Matadouro Parte 2: Prelúdio
Original:Idem
Ano:2013•País:Brasil Direção:Carlos Junior Roteiro:Carlos Junior Produção:Josiane Antico, Daisy Cris, Mara Lúcia Tavares, Carlos Junior Elenco:Fabíola Antico, Thiago dos Santos, Ana Carolina, Carlos Cesar Gonçalves, Cammila Sanches, Leandro Martins, Brunno Alexandre, Kelly Andrade, DW Douglas, Maicon Amaral, Bruno Henrique Gordon, Ricardo Araújo, Fernando Novaes, Ailton Ricardo, Stephanie Berlini, Laura Marafante, Bruno Diego, Lucas Zanata |
Cada vez mais as produções de filmes independentes no Brasil vêm crescendo e no gênero terror isso também é observado. Muitos dos diretores desta nova safra acabam desaparecendo no meio de produções, digamos ruins, ou pelos diversos percalços que podem encontrar no processo de realização. Entretanto, podemos identificar alguns sobreviventes, que lançam filmes apesar das dificuldades de apoio, em produções de qualidade.
Carlos Junior é um dos sobreviventes. Lançou Matadouro (2012) um Found Fotage sobre um assassino serial no interior de São Paulo que tortura de forma agonizante jovens, o que gera diversos desaparecimentos na região de Marília.
Matadouro Parte 2: Prelúdio (2013), como o próprio título especifica, vai trazer o que ocorre antes de Matadouro, ou seja, apresenta os assassinos de forma mais profunda, especificando seus relacionamentos com as vítimas. Diferente do primeiro filme, onde os diálogos eram um tanto quanto alongados e repetitivos, este é muito mais dinâmico. O roteiro é melhor condicionado, amarrado e as conversas são muito naturais, dando a oportunidade de conhecermos bem os personagens e nos simpatizarmos por eles (simpatia é igual a: vou ficar #chatiada se a Cammila morrer!), principalmente pelo fato de a relação estabelecida por eles e o ambiente que se colocam serem extremamente semelhantes aos que frequentamos, já que se trata de um filme nacional sem aquela ambientação global, com personagens que você pode facilmente identificar entre seus amigos e conhecidos. É muito simples se aproximar e se colocar na realidade em que vivem, o que torna todo o desfecho muito mais assustador.
No Prelúdio, um grupo de amigos vai se reunir na casa, afastada de tudo e todos, de Cammila (Cammila Sanches) para uma festa de natal, onde ocorre uma típica festa universitária, com muita bebida, música, danças comprometedoras, pegação básica e aquele amigo inconveniente que sempre filma tudo, para não deixar ninguém esquecer o que rolou na famosa “ressaca moral”. Monta-se um cenário tradicional, onde sabemos que, a qualquer momento, a situação clímax chegará. Essa ansiedade fica ainda mais evidente por identificarmos um rosto conhecido na festa. Para quem viu Matadouro já é possível perceber elementos do desfecho, mas para quem ainda não assistiu, não há problemas, o prequel abre espaço para fazer o caminho oposto.
A festa corre de forma natural até que é lançado o elemento primordial do que viria acontecer nesta noite de natal, com uma espécie de “abatimento” no banheiro da casa. Todos vão ficando muito bêbados, dormem e alguns querem ir embora, quer dizer, vão tentar ir, já que serão interceptados neste caminho. Os amigos são levados ao matadouro, onde identificamos a câmera dos assassinos, gravando todas as torturas que realizam como uma espécie de narcisismo psicótico, gostam do que fazem e tem prazer em gravar as cenas, como se criassem um documento onde são as estrelas do show. O diretor consegue construir neste ponto uma relação com a necessidade virtual crescente, onde o acesso às tecnologias de mídia é tão facilitado que os sentidos das ações, muitas vezes, são completamente esvaziados. Aterrorizante! E no meio de todo este processo de tortura, humilhações, gritos e pedaços de corpos voando as histórias dos dois filmes se encaixam completamente e tudo faz sentido. Nem todos vão morrer, quem viu a primeira produção já sabe disso e quem ainda não assistiu vai ficar muito surpreso (e irritadíssimo, porque, poxa, sacanagem!)
As cenas finais, onde todo o clima de tensão é criado, têm cerca de longos vinte minutos, o que torna tudo muito mais agonizante e real. Você só consegue pensar “mata logo todo mundo para eles pararem de gritar”, mas é aí que você percebe que os assassinos querem, exatamente, que o show se alongue, para sua diversão macabra não acabar tão cedo. A sequência ganha ainda mais veracidade com algumas chamadas que aparecem no meio das imagens mais chocantes com os dizeres de “prova danificada”, como se fosse realmente um vídeo de análise policial, além de a câmera ficar inconstante, uma ótima solução para as cenas de tortura mais pesadas, já que não é preciso focar nas mutilações e deixa a impressão da emoção de quem está filmando, como se estivesse empolgado com os acontecimentos.
