A Estrada Amarela, livro de contos do pernambucano Filipe Falcão, promete levar o leitor para o sertão de Pernambuco em uma série de contos cercados de acontecimentos estranhos e histórias fantásticas, além de também explorar anseios pessoais, antigos traumas e a solidão de seus personagens.
Escrito durante o primeiro semestre de 2020, mais precisamente durante o período de quarentena provocada pela COVID-19, Filipe conta que buscou refúgio na literatura, no cinema e também na música. “Por pior e mais triste que a realidade fosse, recorrer a um filme, um livro ou apenas escutar uma música sempre me ajudou a passar por momentos difíceis”, explica Filipe, que, por ser um grande fã da literatura fantástica e do cinema de terror, mergulhou ainda mais neste universo revisitando obras e descobrindo novos títulos.
“Desta maneira, meio que de repente, comecei a rabiscar algumas ideias. Eu não tinha um conceito ou um formato específico, mas comecei a escutar estes pensamentos dando liberdade a eles e colocando histórias no papel.”
A escolha do cenário ser o sertão de Pernambuco aconteceu de forma muito natural. “Todos os personagens deste livro moram ou estão em trânsito pelo sertão de Pernambuco. Apesar de ser recifense, sempre tive um respeito e um carinho muito especial pelo sertão e seus moradores. Uma região castigada pela seca, é verdade, mas dona de um visual único e que preencheria facilmente as páginas de um livro de poesia. Lembrei das estradas do sertão pelas quais eu próprio já transitei como pontes para histórias aguardando personagens”, relembra Filipe.
Ao pensar nos contos, o autor teve um cuidado com a representatividade dos seus personagens. “Por gostar muito de histórias de terror reconheço que muitas vezes falta representatividade nos personagens, então decidi trazer histórias que explorassem pessoas de diferentes idades, raças e orientações sexuais”, explica Filipe.
O livro, publicado pela editora Estronho, vai ter seu lançamento no dia 03 de junho por meio de uma live realizada no Instagram do Boca do Inferno. O lançamento vai ocorrer tanto em formato físico, quanto no formato digital.
A Estrada Amarela foi ilustrado pela artista plástica pernambucana Vânia Notaro. Com quatro décadas de pinturas e ilustrações, Vânia é uma apaixonada pelo sertão e conseguiu traduzir em imagens os textos do livro
Uma estrada solitária, perdida entre tantas rotas, quase abandonada, esquecida. Lugar de passagem. Por qual motivo ficar? Os personagens de A Estrada Amarela se fazem esta pergunta. O que seria apenas mais uma rota no sertão pernambucano vai mudar a vida de 11 pessoas.
Sobre o autor:
Filipe Falcão – Apaixonado pelo gênero terror e por literatura fantástica, se aventura em seu primeiro livro de contos, cujo cenário é o sertão pernambucano. Jornalista, doutor em comunicação e professor universitário, Filipe é um dos mais atuantes pesquisadores de cinema de terror no Brasil, já tendo lançados livros acadêmicos como Fronteiras do medo: quando Hollywood refilma o horror japonês (2015) e A aceleração do medo: o fluxo narrativo dos remakes de filmes de horror do século XXI (2018). Participou como co-autor de livros sobre estudos cinematográficos e de comunicação como Medo de Palhaço – A Enciclopédia Definitiva Sobre Palhaços Assustadores na Cultura Pop (2016), Fotografia e audiovisual: imagem e pensamento (2020) e Ruído, corpo e novas tendências na narrativa audiovisual (2021), e teve textos publicados em importantes revistas acadêmicas como Rebeca, Esferas, Temática, ECO-PÓS, Imagofagia, entre outras. Atualmente trabalha como docente na Universidade Católica de Pernambuco e no Centro Universitário AESO Barros Melo – UNIAESO. Na Internet, atua como crítico e colaborador do portal Boca do Inferno, maior portal de filmes de terror do Brasil.