A Hora do Pesadelo 5 - O Maior Horror de Freddy
Original:A Nightmare on Elm Street: The Dream Child
Ano:1989•País:EUA Direção:Stephen Hopkins Roteiro:John Skipp, Craig Spector, Leslie Bohem Produção:Rupert Harvey, Robert Shaye Elenco:Robert Englund, Lisa Wilcox, Kelly Jo Minter, Danny Hassel, Nicholas Mele, Joe Seely, Clarence Felder, Burr DeBenning, Matthew Borlenghi, Beatrice Boepple |
É possível dizer que apesar da crítica em geral apontar os filmes da série A Hora do Pesadelo como sendo cópias uns dos outros, um olhar mais apurado consegue ir além desta classificação. O enredo pode até ser semelhante: um assassino que ataca nos sonhos e que pode matar de verdade a sua vítima enquanto os jovens da Rua Elm tentam sobreviver. Mas ao ir além deste olhar, é possível perceber características, positivas ou negativas, que pontuam certas qualidades para cada um dos episódios.
Desta forma, ao analisar o quinto filme da franquia, que foi lançado em 1989 e teve direção de Stephen Hopkins, é possível, sim, se deparar com a velha trama conhecida do agora popular Freddy (Robert Englund) perseguindo e matando adolescentes na Rua Elm. Temos algumas variações dentro do roteiro? Sim. Aqui, Freddy utiliza os sonhos de um feto para alcançar seus objetivos. No entanto, talvez a grande marca deste quinto filme seja a cenografia e direção de arte que criaram ambientes mais diferentes e funcionais dentro da trama. Tudo isso feito dentro de um cronograma apertado, onde o diretor teve apenas um mês para filmar tudo e outro mês para editar toda a película.
A Hora do Pesadelo 5: O Maior Horror de Freddy acompanha os personagens sobreviventes do filme anterior. Alice (Lisa Wilcox) e Dan (Danny Hassel) estão se formando. Um ano depois dos eventos vistos no filme anterior, tudo parece estar bem para o jovem casal. O ator Nicholas Mele também retorna a trama como o pai de Alice. Mas claro que Freddy vai voltar. No entanto, diferente do filme anterior, onde Alice precisava estar dormindo para que, através dela, Freddy invadisse os sonhos de outras pessoas, neste quinto filme, Alice está bem acordada quando seus amigos começam a morrer. A própria começa a ter visões de Freddy sem necessariamente estar dormindo.
Alice descobre então que está grávida e que Freddy está atacando através dos sonhos do feto. Paralelo aos pesadelos, uma misteriosa freira surge na trama. Trata-se de Amanda Krueger (Beatrice Boepple), mãe de Freddy. A resposta para vencer o mal parece ter ligação com Amanda e Alice precisa correr já que a vida do seu filho também está em jogo.
A trama segue então sem maiores surpresas e esbarrando sempre em situações já vistas antes. O novo grupo de coadjuvantes não acredita na história de Alice, as mortes são cada vez mais “criativas” com Freddy como chef de cozinha e até super herói. Mas diferente dos filmes anteriores, aqui o cenário dos pesadelos deixa de ser a sala de máquinas ou o interior da casa da Rua Elm (embora ela aparece em algumas sequências) para explorar novos cenários.
Aqui temos corredores e salas de um antigo prédio que funcionou como hospício e que teria sido o lugar no qual Freddy foi gerado. Este vai ser o cenário dos pesadelos de Alice. No entanto, Stephen Hopkins também ousou criar uma cenografia que mescla o gótico com o fantasioso, o que é bastante funcional já que estamos falando de sonhos. Em alguns momentos, esta linguagem estética chega a lembrar os cenários vistos em produções do expressionismo alemão, da década de 1920. Este tipo de cinema caracterizou-se pela distorção de cenários e personagens, através da maquiagem, dos recursos de fotografia e de outros mecanismos para criar lugares e personagens que fugiam da normalidade e existiam em mundos possíveis de serem vislumbrados em histórias fantásticas.
A sequência das escadas, na qual personagens correm em todas as direções, é o melhor exemplo do tipo de linguagem adotada por Hopkins. A sequência na qual Freddy vira um super herói também nos faz lembrar o expressionismo alemão pela utilização do preto e branco em um cenário repleto de forma geométricas e que diverge da realidade.
E o que falar do elenco? Aqui não temos personagens tão marcantes como os guerreiros dos sonhos da Parte 3, sobrando para os coadjuvantes a única função de morrer na trama. Lisa Wilcox, que na parte 4 passou de coadjuvante feia para heroína sexy segue nesta Parte 5 como um personagem interessante dentro da mitologia da série. Parte dos fãs inclusive considera a personagem Alice a segunda final girl mais querida da série, ficando atrás apenas da Nancy Thompson (Heather Langenkamp), dos Pesadelos 1, 3 e 7. Para se ter uma ideia de como a personagem é querida e importante dentro da série, ela quase retornou para o projeto Freddy Vs Jason (2003). As primeiras versões do roteiro do embate entre os dois ícones do terror dos anos 80 trazia Alice como uma das personagens, mas infelizmente ela foi cortada na versão final do roteiro.
