4.3
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Halloween H20 (1998)

Halloween H20 - 20 Anos Depois
Original:Halloween H20: 20 Years Later
Ano:1998•País:EUA
Direção:Steve Miner
Roteiro:Robert Zappia, Matt Greenberg
Produção:Paul Freeman
Elenco:Jamie Lee Curtis, Josh Hartnett, Janet Leigh, Adam Arkim, Michelle Williams, Adan Hann-Byrd, Jodi Lynn O'Keefe, LL Cool J, Joseph Gordon Levitt, Nancy Stephens, Brandon Williams, Beau Billingslea, Matt Winston, Larissa Miller, Emmalee Thompson

A face do puro mal está de volta para Laurie Strode. 20 Anos Depois…

Em 1978, no clássico Halloween – A Noite do Terror, um jovem de apenas 6 anos de idade chamado Michael Myers se apossa de uma grande faca afiada e mata violentamente sua irmã de 17 anos, numa noite de Halloween, tradicional festa americana do Dia das Bruxas. Após ficar internado num hospício por 15 longos anos, ele foge deixando um rastro enorme de vítimas, à procura de sua outra irmã, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis, uma das grandes scream queen do cinema de Horror), e sendo perseguido pelo implacável psiquiatra Dr. Loomis (Donald Pleasence, que morreu em 1995 e considerado um dos ícones sagrados do gênero). Após uma longa série de filmes posteriores (mais cinco sequências), Michael Myers esteve de volta aos cinemas depois de 20 anos para matar sua irmã e deixar novamente seu rastro de sangue, em Halloween H20 – 20 Anos Depois, que estreou nos cinemas brasileiros numa data especial de Natal, em 25 de dezembro de 1998.

Criado no final da década de 70 por John Carpenter, conhecido diretor do gênero fantástico responsável por O Enigma do Outro Mundo (1982), Príncipe das Sombras (87) e Eles Vivem (88), entre outros, Halloween foi um dos precursores da onda de filmes sequenciais com psicopatas serial killers que invadiram os cinemas principalmente durante a década de 1980, vindo após Michael Myers, os seus rivais Jason Voorhees (Sexta-Feira 13, 80, com mais nove episódios) e Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo, 84, com mais seis partes posteriores).

Halloween H20 (1998) (1)

Após uma breve trégua no cinema de horror no início dos anos 90, os filmes com psicopatas, sangue e sustos reapareceram com sucesso nas telas a partir de 1996, com o lançamento de Pânico (Scream, de Wes Craven, o criador da saga A Hora do Pesadelo), que impulsionou uma safra de filmes similares como Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (I Know What You Did Last Summer, 97) e Lenda Urbana (Urban Legends, 98, com a participação do ator Robert Englund, o Freddy Krueger do cinema). Apesar do excesso de clichês e situações previsíveis, esses filmes até que divertem (que é o seu principal objetivo) e com a grande aceitação do público, principalmente adolescentes, as inevitáveis sequências já surgiram logo em seguida com Pânico 2 e 3, Eu Ainda Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado e Lendas Urbanas 2, todos já exibidos em nossos cinemas. E essa onda de filmes de sustos fáceis impulsionou a produção do gênero gerando entre outros, Halloween H20, a refilmagem de Psicose (Psycho, grande clássico em preto e branco de Alfred Hitchcock, de 1960), desta vez sem Anthony Perkins (já falecido) e com Anne Heche, que estreou no Brasil em 15 de janeiro de 1999, e até outro filme (terceira sequência) com o boneco maligno Chucky em A Noiva de Chucky.

Halloween H20 (1998) (2)

É pena que a falta de originalidade e criatividade dos roteiristas atuais os obriguem a refilmar clássicos do passado ou insistir com longas e cansativas séries, mas tentando apenas observar os fatos positivos, esses novos filmes trazem bons efeitos especiais e garantem algum entretenimento sem muita exigência. Sobre Halloween H20, dirigido por Steve Miner, de A Casa do Espanto (1986) e Sexta-Feira 13 partes II (81) e III (82), entre outros, o filme traz novamente Jamie Lee Curtis (dos dois primeiros filmes da série) atormentada pelo fantasma de seu irmão psicopata Michael Myers, cujo paradeiro ficou oculto por 20 longos anos. Só que desta vez, sem a participação do falecido ator Donald Dr. Loomis Pleasence, seu perseguidor implacável e grande figura do cinema de horror, com inúmeras participações no gênero e que infelizmente faz agora somente parte da galeria dos astros imortais. Mas como curiosidade, há a pequena participação de Janet Leigh (mãe de Jamie Lee Curtis na vida real), veterana atriz conhecida pela personagem que foi brutalmente assassinada por Norman Bates na famosa cena do chuveiro no clássico Psicose.

