Last Kind Words (2012)

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Last Kind Words (2012)

Last Kind Words
Original:Last Kind Words
Ano:2012•País:EUA
Direção:Kevin Barker
Roteiro:Kevin Barker, Amy Riherd Miller
Produção:Duane Andersen, Amy Riherd Miller
Elenco:Brad Dourif, Spencer Daniels, Alexia Fast, Marianne Hagan, Sarah Steele, Clay Wilcox, Rich Williams, Ron Eliot, Darrell P. Miller, Rick Montgomery Jr., Mary Katherine Rowe

Se Crepúsculo nos ensinou alguma coisa, é que é possível contar uma história de amor entre um ser sobrenatural e um humano da forma mais piegas e com o menor auto-respeito quanto possível. Se Stephen King nos ensinou alguma coisa, é que a vida em uma fazenda antiga no isolamento interior com uma família com sérios problemas de relacionamento pode ter tantos segredos que em cada curva há um perigo prestes a pular no seu pescoço.

Aí alguém chamado Kevin Barker pegou estas lições, bateu num liquidificador com um punhado de dólares, tirou o sal, colocou no forno e criou Last Kind Words, um filme lançado direto em DVD que, para ser bem sincero, não tem um momento de tensão e falha como thriller. E também não funciona como o drama sobrenatural puxado para o romance que tenta ser e, honestamente, conforme o tempo passa dá um sono danado sem apresentar qualquer fagulha de entretenimento.

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Basicamente é a história de um jovem chamado Eli (Spencer Daniels) e sua família disfuncional com o pai agressivo e bêbado (Clay Wilcox) e a mãe complacente com a situação (Marianne Hagan, Halloween 6). Quando a vida na cidade se revela desastrosa, eles são forçados a voltar para o campo onde passarão a viver e trabalhar numa fazenda de tabaco comandada por Waylon (o veterano Brad Dourif), que também não vai bem das pernas e tem o terreno ameaçado pelo não pagamento de um empréstimo ao banco local. O pai de Eli e o fazendeiro tem um passado juntos e parecem somente tolerar a presença um do outro, contudo o motivo disto só será explicado no desenrolar da trama.

No meio tempo, o jovem vai passear no bosque que cerca a fazenda e encontra Amanda (Alexia Fast, Fido – O Mascote), uma linda ruiva por quem o rapaz se apaixona quase que imediatamente, apesar de já ter uma namorada que deixou na cidade chamada Katie (Sarah Steele, Espanglês). Amanda e o rapaz passam a se encontrar frequentemente no bosque até que depois de um pesadelo, ele descobre que na realidade está se relacionando com um fantasma: a Amanda de carne e osso foi assassinada nas cercanias em circunstâncias misteriosas, porém o jovem parece não se importar e busca a verdade para que a garota descanse em paz.

Aí já viu… A trama oscila entre o triângulo amoroso do rapaz, sua namorada e a fantasma (que não leva a lugar nenhum), os mistérios da fazenda (o local foi palco de batalha da guerra civil e trilha de fuga de escravos), o passado escondido dos personagens mais velhos (que é muito mal explicado e gera um segundo triângulo amoroso, o pai, a mãe e o fazendeiro), o conflito familiar por causa do alcoolismo do pai, os problemas do fazendeiro e a dívida que os capangas do banco vem cobrar… Tudo com pontas muito mal amarradas e deixando um monte de rastros sem saída no final, o que me faz questionar a necessidade de tantas tramas secundárias.

O pior problema de Last Kind Words é a falta de emoção, de paixão, tanto na construção de um roteiro convencional e cheio de explicações mal feitas que até tenta puxar alguns temas recorrentes das obras Stephen King – tem o bêbado, o segredo de família, o local isolado no interior… Quanto também pela direção arrastada, confusa e pelo elenco que tem um protagonista que poderia ser substituído por uma pamonha sem fazer a menor diferença. Até Brad Dourif com seu cavanhaque a-lá Lemmy Kilmister está apagado e não sai do feijão com arroz, um cheque fácil para o ator.

Last Kind Words ainda não foi lançado oficialmente no Brasil, contudo se permitem um trocadilho com o título em sua tradução literal (últimas palavras gentis), não tenho absolutamente nenhuma palavra gentil para classificar esta produção. Gaste sua hora e meia com coisa melhor.

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

5 thoughts on “Last Kind Words (2012)

    • 21/10/2015 em 13:17
      Permalink

      Eu gostei, prometeu o que estava na sinopse.

      Resposta
  • 16/08/2013 em 02:33
    Permalink

    Concordo 100% com gabriel paixao, comentarios perfeitos

    Resposta
  • 09/07/2013 em 03:53
    Permalink

    Assisti esse filme ontem de tarde, no IMDB recebeu nota 4.5 até merecido, eu achei um bom filme, embora tenha pecado em muitos aspectos ainda mais levando em conta os gêneros do filme que são drama, mistério e thriller (suspense): drama realmente tem, mistério também, já no thriller (suspense) deixou a desejar, esperava cenas com mais suspense e que dessem um susto, mas isto não ocorreu. Ainda assim considero um bom filme, mas poderia ter sido melhor.

    Resposta

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