Escola da Morte
Original:Slaughterhouse Rulez
Ano:2018•País:UK Direção:Crispian Mills Roteiro:Crispian Mills, Henry Fitzherbert, Luke Passmore Produção:Charlotte Walls Elenco:Jassa Ahluwalia, Asa Butterfield, Jamie Blackley, Finn Cole, Hermione Corfield, Kit Connor, Alhaji Fofana, Hanako Footman, Nick Frost, Jo Hartley, Margot Robbie, Simon Pegg |
Gosto muito dos filmes da dupla Simon Pegg e Nick Frost. Juntos eles fizeram divertidíssimas sátiras de gênero como a ficção científica de Heróis da Ressaca (2013), em que malvados alienígenas tomam o lugar de pessoas comuns enquanto cinco amigos fazem uma jornada etílica por pubs ingleses; Chumbo Grosso (2017), que tira sarro sem dó de filmes sobre duplas de policiais e o clássico moderno Todo Mundo Quase Morto (2004) em que mortos vivos se tornam alvo de uma das melhores comédias da primeira década do novo milênio.
Além de estrelar todos esses filmes, Simon Pegg foi também responsável pelo roteiro, e a direção ficou a cargo de Edgar Wright, o homem que concebeu Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010) e Em Ritmo de Fuga (2017).
Quaisquer dos filmes citados anteriormente são sinônimo de diversão garantida, tempo bem aproveitado e satisfação plena. São verdadeiras pérolas, não percam…
Contudo, neste caso, Wright nem passou perto do set de filmagem, e Pegg/Frost apenas estrelam Escola Morte ao lado do excepcional Michael Sheen (o anjo Aziraphale da série Belas Maldições), que, se não tem o alto nível das realizações anteriores, tampouco pode-se dizer que seria um fracasso cinematográfico. Aqui o foco é o chamado “filme de monstro”, totalmente passado num internato inglês onde escavações deixam escapar monstros que, depois de tanto tempo embaixo da terra, estão famintos para estraçalhar alguns jovens da elite britânica.
Trata-se de um terrir bem acabado, com o já conhecido humor inglês, uma pitada de crítica social (afinal, quem é pior, os monstros ou alguns dos personagens humanos do longa?) e com um proposital excesso de gore no terço final, que desnuda ainda mais a proposta satírica original que permeia todo o filme.
Demora um pouco a engrenar, o roteiro não é tão bem sacado como os anteriores, mas no cômputo final o longa funciona muito bem para quem procura uma diversão sangrenta, medianamente engraçada e descompromissada.
O filme está disponível na Amazon Prime e conta ainda no seu elenco com os jovens Asa Butterfield e Finn Cole (demorei a reconhecer mais jovem o ator que interpretou Michael Gray em Peaky Blinders). Margot Robbie também dá as caras numa participação especial que deve ter tomado meia hora do seu dia mas que é bem divertida.