Infelizmente, mesmo com alguns pontos interessantes e boas críticas de publicações especializadas, o filme arrecadou “apenas” cerca de US$ 22 milhões. Em termos comparativos, a Parte 5 perde apenas para o excelente O Novo Pesadelo, de 1994, que arrecadou US$ 19 milhões. Uma prova de que alguns dos filmes mais interessantes da franquia, com exceção do original, não fizeram bonito nas bilheterias. Dos sete filmes da série, sem contar Freddy Vs Jason ou o remake, o pesadelo que mais arrecadou foi o quarto, com faturamento de cerca de US$ 49 milhões.
O motivo deste súbito desinteresse pode ser percebido por alguns fatores, como o próprio desgaste da série, e do gênero, no final da década de 1980, além do estilo claramente pop adotado por Freddy. Aqui, os produtores cortaram vários minutos de cenas consideradas muito pesadas para conseguir uma censura mais leve.
No entanto, Pesadelo 5 merece sim ser conferido muito mais pelo que traz de novidade do que pela repetição da fórmula ou falhas. O estilo gótico dos cenários é definitivamente um dos pontos de destaques e o trabalho do diretor Stephen Hopkins, dentro de um apertado cronograma de produção, conseguiu um resultado satisfatório. Como prêmio por ter conseguido preparar o filme a tempo, Hopkins foi convidado na sequência para dirigir Predador 2.
Depois deste filme, Freddy voltaria aos cinemas em 1992 com Pesadelo Final. Nestes três anos, o cinema de terror norte-americano já dava sinal de mudanças em estilo e Freddy precisou ser reinventado não apenas na parte seis, mas naquela que é considerada a melhor das sequências, a parte sete.
Curiosidades:
– Este é o primeiro filme no qual Robert Englund é visto em cena, mais de uma vez, sem a maquiagem de Freddy. Na parte dois ele havia aparecido sem maquiagem como o motorista de ônibus, mas na cena em questão, ele estava de costas. Nesta parte cinco, ele pode ser visto na primeira cena no hospício, como um louco que olha insistentemente para a câmera e quando Alice acorda do pesadelo e é atacada pelo mesmo louco.
– A famosa canção da série tem a letra alterada. “9, 10 – nunca durma novamente” se transforma em “9, 10, ele está de volta novamente”
– Stephen King foi convidado para escrever o roteiro e dirigir este filme, mas não aceitou.
– Este é o primeiro filme da franquia que não possui um número. O título original é A Nightmare on Elm Street: A Dream Child.
– Amanda Krueger é interpretada por Beatrice Boepple. Ela é a segunda atriz que veste o habito da mãe de Freddy. Na parte três, de 1987, foi a veterana atriz Nam Martin, com mais de 130 filmes e programas de televisão no currículo, que viveu a personagem em uma abordagem bem diferente. Martin faleceu em 2010.
nossa uque aconteceu com a Alice ela foi atacada por louco porque o fredy nao deixa niguem em paz se vc sabe uque aconteceu com a Alice me ajude eu preciso sabe a verdade ta me incomodando
Considero melhor que o 4 e o 6. Os primeiros minutos do filme são bons, mas lá pra metade ele cai novamente na mesmice que se tornou a franquia.
Que filme bosta! Meu deus!
Cenas muito toscas,a do banquete é rídicula.
Roteiro imendado,que justifica o Freddy como uma criança maldita,e que nasceu um feto todo queimado e daí pratica os assasinatos mais tarde.
Além do mais,que merda é essa que os jovens morrem sem nem terem sono profundo? O Dan que estava dirigindo um carro,fecha os olhos por segundos,daí o Freddy vem e mata ele num acidente,uma simples distração? A moça do banquete então nem se fala. Pior filme da franquia.
Levemente superior aos lixos do 4o e 6o filme que são, de longe os piores da franquia. Se as mortes não fossem tão fracas, o filme seria melhor..
Na minha ordem de preferência fica: 1=7>3=2>5>4>6
FILME RAZOÁVEL ,DIVERTIDO MAS NÃO CHEGA SER ÓTIMO COMO O 3 E BOM QUANTO O PRIMEIRO..PRA MIM SÓ GANHA DO 6 , QUE É UMA COMÉDIA DESCARADAMENTE..
nem lembro se assisti esse,depois procuro pra ver.
levemente ser otimos as mortes do 1,2,3,4,5,6 e 7 são mais bons de ver