Mamá (2008)

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Mama (2008)
Ela voltou!
Mamá
Original:Mamá
Ano:2008•País:Espanha
Direção:Andrés Muschietti
Roteiro:Andrés Muschietti
Produção:Barbara Muschietti
Elenco:Victoria Harris, Irma Monroig, Berta Ros

De acordo com o Wikipedia, Curta-Metragem é o nome que se dá a um filme de curta duração. Não existe um padrão universal para determinar o tempo necessário para uma produção se enquadrar como curta, embora alguns festivais internacionais considerem como referência algo em torno de 30 a 40 minutos. O Oscar, por exemplo, determina que o filme está apto a concorrer nessa categoria se tiver no máximo 40 minutos, incluindo os créditos. No Brasil, é um pouco diferente: a Lei do Curta, criada em 1992, definia o curta como uma produção igual ou inferior a 15 minutos. Independente de sua duração, os curtas-metragens acabam sendo experiências importantes (e muitas vezes iniciais) para jovens cineastas, que testam suas habilidades e recursos para futuros trabalhos. Basta lembrar que o consagrado diretor Sam Raimi (Oz, Mágico e Poderoso) comprovou seu talento com o violento Within the Woods, em 1978, antes de realizar a sua obra-prima A Morte do Demônio.

Um até então desconhecido diretor espanhol, Andrés Muschietti apresentou em 2008 um curta-metragem simples e assustador intitulado Mama. A produção correu por diversos festivais pelo mundo, incluindo o Cinemartini Film Festival e o 4º CineFantasy, onde ganhou notoriedade na seleção Mestre dos Gritos. Era óbvio que o sucesso adquirido atrairia a atenção do mundo e um remake ou versão estendida ganharia luz verde, com direção daquele mesmo cineasta iniciante. Mas, o que teria de curioso ou assustador nesse vídeo que pudesse servir de tema para um longa-metragem, conseguindo elogios até do cineasta Guillermo del Toro, que resolveu bancar a nova versão?

Após o título na escrita cursiva levemente torta de uma criança, o filme começa com a câmera exibindo o sono tranquilo da pequena Victoria (Berta Ros, de Eskalofrío, 2008) até a entrada de sua irmã Lili (Victoria Harris), de costas, tropeçando no quarto. “Victoria, acorda! Nós temos que ir! Vamos!“. A dorminhoca questiona o motivo e recebe a resposta: “Mama está de volta!“. A pequena rapidamente se levanta assustada e, antes de sair do quarto, pega o aquário, numa demonstração ingênua e carismática. Lentamente, as pequenas descem as escadas, sendo acompanhadas pelo olhar gelado do público, imaginando o que poderia haver de especial nessa “mamãe“. Seria um curta sobre violência doméstica?

A porta está trancada. Algo se quebra na cozinha, atraindo a atenção de Victoria: “Não olhe! Vamos!“, diz Lili desesperada, enquanto a tal mama aparece ao fundo, acompanhada de uma tensão sonora arrepiante. Os cabelos esvoaçados, o andar cambaleante, as mãos erguidas. Ela acelera os passos em direção às meninas, cabendo a elas e ao espectador a vontade de gritar, sair correndo. E é o que fazem: ambas correm para cima, mas Lili é mais rápida, trancando a porta e deixando a irmã desesperada para fora: “Abra a porta, Lily“. Mais uma aparição da criatura, novamente arqueada e a passos largos. Ocorre o primeiro corte da câmera, aos 2 minutos e 30.

Uma voz tranquila de Victoria anuncia que o perigo já passou. “Ela foi embora.” Ao abrir a porta, uma surpresa dá o tom pessimista e genial ao final do filme de Andrés Muschietti. Será que a mãe das meninas estaria possuída? Ou será que ela é alguma criatura macabra, um tipo de demônio ou monstro? As perguntas são deixadas no ar, instigando a imaginação do público sobre a versão estendida! Se o trabalho conseguirá assustar tanto quanto o original, só iremos descobrir na estreia, quando finalmente Mama terá mais tempo para assombrar nas telas.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

4 thoughts on “Mamá (2008)

  • 11/04/2013 em 06:39
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    O filme é ótimo, pra mim valeu muito a pena. O único defeito marcante no enredo são os personagens que são totalmente inúteis e sem profundidade (tirando a própria Mama que é a única que tem sua história explicada).

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  • 07/04/2013 em 11:29
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    Esse curta é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito FODA!
    Realmente, o trailer do LONGA, me deixou animado, mas, tenho que ver mais fotos e informações…

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  • 06/04/2013 em 23:26
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    O curta é ótimo, já o filme, dispensável.

    Resposta

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