A Face do Mal
Original:Haunt
Ano:2013•País:EUA Direção:Mac Carter Roteiro:Andrew Barrer Produção:Bill Block, Paul Hanson, Anton Lessine, Will Rowbotham, Steven Schneider, Sasha Shapiro Elenco:Jacki Weaver, Liana Liberato, Harrison Gilbertson, Ione Skye, Brian Wimmer, Danielle Chuchran, Carl Hadra, Sebastian Michael Barr, Brooke Kelly, Maggie Scott, Jan Broberg |
“Quer ouvir uma história de fantasmas?” Não existe frase que desperte mais a atenção de um fã do gênero do que esta, utilizada no cartaz nacional do terror A Face do Mal e também uma das primeiras ditas por Jane Morello, na narração de Jacki Weaver. Você até presta atenção no que será narrado, mas é acometido por uma sensação de desânimo ao perceber que o conteúdo já fora ouvido antes. “Era uma vez, uma mulher de branco que andava à beira das estradas“, “…sempre que algum estudante dissesse seu nome três vezes no banheiro, ela aparecia…” Talvez até valha acompanhar até o final se o enredo for bem construído, com um clima de tensão crescente, acompanhado de uma voz gutural sinistra. É o caso desse filme de estreia de Mac Carter: você não irá desgrudar do assento até surgirem os créditos, mas ficará com um gosto amargo de deja vu, como se tivesse comido um fast food em pleno regime.
Poderia até existir uma seção na locadora com o subgênero “família se muda para casa assombrada“. Popularizado com o longa Terror em Amityville, de 1979, há traços desse enredo básico desde o início do século passado, com o primeiro exemplar, The Ghost Breaker, de 1914, dirigido por Cecil B. DeMille e Oscar C. Apfel, e depois na comédia The Haunted House, de Edward F. Cline e Buster Keaton, de 1921, até a estrutura básica se definir nas décadas seguintes:
1) Uma tragédia é vista, narrada em flashback ou pesquisada pelos moradores
2) uma família se muda para o local e passa ter experiências macabras
3) os que experimentam o sobrenatural são desacreditados
4) alguém pede ajuda para resolver os problemas
5) os fenômenos parecem ter sido resolvidos, até surgir um novo e mais agudo ataque
O roteirista Andrew Barrer parece conhecer o estilo, tanto que na própria narrativa inicial ele a descreve: “Tem início sempre com uma casa e uma tragédia“, mas não consegue se desviar das fórmulas do subgênero. A tal tragédia é a morte dos três filhos da família Morello, Matthew (Sebastian Michael Barr) e suas irmãs, interpretadas por Brooke Kelly e Maggie Scott, seguida pela do marido Franklin (Carl Hadra), na cena de abertura, enquanto tentava se comunicar com os falecidos através de uma aparelho EVP, que permite o contato pelos “ruídos brancos“. Possuído por uma força inicialmente desconhecida, ele cai das escadas e bate a cabeça violentamente, deixando uma poça de sangue, manchando de vermelho os créditos iniciais para iniciar a narração documental, em preto-e-branco, no melhor momento do filme.
Um tempo depois, como um círculo vicioso, uma nova família chega à casa, isolada da cidade, cercada por árvores e clichês. Como a anterior, há três filhos, Sara (Danielle Chuchran), Anita (Ella Harris) e Evan (Harrison Gilbertson) – com a mesma idade -, além dos pais, Alan (Brian Wimmer) e Emily (Ione Skye). Enquanto conhecem os cômodos, flashes mostram os locais onde foram encontrados os cadáveres na residência, preparando o espectador para um remake. Barrer evidencia mais uma vez seu conhecimento pelo estilo ao tentar diferenciar a introdução num aspecto: eles já sabem que o local foi palco de inúmeras tragédias e não se importam.
Enquanto caminha pela floresta local, Evan conhece a adolescente Sam (Liana Liberato), entre lágrimas após uma violenta discussão com o pai. A mente treinada do público já tenta adivinhar se ela é um fantasma, ao mesmo tempo que pensa na sorte do rapaz que poderia estrelar aquele comercial da Coca-Cola sobre quais as chances mínimas de algo assim acontecer. Ela apresenta a ele o aparelho de comunicação com os mortos e sugere uma sessão num dos ambientes escondidos da casa, despertando algo de ruim na casa.
Não apenas uma entidade maléfica, os adolescentes também despertam os demais clichês, com alguns dos Morello tentando alertar sobre uma presença maligna no local. Vultos aparecem, primeiramente apenas para os espectadores, seguidos por sussurros até a possessão. Os sustos não impressionam, pois são raros entre cenas dramáticas, da mesma forma como a amiguinha imaginária de Anita permite bocejos. Há, é claro, um mistério envolvendo o passado trágico e uma vingança sobrenatural, relacionados a única sobrevivente, Janet. Enquanto os jovens se envolvem no terror, os pais e a irmã mais velha são completamente ignorados tanto pela assombração quanto pelo roteiro, que não irá se preocupar em explicar como Sam sabe tanto a respeito da casa e do tal aparelho EVP: “Já estive aqui antes!“.
Por outro lado, é possível que você seja cativado pelo enredo e queira descobrir os mistérios até o final, caso não tenha notado o pôster nacional revelador. Também terá grandes chances de sair com uma certa satisfação dos cinemas pela forma como tudo termina, sem aquele típico final feliz de produções do estilo. Verá inúmeras referências, como Vozes do Além e Horror em Amityville, e saberá que aquele prato frio já foi servido antes em filmes melhores e inesquecíveis.
Adorei a crítica. Afiada, sagaz, inteligente. Nem vou ver o filme e nem preciso, só ler a crítica já valeu demais.
Eu até curti mas que final foi esse????? estou até agora sem entender.. quem era o bebê,que força maligna era aquela? Sam foi possuida (por quem?) e matou o namorado pq ele destruiu a caixinha? porque o antigo morador se importava tanto com o quarto? enfim…muitas duvidas pra pouco filme,pouco susto,pouco terror mas… o Elenco é bom
ALERTA DE SPOILER (Caso não tenha assistido o filme, não leia meu comentário)
Tambem achei um pouco confuso, mas acho que o bebê era a Sam, a força maligna era a mãe dela que foi morta por aquela velha, e ela foi possuída pela força maligna da mãe, e talvez matou o namorado que destruiu a caixa, que inclusive foi a velha que mandou, porque seria uma forma da mãe se comunicar com a Sam e contar o que aconteceu, agora a famila morta não entendi a participação deles no filme, principalmente o filho, se ele queria avisar a nova família ou fazer mal.
Mds q filme fraco…até agr não entendi qm possuía eles…afinal no final a Sam(possuída) estava tentando desenterrar a mãe? Então o espírito era aquele bebê? Hauahauaau vai entender…
O bebê era a Sam e o espírito a mãe dela que teve um caso com o Sr. M
esperava mais desse filme, o Trailer é melhor que o próprio filme , o ator que faz o rapaz da casa é carismático , mas o final é péssimo para o próprio , nota 2..na minha humilde opinião..
bem clichê,só curti o elenco.
O trailer é até legal mais preciso assistir o filme .