O lançamento nos cinemas de O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua serve apenas para um que todos os fãs façam a mesma pergunta. Por quê? Por que lançar mais um filme inspirado na brilhante obra original O Massacre da Serra Elétrica, de 1974? Presença certa em qualquer lista que envolva os dez melhores filmes de terror da história, a produção original dirigida por Tobe Hooper infelizmente também coleciona outro título: o de possuir as piores sequências do gênero.
Para quem não lembra, O Massacre da Serra Elétrica original acompanha a jovem Sally, seu irmão inválido e três amigos em uma visita ao Texas. Eles são logo surpreendidos por uma família de canibais, com destaque para Leatherface, que usa uma motosserra e uma máscara feita com pele humana. Com fortes cenas de violência, o grande mérito do filme foi ter matado logo os quatro amigos para se concentrar em um espetáculo de tortura com Sally jamais repetido com mesmo êxito no cinema. O final é um dos momentos icônicos do cinema de terror.
Qualquer filme de terror que se preze vai ganhar suas sequências. De Sexta-feira 13 até Pânico, A Hora do Pesadelo e Jogos Mortais, a lógica de um filme ter feito sucesso no gênero e ganhar uma parte 2 é algo redundante. No entanto, algumas destas sequências até podem gerar bons filmes. A ideia de que a película original nunca é superada parece ser verdadeira, mas isso não impede que boas continuações sejam boladas.
Por exemplo, basta pensar em boas sequências como Sexta-feira 13 – parte 2, A Hora do Pesadelo 7, Halloweens 2, 4 e 7, Hellraiser 2. Claro, para cada acerto, é possível pensar em uma infinidade de continuações sem qualidade. No entanto, o problema das sequências, remakes ou filmes inspirados em O Massacre da Serra Elétrica é que TODOS variam entre ruins e péssimos. Não lembra de todos? Ainda bem. Mas como um verdadeiro massacre, que tal conferir , e entender, porque cada um dos filmes envergonha o original.
O Massacre da Serra Elétrica 2: O que esperar de um filme de terror cujo pôster de divulgação traz Leatherface e família reproduzindo o cartaz do drama teen O Clube dos Cinco? Esta parte 2, de 1986, até que prometia por trazer Tobe Hooper novamente como diretor, mas o resultado visto foi no mínimo sofrível. Com várias cenas que remetem a elementos de humor (em um filme chamado O Massacre da Serra Elétrica 2???), a trama simplesmente não funciona e se arrasta até o improvável e quase apocalíptico final. Aqui tem de tudo, de caverna que poderia ser usada no filme dos Goonies, a investidas sexuais (!!!!) com a moto serra, além de Dennis Hooper pagando mico como o tio de Sally (a mocinha do original) em busca de vingança. Ponto positivo? A presença do ator Jim Siedow, que interpretou o cozinheiro no filme original, além da estrutura da família canibal sofrer poucas mudanças.
Leatherface: O Massacra da Serra Elétrica 3: Se o segundo filme desagradou principalmente pela sua trama sem pé nem cabeça, além de ter feito muita gente rir, a terceira aventura de Leatherface, de 1990, tinha tudo para recuperar o prestígio do filme original. O roteiro se concentraria em um casal em viagem pelo Texas que seria perseguido por Leatherface e sua “nova” família. O roteiro ainda previa muita mutilação, sangue e cenas de tortura, mas o resultado simplesmente não ficou bom.
Esta parte 3 é bem melhor quando comparada com a parte 2, mas o filme sofreu severos cortes para ter uma censura mais amena. Além disso, a trama até começa bem, mas depois simplesmente torna-se mais do que previsível enquanto a nova família soa ridícula quando comparada com a original. Ponto positivo? O casal de atores Kate Hodge e William Butler manda bem e o filme acerta em se concentrar mais neles do que em coadjuvantes. A fotografia é bem realizada principalmente nas sequências noturnas.
O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno: Conhecido também como O Massacre da Serra Elétrica – A Nova Geração ou O Massacre da Serra Elétrica 4. Sem dúvidas, trata-se do pior filme da série original ou de qualquer produto que leve a marca da franquia. Aqui temos uma produção na qual nada, absolutamente nada, consegue ser aproveitado. O roteiro é inexistente, as cenas de terror são constrangedoras, o elenco, encabeçado por Renée Zellweger e Matthew McConaughey, é literalmente um terror.
A trama(???) acompanha um grupo de estudantes perdidos no Texas e que adivinhem, são perseguidos por Leatherface e sua – mais uma vez – “nova” família. O pior de tudo é saber que a direção ficou a cargo de Kim Henkel, roteirista do original. Mentira, o pior de tudo é ver Leatherface de travesti. Nada contra a diversidade, mas é como ver Jason vestido vestido de Marilyn Monroe (com vestido e peruca loira) em algum Sexta-feira 13. Ponto positivo? Quando o filme acaba, se é que você não desligou a TV antes.