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A história é puro clichê sem situações novas, com Curtis (como Laurie Strode / Keri Tate) quarentona e mãe de um filho adolescente mudando de nome e cidade para se esquecer de seu irmão maníaco. Assumindo a diretoria de uma escola rica, ela não consegue evitar totalmente seu trauma com frequentes alucinações envolvendo Michael Myers. Até que o psicopata reaparece novamente e com uma enorme faca (sua marca registrada) contribui significativamente para o aumento do índice de mortandade da região. Mas as vítimas não chegam a uma dezena como era em filmes similares anteriores como os inúmeros Sexta-Feira 13, cujos assassinatos ultrapassavam tranquilamente a marca dos 20, demonstrando a tendência desses novos filmes em apostar em sustos e mais suspense ao invés de violência gratuita e explícita demais.

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Um detalhe interessante é a referência ao filme Pânico, quando numa cena de suspense, a televisão está ligada na exibição do filme citado, e que curiosamente o inverso havia acontecido antes, pois em Pânico, um grupo de jovens adolescentes que faziam uma festa assistiam ao clássico Halloween com Jamie Lee Curtis, enquanto eram misteriosamente assassinados um a um. Parece mesmo uma troca de cortesias e homenagens entre os produtores.

Halloween H20 (1998) (6)

Atenção! O próximo parágrafo contém spoilers, incluindo o final do filme!

Após muita correria, gritos e eventuais mortes, Michael Myers é golpeado e supostamente morto. Mas assim como seus companheiros de ofício Jason Voorhees e Freddy Krueger, psicopatas imortais, reanima-se constantemente como se nada tivesse acontecido (nada é impossível aos roteiristas), até que finalmente é decapitado de forma violenta por sua irmã heroína na cena final do filme (não há segredo nenhum em revelar isso pois tudo é previsível com muita antecedência). E a franquia continuou em 2002 com o lançamento do oitavo filme da série: Halloween: Ressurreição, dirigido por Rick Rosenthal, novamente com Jamie Lee Curtis no elenco, e com Brad Loree interpretando Michael Myers.

Halloween H20 (1998) (5)

Porém, como já mencionado antes, apesar de toda a previsibilidade, o filme tem alguns bons momentos de sustos sendo uma boa diversão sem muita exigência, e material obrigatório para os fãs em geral do Horror, principalmente para acompanhar a atual safra de produção do gênero. Se bem que a cada ano que passa, sentimos mais saudades dos velhos filmes de Vincent Price, Peter Cushing, Christopher Lee, Boris Karloff, Bela Lugosi, John Carradine, Peter Lorre, Lon Chaney Jr.,…

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8 Comentários

  1. Classicão, é daqueles das últimas levas de bons filmes de Terror dos fins dos anos 90. Realmente precisamos repetir o que foi dito aqui: “Um detalhe interessante é a referência ao filme Pânico, quando numa cena de suspense, a televisão está ligada na exibição do filme citado, e que curiosamente o inverso havia acontecido antes, pois em Pânico, um grupo de jovens adolescentes que faziam uma festa assistiam ao clássico Halloween com Jamie Lee Curtis, enquanto eram misteriosamente assassinados um a um.” Envelheceu muito bem e acredito que ele é um filme responsavel pela continuação da franquia, deu um fôlego para hoje querermos mais “Michael Myers”!!!

  2. O filme foi ótimo encarou a nova turma que estava no pedaco, como pano lenda urbana, e eu sei o que vc s fizeram no verão passado, para os fãs antigos muito bom, para quem não conhecia foi um filme que não se esqueceu tão fácil é se juntou a galeria de novos personagens, mas boca cadê a resenha e crítica da parte 6 ??? Vamos fazer aí pra completar né….

  3. A sequência mais inteligente para um término da saga de Laurie Stroode. Para mim, e quase pode se dizer 99,9 % dos fãs, Halloween encerrou aí. Ressurreição foi uma obra a parte, bem mais que a parte 3

  4. Alguns bons momentos? O filme é ótimo!

    Fez jus aos dois primeiros e, pra mim, a franquia encerrou aí.

  5. Só acho uma pena que a icônica cena do reencontro de Laurie com Michael, em que os dois ficam se encarando através do vidro da porta, tenha sido totalmente desconstruída na sequência “Ressurreição”. Na verdade, o filme é muito bom, especialmente em suas cenas finais, mas também não podemos esquecer que ele desconsidera todos os eventos mostrados nos filmez 4,5 e 6 da franquia, o que mostra que os produtores de Halloween nunca tiveram muito respeito com seus espectadores.

    1. Muito pelo contrário, isso demonstra até muito respeito. Continuações como essas (o quarto filme é legalzinho e merece certo desconto, mas o resto…) foram feitas para serem jogadas no limbo e nunca mais relembradas. H20 deu um novo fôlego ressuscitando a franquia e ficando à altura do segundo filme. Agora, a continuação seguinte também foi feita para ser esquecida. Jamais deveria ter sido feita.

  6. o filme é muito bom apesar de o final ser muito confuso..

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