As atuações são convincentes e naturais, o que é essencial em uma produção do estilo Found Footage. Fica evidente que os atores estão a par e envolvidos com o projeto de forma profunda, o que garante a qualidade das cenas e a fluidez do longa. Além disso, podemos notar diversas referências à clássicos do gênero, desde outros Found Footages como Cannibal Holocaust (1980), ou outros títulos de tortura e assassinos seriais como O Massacre da Serra Elétrica (1974), Dia dos Namorados Macabro (1981) e até mesmo Eles (2006).
Filmes do gênero serem produzidos e lançados no Brasil é algo extremamente empolgante e essencial. Estamos em um momento onde filmes de terror feitos em solo nacional costumam passar despercebidos frente a grandes produtoras e suas qualidades são questionadas antes mesmo de serem lançados. Com isso perdemos diversos diretores que acabam desistindo frente às dificuldades colocadas. Os diretores sobreviventes são primordiais, produzem materiais inéditos e trazem novo gás ao gênero.
A saga de Matadouro vale a pena ser assistida por três motivos básicos: para acompanhar a evolução técnica do diretor nas duas produções, para prestigiar as produções de terror nacionais e para ver filmes de qualidade. Matadouro te deixa com medo de pegar carona e a Parte 2 te deixará com receio da famosa cantiga Noite Feliz. Assistam!
esse filme e real ou não? porque no 2 o começo mostra a moça do 1 parada.
Cara, eu lí isso? Você ta querendo ENSINAR o cara a fazer filme??? Matadouro 1 e 2 são filmados em Found Footage, e o 2 é o sub gênero em seu formato mais cru. É pra incomodar, é pra “parecer” amador. O talento de Carlos Junior é inegável. Em seu segundo longa se inspirou na crueza de filmes no formato falso documentário menos conhecidos pelo público, como “The Poughkeepsie Tapes” e “Snuff 102”, ele mesmo afirmou isso. MATADOURO 2 é muito bom, e espero apenas o melhor a cada trabalho dele. Usar o cinema Americano como base também é ignorância. Sou fã de Carlos Junior, assim como sou fã de Rodrigo Aragão. O Cara é FODA demais. Mais respeito com nossos artistas.
NOSSA MEU, EU VÍ UM MINUTO ,NO MEIO DO FILME DEPOIS PULEI MAIS UNS 10 MINUTOS E VÍ MAIS UNS 2 MINUTOS E DEPOIS PULEI MAIS UNS 5 MINUTOS E VÍ MAIS 1 MINUTINHO DO FILME PARTE 2 LÁ NO YOUTUBE: ..NA BOA, MAS SEU FILME É MUITO PODRE, CAMERA MUITO RUIM, POSICIONAMENTO DE CAMERA TOTALMENTE ERRADA….. EU NÃO QUERO TE DESMERECER SEU TRABALHO NÃO…MAS SEU FILME É INASCISTÍVEL…. O POVO SEMPRE VAI TE CRITICAR ,PODE TER CERTEZA DISSO….UMA DICA : TENTE ESTUDAR PELOMENOS O BASICO DE FOTOGRAFIA BASICA, ESTUDE TAMBEM POSICIONAMENTO DE CAMERA, COMPRE UMA FILMADORA MELHOR. ..NÃO É PQ O FILME É TRASH OU TERROR QUE PRECISA FAZER ALGO TÃO BAÇACEIRO ASSIM… EU GOSTO DE FILME DE TERROR ,SUSPENSE ETC… MAS FILMES AMERICANOS, QUE MESMO SENDO TRASH E DE BAIXO ORÇAMENTO OS CINEASTAS AMERICANOS FAZEM O FILME BEM PLANEJADO…. EU SEI COMO É CHATO OS OUTROS CRITICAREM OS VIDEOS/ FILMES DA GENTE, POIS PASSEI POR ISSO… MAS TENTE ESTUDAR ROTEIRO, FOTOGRAFIA, POSICIONAMENTO DE CAMERA ,ILUMINAÇÃO…. SE QUIZER UM CURSO GRATIS ME ENVIE UM EMAIL QUE EU TE MANDO UM MONTE DE MATERIAL DE ESTUDO. ….MEU E-MAIL É : creusmarco@hotmail.com
Concordo eternamente contigo… “” como é que as pessoas gostam de Matadouro? eu não gosto cara, câmera ruim, atores ruins, cenas ruins, muita coisa ruim nesse filme, o primeiro e o segundo’ não me deram nenhum pingo de medo e não gostei de nada desse filme! não dá pra ver um filme assim… é muito chato,.. se esse filme fosse filmado e produzido profissionalmente seria muitoooo booom, mas não dá, esse diretor transformou esse filme em algo muito ruim, odiei e ainda odeio Matadouro.
Crítica objetiva sem mi mi mi e com um toque de humor que muito me agrasa.Parabéns
Olá Infernauta!
Se você está lendo este comentário é porque deve ter acabado de ler a crítica acima. Sou uma das concorrentes a vaga de nova crítica no Boca do Inferno.
Leia as outras críticas de Matadouro Parte 2: Prelúdio – e assista o filme também, vale a pena e tem download gratuito! – e vote (em polls, na página inicial do site), naquela que você mais gostar e achar que se enquadra no Boca do Inferno.
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