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Predador: Assassino de Assassinos
Original:Predator: Killer of Killers
Ano:2025•País:EUA
Direção:Dan Trachtenberg, Joshua Wassung
Roteiro:Micho Robert Rutare, Dan Trachtenberg
Produção:John Davis, Ben Rosenblatt, Marc Toberoff, Dan Trachtenberg
Elenco:Michael Biehn, Doug Cockle, Rick Gonzalez, Damien C. Haas, Lauren Holt, Lindsay LaVanchy, Jeff Leach, Cherami Leigh, Alessa Luz Martinez, Piotr Michael, ndrew Morgado

Desde que um Predador foi combatido por Schwarzenegger nas matas tropicais da América Central, entendemos as razões que motivam suas constantes vindas à Terra: trata-se de uma raça alienígena que procura desafios e confrontos como um ritual de passagem de seus guerreiros. Em toda a franquia, mesmo os dois encontros com os Xenomorfos, foi possível perceber suas habilidades de luta, com o apoio de garras que saltam de seus punhos ou lanças que servem de acessório de combate, além da capacidade de se camuflar e disparar lasers. São criaturas que enxergam através do calor e são apelativas, podendo acionar uma bomba poderosa em seu acessório tecnológico no antebraço, quando percebem que estão sendo derrotadas. Quando enfrentaram Mike Harrigan (Danny Glover), deixaram com ele uma pistola de pederneira, mostrando que já vieram outras vezes, em épocas mais antigas do que se imagina. A comprovação viria com o longa O Predador: A Caçada (Prey, 2022), ambientado em 1719.

A animação Predador: Assassino de Assassinos (Predator: Killer of Killers, 2025) é outra amostra interessante dessa jornada dos predadores por aqui. Comandada por Dan Trachtenberg (de O Predador: A Caçada) e do especialista de efeitos visuais Joshua Wassung, trata-se de uma antologia divertida que conduz o infernauta a três episódios em épocas distintas: O Escudo (841 d.C.), A Espada (1609), A Bala (1941), com combates rápidos entre as criaturas e “guerreiros da Terra“, poucos diálogos, até culminar na sequência final numa arena. A arte é muito bem feitinha, assim como o designer dos predadores, alternando entre exemplares gigantescos e outros com a “aparência comum” dos alienígenas, com referências a outros já vistos em diversos filmes.

A primeira história apresenta Ursa (na voz de Lindsay LaVanchy), em um navio vicking na caça ao chefe Zoran (voz de Andrew Morgado), um líder da tribo Krivich, que derrubou seu pai em batalha, quando ela bem mais nova. Assim como seu pai, ela diz para seu filho Anders (voz de Damien C. Haas) também vingá-la, caso não complete a missão. Depois de torturar o sobrevivente de uma comunidade e descobrir o paradeiro do inimigo, Ursa coloca em prática seu plano: simplesmente invadir e matar quem cruzar seu caminho. O problema é que o forte também recebe a visita do Predador, disposto a identificar um inimigo à altura. Mesmo com a desproporção entre os oponentes, é incrível como a guerreira utiliza suas habilidades e inteligência para enfrentá-lo, provocando situações de luta até mesmo em condição submersa.

A Espada, quase sem diálogos, mostra o pai dos irmãos Kenji e Kiyoshi (ambos na voz de Louis Ozawa) colocando-os para enfrentar um ao outro no treinamento de guerreiro samurai desde muito jovens. Kenji desiste do confronto e é ferido no rosto pelo irmão. Vinte anos depois, Kenji retorna para uma retaliação, invadindo o castelo onde ele habita com vários guardas. A luta é testemunhada pelo Predador, o yautja, que resolve lutar com o vencedor, sem imaginar que o suposto derrotado ainda está vivo. Os irmão precisarão se unir para atacar a criatura, que utilizará sua capacidade de camuflagem quando a situação se apertar.

Por fim, uma novidade é apresentada em A Bala, terceiro episódio da animação. Pela primeira vez, acontece um combate entre naves, um Predador e o jovem aspirante a piloto de guerra John Torres (na voz de Rick Gonzalez). Experiente com mecânica no incentivo de seu pai, ele precisará colocar no ar seu bimotor “The Bullet“, ainda sem condições de uso, quando percebe que seu pai, Vandy (na voz de Michael Biehn), terá problemas com os inimigos e também um alienígena no comando de uma imensa nave, cuja arma principal é uma espécie de âncora. Franzino mas bastante ousado, Torres também demonstrará inteligência e ousadia, como outros guerreiros que combateram os predadores.

Cada herói do segmento é capturado em sua época para um confronto mortal numa arena. Aquele que sobreviver ainda será obrigado a enfrentar o Warlord (na voz de Britton Watkins) para conquistar o título de “Assassino de Assassinos“, tendo ainda uma criatura gigante no local para tornar a missão dos competidores ainda mais complicada.

Fãs do Predador e de sua longa franquia irão se empolgar com Predador: Assassino de Assassinos. A animação propõe um trabalho digno de representação dos personagens, e sabe lidar bem com as constantes cenas de ação, mantendo um ritmo frenético, enquanto cativa o espectador com heróis tridimensionais, envoltos em dramas pessoais e traumas. Para quem se preocupa com os efeitos de animação, pode ser que um outro detalhe, seja da textura de suas cores fortes ou dos quadros de movimento, incomode, assim como a própria narrativa, a partir do roteiro de Micho Robert Rutare para os argumentos de Trachtenberg, simples pela própria proposta.

Respeitando os filmes anteriores, com uma homenagem divertida após os créditos finais, Predador: Assassino de Assassinos explora combates que os longas talvez não conseguissem reproduzir. Há os exageros, aceitáveis em animações, quando personagens caem de alturas imensas e sobrevivem, e boas doses de sangue e violência, agradando fãs de horror e dos alienígenas. Vale a pena esse reencontro com esses monstros guerreiros, enquanto aguarda o próximo embate, Predador: Terras Selvagens (Predator: Badlands), com lançamento previsto para novembro.

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