jovem Sam (Fran Kranz, de O Segredo da Cabana), desesperado e coberto de sangue, liga para sua grande amiga e expert em filmes de terror Chuck (Alyson Hannigan, a eterna Lily de How I Met Your Mother), para saber o que fazer diante da ameaça de um assassino mascarado, apenas para perceber que ele pode ser o verdadeiro culpado.

Logo de cara, não se incomode com o spoiler revelado no próprio título, as reais intenções do roteiro são outras. A começar pela óbvia homenagem a Sexta-Feira 13, desde o clássico “kill kill kill” que embala as chacinas de Jason, passando por uma bela homenagem à saudosa Sra. Voorhees na pergunta “o assassino não é sempre um cara?”, até a insinuação de que o serial killer pode voltar à vida desde que um raio caia na sua tumba, em alusão à sensacional (e ridícula) cena da ressurreição do monstro da máscara de hóquei em Sexta Feira 13  – Parte 6.

Aliás, referências são coisas que não faltam no filme. A caneca com os dizeres “we all go a little mad sometimes” consegue homenagear Psicose e Pânico e aquece o coração dos fãs. E o que dizer dos conselheiros Freddie e Nancy, que com certeza saíram de Elm Street? A aparência da máscara de madeira que gruda no rosto e induz o portador a tomar atitudes inusitadas também me remeteu levemente à máscara de Loki utilizada por Stanley Ipkiss no clássico The Mask.

Apesar de ser uma produção destinada a ser um comedy horror, o longa não economiza no sangue e no gore, com direito a cabeças partidas ao meio, arrancadas e esmagadas. Outra característica que chama a atenção é a não-linearidade, um recurso interessante que diferencia o filme de outros do gênero, ao brincar com a imprevisibilidade da ordem das mortes.

Mesmo com todas essas características, é inegável que You Might Be The Killer acaba por ser um pouco repetitivo, visto que o recurso de homenagear clássicos com comédia e metalinguagem já é uma fórmula ligeiramente desgastada. Como um fã do gênero, o filme me arrancou boas risadas e com certeza vale a conferida, mas fica aquele gostinho de mais do mesmo.

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Ciro Oliveira

Médico por opção, palmeirense por emoção e amante de slashers por vocação. Foi introduzido ao cinema de horror sendo assombrado pelo boneco Chucky na infância, e se apaixonou pelo gênero após descobrir todas as identidades de Ghostface. Acredita que não há nada melhor para relaxar do que assistir universitários sendo eviscerados por um mascarado velocista.

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