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O Bem Contra o Mal
Original:Good Against Evil
Ano:1977•País:EUA
Direção:Paul Wendkos
Roteiro:Jimmy Sangster
Produção:
Elenco:Dack Rambo, Elyssa Davalos, Richard Lynch, Dan O'Herlihy, John Harkins, Jenny O'Hara, Lelia Goldoni, Peggy McCay

“Oh Astaroth, Príncipe das Trevas, desde que te invoquei da escuridão tenho sido teu servo. A imortalidade será minha. Durante o tempo que eu te servir, te obedeço e realizo todos os teus desejos. O recipiente perfeito para o mortal que queres procriar o espera. Ela é virgem, corpo e a alma, cuidadosamente criada. Aguardo um sinal, Astaroth, pois pelo juramento que fiz, a hora é chegada.”

O Bem Contra o Mal (Good Against Evil, EUA, 1977) é uma produção para a televisão explorando a temática de conspiração satânica com possessão demoníaca, e com o objetivo inicial de ser um piloto para uma série que não foi aprovada. A direção foi do especialista na telinha Paul Wendkos (Balada Para Satã, 1971) e o roteiro foi do inglês Jimmy Sangster, conhecido por inúmeros filmes divertidos, muitos deles da produtora Hammer, como A Maldição de Frankenstein (1957), O Vampiro da Noite (1958) e A Múmia (1959).

O filme está disponível no Youtube, tanto numa versão original em inglês com a opção de legendas em português, quanto numa versão dublada de quando foi exibido na televisão brasileira.

O prólogo é ambientado em 1955 com o nascimento de uma menina raptada por uma seita satânica que a escolheu para, na idade adulta, gerar o filho do demônio Astaroth. Com a morte misteriosa da mãe no parto, ela é protegida pelos seguidores do diabo e tem uma vida de conforto e sucesso, sendo monitorada de perto pela Tia Irene (Peggy McCay), Agnes (Erica Yohn) e Brown (Richard Stahl).

As ações avançam para os dias atuais na época, 1977, e Jessica Gordon (Elyssa Davalos) já é uma bem sucedida estilista de moda, que se apaixona pelo escritor freelancer Andy Stuart (Dack Rambo). A união deles ameaça os planos malignos da seita liderada pelo sinistro Sr. Rimmin (Richard Lynch), que consegue separá-los na véspera do casamento.

Após reencontrar e ajudar uma antiga namorada, Linday Isley (Kim Cattrall), cuja filha pequena foi vítima de possessão demoníaca, o jovem Andy Stuart se une ao padre Kemschler (Dan O’Herlihy) para procurar Jessica e enfrentar os adoradores do diabo.

Sendo um filme para a televisão, em O Bem Contra o Mal os elementos de horror são bastante contidos, não há sangue nem violência, e apenas apresenta um pouco de mistério e atmosfera sinistra com a conspiração satânica (numa clara referência a O Bebê de Rosemary, 1968), e com um ritual de exorcismo numa menina com direito a cama vibrando, objetos lançados pelos ares e um padre recitando frases em latim (aproveitando o sucesso de O Exorcista, 1973, e tentando seguir seus passos, de forma bem inferior ao efeito perturbador do clássico).

Além do filme perder muito tempo explorando um romance arrastado entre Jessica e Andy, a cena de exorcismo parece exageradamente forçada e deslocada, mesmo num filme de temática satanista. E o desfecho é totalmente inconclusivo, deixando os acontecimentos em aberto, com a dupla formada pelo mocinho Andy agindo como um detetive junto com o padre exorcista, partindo em busca da jovem escondida pela seita, justificando o título do filme. Pois a ideia seria continuar a história numa série de TV que foi rejeitada pelos realizadores, numa decisão que parece acertada.

Curiosamente, o nome do demônio “Astaroth” é o mesmo de um fanzine de horror e ficção científica que criei em 1995 e editei até 2008 (numa 1ª fase) e depois entre 2015 e 2017 (2ª fase), totalizando 69 edições. Porém, a inspiração para o nome “Astaroth” eu tirei de outro filme, com o demônio de Uma Filha Para o Diabo (To The Devil a Daughter, 1976), com o lendário Christopher Lee.

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