O Massacre da Serra Elétrica – o remake: Na onda de remakes que caracterizou o gênero no século 21 gerando novas leituras de clássicos do terror, rodar uma refilmagem do Massacre original era questão de tempo. Dirigido por Marcus Nispel, o filme, de 2003, até consegue retrabalhar a história de Leatherface de forma convincente para um novo público. No entanto, o filme falha naquilo que foi tão forte e marcante no original: a concepção dos personagens. Com cenas funcionais para o gênero, a essência artesanal do original não existe e aqui temos apenas cenas bem produzidas, mas vazias de conteúdo. Ponto positivo? pela primeira vez temos uma parte do corpo ser decepada pela serra diante da câmera.
O Massacre da Serra Elétrica – O Começo: Sem saber se apostavam em uma nova parte 2, mas querendo faturar com a franquia, os produtores da vez decidiram voltar no tempo e contar como tudo aconteceu. Na prequel, de 2006, o público deveria ser brindado com o nascimento de Leatherface, sua infância e adolescência até o batismo no primeiro assassinado. Deveria, mas o que foi visto foi praticamente o remake do remake, com cenas mais sutis e uma bobagem sem fim até os créditos finais. A grande perda se deu pelo roteiro não aproveitar a infância de Leatherface para criar algo interessante e com certa profundidade. Ponto positivo? Não é o pior de todos porque Kim Henkel dirigiu A Nova Geração antes.
O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua: Eis que temos o novo filme, que foi apontado pelos produtores como a continuação oficial da obra original. Quem já assistiu está chamando este de o remake, do remake, do remake, porém piorado. Comentários a parte, aqui temos uma trama no mínimo sem necessidade de existir. O ponto de partida é que uma jovem parente dos canibais originais herda uma casa e como brinde, Leatherface. Buracos no roteiro, erros de datas e a mesma gritaria com efeitos 3D com direito a serra elétrica voando em direção à câmera. Algumas cenas de perseguição até são interessantes, mas aqui temos uma das piores conclusões. Só não é pior do que a bolada por Kim Henkel. Ponto positivo? Rever parte do elenco original em rápidas aparições. Ah, e as cenas de flachback do original no começo do filme.
E para provar que temos senso de humor, como deixar de fora Hollywood Chainsaw Hookers. Nunca ouviu falar? Em tradução literal, soaria como O Massacre da serra elétrica das vadias de Hollywood. Trata-se de um filme B dos saudoso anos 80 que não tem nenhuma ligação oficial com O Massacre da Serra Elétrica, mas é inegável que buscou inspiração na trama de Leatherface. Aqui não temos uma fazenda no Texas, mas um bordel repleto de prostitutas nuas e armadas com motosserras. Estrelado pela screem queen Linnea Quigley e por Gunnar Hansen, o Leatherface original, este filme serve como divertimento justamente pelo seu teor trash e por não se levar a sério.
Bem, vamos lá, farei uma rápida avaliação das sequências :p
O segundo filme : Uma bosta fétida, para mim o pior de toda a série. Nem consigo numerar a quantidade de defeitos (quase intermináveis) desse filme.
O terceiro filme : Meu preferido depois do original, serião. Gostei muito da história, tirando alguns exageros, é claro. Porém, queria ter visto a versão uncut, onde parece que mostram a cena da garotinha matando o cara lá. Censura sucks.
O quarto filme : De fato é muito ruim. Mas ainda acho menos pior que o segundo, sério kkkkkkkk. O problema dessa sequência são as atuações terrivelmente ruins e as situações extremamente inverossímeis. Mas sei lá, acho que não chega a ser o samba do crioulo doido que foi o segundo.
O remake : Olha, eu gostei bastante do remake. Claro, tirando o clima de videoclipe e a ausência do extremo terror psicológico do original, além da ausência total de menções ao canibalismo, o que pra mim foi um erro imperdoável.
A prequel : Tinha tudo pra dar certo, mas deixou MUITO a desejar. Virou um repeteco do remake sem nada de novo, tinham uma idéia excelente em mãos mas jogaram no ralo.
O 3D : Eu gostei desse tbm kkkkkkkk, se for pra encarar como uma boa diversão sem levar muito a sério, claro, pois os furos no roteiro são mega grotescos, fora o finalzinho meia boca, esperava algo melhor.
O original pode ser definido como um ótimo filme, mas não é isso tudo que você do blog e alguns outros falam não, já vi esse filme várias vezes e não precisa ser um especialista em filmes de terror pra saber disso, sendo um bom apreciador do gênero, concordo que o primeiro sempre será lembrado como a obra prima que deu início a um novo nível no gênero do terror, escancarando fronteiras mundo afora, mas descartar os demais filmes da franquia é uma total falta de respeito com o trabalho dos outros, concordo em certos pontos com sua publicação, algumas das novas regravações realmente deixam a desejar e não se comparam com história original, pra mim os dois únicos filmes que chegam perto disso são os remakes de 2003 e 2005(O início), os filmes são tão ótimos quanto o original, bem produzidos, e com uma boa história.
Concordo com o Marlon. Descartar as sequencias é algo que nao se deve fazer. Principalmente no caso do “O massacre da serra elétrica”.
Esse saudosismo execessivo é o que mais me irrita. Endeusar o original e demonizar as sequencias.
Na minha opnião, o filme de 2003 é melhor que o original. Pelo fato do original ter deixado tudo muito implícito. E o de 2003 ser mais sangrento e forte. Pô! O cara tem uma MOTOSSERRA!!! Se o filme nao tiver muito sangue, nao faz sentido.