A pandemia mudou o cenário dos eventos públicos pelo mundo. Mostras, festivais e passeios culturais passaram a ser virtuais, conduzindo os espectadores a uma nova maneira de acessar aqueles conteúdos que exigiam deslocamento e contato com outras pessoas. Com o Festival Boca do Inferno não foi diferente.
Após seis sessões presenciais, com entrevistas, sorteios e interações, o pandêmico ano de 2020 fez o site abrigar seu festival em uma plataforma de streaming. E não houve dúvidas na escolha da hospedagem, tendo em vista o interessa da Cinebrac em levar para lá os filmes que tiveram o dedo do Boca do Inferno, como os dirigidos pelo Ivo Costa e o do projeto Grupo do Medo, O Mistério do Véu da Noiva.
Aproveitando o término do FBI 7 no último dia 30, resolvemos bater um papo com o Maurício Helbing, CEO da Cinebrac, para conhecer mais a fundo essa parceria e mostrar ao público um lugar legal para assistir produções nacionais de maneira visualmente agradável e tecnicamente eficiente.
Boca do Inferno: O que é a CINEBRAC? Quando e como surgiu? Qual a proposta e principal objetivo?
Maurício: A Cinebrac (Cinema brasileiro de compartilhamento) é uma plataforma paga que foi lançada dia 21 de abril de 2020 com o objetivo de fortalecer o cinema nacional, dar voz para muitas produções que normalmente são desconhecidas e cativar meios de investimento num futuro breve para o mercado brasileiro.
Boca do Inferno: Numa época de surgimento de diversos sistemas de streaming, qual é o diferencial da Cinebrac?
Maurício: O foco no cinema nacional, em especial, do cinema de guerrilha, além de ter um design charmoso para as pessoas curtirem em poucos botões os filmes, séries, documentários presentes que são lançados toda semana.
Boca do Inferno: Por que a Cinebrac resolveu abrigar o Festival Boca do Inferno 7, mesmo sabendo que envolveria produções de outros países?
Maurício: A plataforma tem como foco divulgar o cinema nacional para o mundo, e trazer um evento tão importante, pode abrir portas para os nossos conteúdos irem para outros países, além de mostrar para as pessoas que não sabem como funciona um festival, em conhecer sobre.
Boca do Inferno: Com respeito às vítimas da pandemia, pode-se dizer que a quarentena e o fechamento dos cinemas contribuíram para a divulgação da empresa?
Maurício: Com toda certeza! Apesar de sermos extremamente pequenos, tivemos uma adesão muito legal. Como lançamos durante a pandemia, acreditamos que isso impulsionou mais fácil as pessoas em quererem nos conhecer.
Boca do Inferno: Há muitas produções de horror nacional na plataforma, mas também de outros gêneros. Há muita procura pelo terror?
Maurício: Muito! Tanto que o catálogo de terror é o mais tem produções e maior procura, nossos usuários adoram esse clima de tensão e medo.
Boca do Inferno: Se alguém quiser experimentar a Cinebrac para ver se vale a pena assinar, como deve proceder?
Maurício: Deve acessar nosso site www.cinebrac.com.br e criar sua conta, depois colocar seus meios de pagamentos (não será cobrado, mas como somos uma plataforma paga e temos contratos de filmes que só permitem a exibição privada, precisa ser colocado seu cartão, mesmo que não cobre) e curtir nosso sistema! .
Boca do Inferno: Quer deixar algum recado para aqueles que conheceram a Cinebrac pelo Festival Boca do Inferno?
Maurício: Antes de responder, quero agradecer pela parceria com vocês, do Boca de Inferno, quase duas décadas trazendo conteúdo de horror para as pessoas, de forma divertida e informativa! Somos gratos por receber nossa recente Cinebrac.
E para aqueles que estão indo conhecer nosso sistema, desejo que naveguem pelas categorias de filmes, séries, curtas e nossos originais, mexam pelo sistema e aproveitem esta plataforma que recém nasceu, mas com um objetivo poderoso de dar voz, investir e motivar o mercado audiovisual brasileiro.
Queremos revolucionar o cinema brasileiro, levando acesso, consciência da importância e buscando patrocinadores para auxiliar grandes talentos nacionais que muitas vezes não tem voz. Valorizem e apoiem!
Que homem bonito! O.O