Psicose 3
Original:Psycho III
Ano:1986•País:EUA Direção:Anthony Perkins Roteiro:Charles Edward Pogue Produção:Hilton A. Green Elenco:Anthony Perkins, Diana Scarwid, Jeff Fahey, Roberta Maxwell, Hugh Gillin, Lee Garlington, Robert Alan Browne, Gary Bayer, Patience Cleveland, Juliette Cummins, Steve Guevara |
Em 1960, Alfred Hitchcock apresentou ao mundo a sua obra prima: Psicose. O filme introduziu Norman Bates (Anthony Perkins), proprietário do Bates Motel, entre os personagens mais marcantes da história do cinema, além da clássica cena do chuveiro na qual Marion Crane (Janet Leigh) é assassinada. Em 1983 foi a vez do lançamento de Psicose 2, desta vez dirigido por Richard Franklin, chegar aos cinemas. Obviamente esta parte dois não é tão boa quanto o filme original, mas Franklin conseguiu trazer Norman (novamente interpretado por Perkins) de volta dentro de uma sequência interessante e que funcionava como expansão da obra original.
Até que em 1986, o próprio Perkins decidiu dar a sua contribuição para Norman Bates ao dirigir Psicose 3. No entanto, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Se Psicose 2 conseguiu ser um bom filme, a parte 3 não teve tanta sorte. Para quem não se lembra do final de Psicose 2, Norman foi inocentado dos crimes, que na verdade foram cometidos por Emma Spool (Claudia Bryar). Na trama, ela surge como a verdadeira mãe de Norman, que nunca foi mencionada no filme original. Mas na derradeira cena, Norman mata e empalha a velhota para, mais uma vez, fingir diálogos com a morta e se vestir como ela.
Em Psicose 3, reencontramos Norman e o cadáver da senhora Spool. Desta vez, uma jovem noviça, interpretada por Diana Scarwid, foge do convento e vai buscar abrigo no Bates Motel. Ao mesmo tempo, a policia procura pela desaparecida Emma Spool e uma jornalista sensacionalista, interpretada por Roberta Maxwell, também entra em cena já que está escrevendo uma matéria sobre assassinos psicopatas e a volta deles para a sociedade.
Talvez o principal problema de Psicose 3 seja a falta de carisma de Norman dentro da nova trama. No primeiro filme, o público acompanha este personagem com uma mistura de sentimentos, já que aparentemente ele é um bom rapaz que está apenas tentando proteger a mãe. Já no segundo, existe um esforço do personagem em se adequar a vida na sociedade, que vai tornado-o vulnerável a medida em que perde o controle da situação. Em ambos os filmes, é possível torcer por ele.
Em Psicose 3, Norman torna-se apenas mais um assassino, como tantos outros de filmes de suspense e terror da década de 1980. O próprio suspense é forçado e as mortes, que nos demais filmes aconteciam dentro de um contexto, aqui são no mínimo dispensáveis como se Norman tivesse se tornado o Jason do Bates Motel. Chegou, morreu. Culpa de Anthony Perkins, que aqui trocou os pés pelas mãos? Dos roteiristas? Da própria Universal que mudou várias das ideias originais?
Originalmente, Perkins queria que Psicose 3 fosse em preto e branco, Norman não seria o assassino e Janet Leigh retornaria a trama interpretando uma psicóloga. A Universal vetou estas ideias. Ciente da sua limitação como diretor, Perkins chamou Richard Franklin, responsável pela parte 2, para que ambos dirigissem Psicose 3, mas Franklin rejeitou o convite.
Mas então nada presta em Psicose 3? Bom, apesar de não ser tão vulnerável quanto nos filmes anteriores, é sempre bom ver Perkins dando vida ao seu personagem mais famoso. A química dele com a atriz Diana Scarwid também funciona. Um ponto interessante é a fotografia de Bruce Surtess, de Um Tira da Pesada, que deu um tom soturno nunca antes visto nos filmes anteriores, tornando o Bates Motel e a própria casa de Norman dois lugares verdadeiramente assustadores. E se a conclusão foi fraca, ao menos serviria para mostrar um final para a saga de Norman. Serviria, se Perkins não tivesse voltado a usar o vestido da mãe em Psicose 4, em 1990. Este sim é considerado o pior dos quatro.
Curiosidades:
– Perkins queria o ator Jeff Fahey completamente nu em uma determinada cena, mas Fahey não gostou muito da ideia. Desta forma, o ator usou duas luminárias para cobrir parte do corpo.
– O final foi refilmado, pois a Universal não gostou da primeira versão.
– Anthony Perkins não foi o único ator a ter participado dos três Psicoses até então. Virginia Gregg também participou dos três, mas “interpretando” a voz da mãe de Norman. Ela morreu logo depois de Psicose 3.
Filme muito inferior aos anteriores. Metade do filme é cansativa e não prende quem está assistindo, mas a segunda metade é realmente boa chegando a apresentar um bom final, principalmente por fechar parte da história do Psicose II, explicando a história de Emma Spool.
Talvez o erro do filme tenha sido procurar ser em parte semelhante ao primeiro. O desenvolvimento inicial da história da noviça Maureen como referência a Marion Craine infelizmente não funcionou como deveria. Outro problema esta nas músicas, totalmente desconexas das outras da série de filmes, parecendo mais uma balada POP dos anos 80 que um filme de suspense, adequando-se ao filme apenas próximo ao seu fim.
A trama apresenta algumas cenas inesperadas, não tão frequentes ou boas quanto a do segundo filme, mas bastante interessantes. “Emma Spool está viva?” “A noviça a levou?” “O que aconteceu?”
O conflito apresentado por Norman ante a ordem/desejo de matar a Maureen deixa o espectador aflito pelo sentimentos enfrentados pelo personagem.
Se for comparado aos anteriores o resultado não é tão satisfatório, mas se apreciado individualmente temos um bom de suspense/horror da década de 80. E pra quem é fã de Norman certamente o desfecho deste capítulo no Motel Bates vai satisfazê-lo.
Ruim…
ALGUNS BONS MOMENTOS… MAS MUITO CANASTRÃO…
Eu gostei do três, acredito que o filme tenha sim fraquezas mas ele consegue soar mais fúnebre, ágil e mantém homenagens a Hithcock como no assassinato da cabine telefônica entre outras. Os atores são o dilema pois parte do elenco parece não funcionar de acordo. Do mais o final peca um pouco e algumas mortes são desnecessárias.
deve ser bem fraco mesmo.