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Uma Natureza Violenta
Original:In a Violent Nature
Ano:2024•País:EUA
Direção:Chris Nash
Roteiro:Chris Nash
Produção:Shannon Hanmer, Peter Kuplowsky, Austin Birch, Nate Wilson, Pierce Derks
Elenco:Ry Barrett, Andrea Pavlovic, Cameron Love, Reece Presley, Liam Leone, Charlotte Creaghan, Lea Rose Sebastianis, Sam Roulston, Alexander Oliver

Jovens sendo surpreendidos e mortos por assassino mascarado em lugar suspeito, até que a final girl derrota o vilão e volta para casa. É a fórmula básica para um filme slasher, repetida várias e várias vezes com o passar dos anos, com algumas modificações aqui e ali. O que nunca se modifica é a imagem do vilão como um intruso em cena, aparecendo em momentos específicos para cumprir seu papel de antagonizar os mocinhos. Algumas produções já tentaram subverter esse ponto de vista, como Você Pode Ser o Assassino e Behind the Mask: The Rise of Leslie Vernon, mas algumas dúvidas sempre permaneciam: como o serial killer some lá e aparece cá? O que ele faz enquanto não aparecem novos adolescentes para matar? Questionamentos que só seriam respondidos se acompanhássemos ­o ponto de vista do monstro, que é exatamente o plot de In a Violent Nature, filme dirigido e roteirizado por Chris Nash.

A trama se inicia com dois rapazes roubando um velho colar nas ruínas de uma velha torre de observação florestal. O ato parece perturbar a homeostase daquele ecossistema, e uma criatura se levanta da terra, determinada a punir aqueles que atrapalharam seu descanso. Bem clichê, certo? No entanto, diferentemente de inúmeras produções do gênero (inclusive, é nítida a homenagem a Sexta-Feira 13 e Jason Voorhees), aqui acompanhamos os (longos) passos do simpático Johnny, e toda sua trajetória para eviscerar os jovens aventureiros.

Conferir de perto a jornada de um assassino dentro de um filme slasher é uma ideia bastante inventiva, sendo interessante constatar o que fazem os vilões nos clássicos momentos em que simplesmente brotam nos locais mais inusitados. Outro ponto forte de In a Violent Nature são as cenas de morte, que são particularmente violentas e criativas (uma em particular me lembrou dos bonecos dos Power Rangers dos anos 90). O grande problema é que a rotina de um serial killer mascarado que caminha lentamente pela floresta não é tão interessante para se sustentar por 94 minutos, tornando a narrativa arrastada e até tediosa em alguns momentos. Para piorar, no terço final do filme, o ponto de vista de Johnny é subitamente ignorado para dar lugar a um monólogo enfadonho por parte de uma das vítimas.

Talvez o projeto pudesse ter aproveitado melhor seu potencial se tivesse sido feito em formato de curta-metragem, por exemplo. Ou, quem sabe, ter introduzido um assassino falastrão e bem-humorado como Freddy Krueger, o que ajudaria a preencher uma narrativa mais longa. Infelizmente, a impressão que fica é que In a Violent Nature possui várias boas ideias, mas peca na hora de colocar essas ideias em prática, e o resultado acaba sendo decepcionante.

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Média da classificação 4 / 5. Número de votos: 11

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3 Comentários

  1. A belíssima fotografia não salva. Personagens sem graça, muito papo ao final. Gostei não também.

  2. ele anda pelo meio do mato o tempo todo muito chato

    1. Avatar photo

      Também achei que fez mais sucesso do que merecia. É um filme que funciona como um experimento cinematográfico e que deveria ter uma duração menor, talvez como um média-metragem. E aquele final longo de diálogo no carro poderia ter ficado no chão da sala de edição.

      E já anunciaram a parte 2.

      Abs

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