Violência Aleatória (2019)

3.4
(5)

Violência Aleatória
Original:Random Acts of Violence
Ano:2019•País:EUA
Direção:Jay Baruchel
Roteiro:Jay Baruchel, Jesse Chabot
Produção:Jay Baruchel, Noah Segal, Randy Manis, Andrew Bronfman, Ariella Naymark, Jason Netter, Jimmy Palmiotti, Jesse Williams, Jean-Charles Levy, Ken F. Levin, Jonathan Bronfman, Matt Code, Lisa Wolofsky, Matt Foster, Sandra Singer
Elenco:Jesse Williams, Jordana Brewster, Jay Baruchel, Niamh Wilson, Simon Northwood

A complexa interação entre escritor e fã não é exatamente um tema original no cinema de horror, tendo em vista que já se passaram mais de 30 anos desde a lendária atuação de Kathy Bates em Louca Obsessão. O tema é novamente abordado em Violência Aleatória, segundo longa dirigido por Jay Baruchel (que também atua no filme), sob um ponto de vista peculiar desta vez: até que ponto o artista é responsável pelas repercussões de suas criações?

Todd Walker (Jesse Williams) é o autor de “Slasherman”, famosa e extremamente violenta revista em quadrinhos inspirada em uma série de assassinatos reais (no universo do filme). A fim de encontrar inspiração para escrever o final da história, Todd embarca em uma viagem aos locais onde ocorreram as mortes, juntamente com sua namorada Kathy (Jordana Brewster), seu editor Ezra (Baruchel) e sua assistente Aurora (Niamh Wilson). Porém, uma sequência de novas chacinas assustadoramente parecidas com as dos quadrinhos instiga a dúvida sobre a real identidade do assassino. Seria o assassino original de volta ou um fã inspirado pelas histórias em quadrinhos?

Enquanto o primeiro ato se concentra na crítica à autopromoção em cima de tragédias, seja pelo contraste oferecido pela obra de Kathy (que está escrevendo um livro sobre os mesmos assassinatos, mas pela perspectiva das vítimas) ou pelo veemente repúdio ao trabalho de Todd por um radialista, os dois terços finais dão lugar a um banho de sangue capaz de embrulhar o estômago do mais fervoroso fã de Jigsaw.

O clímax do filme acaba perdendo um pouco a força, muito por conta do embate final contra o Slasherman, cujas motivações tolas acabam incomodando. A já batida associação dos eventos do presente com o passado do protagonista também é algo irritante e acaba prejudicando a experiência final, visto que discussões mais interessantes como violência gratuita e responsabilidade de produções de caráter apelativo acabam ficando de lado para repetidamente lidarmos com os traumas da infância de Todd.

Apesar da ideia inicial de discutir sobre atos aleatórios de violência ser rapidamente deixada de lado, Violência Aleatória se configura como um slasher acima da média, principalmente pelas cenas realmente chocantes e sangrentas. Para o fã de gore, é uma boa pedida.

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Ciro Oliveira

Médico por opção, palmeirense por emoção e amante de slashers por vocação. Foi introduzido ao cinema de horror sendo assombrado pelo boneco Chucky na infância, e se apaixonou pelo gênero após descobrir todas as identidades de Ghostface. Acredita que não há nada melhor para relaxar do que assistir universitários sendo eviscerados por um mascarado velocista.

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