Blackwood
Original:Blackwood
Ano:2014•País:UK Direção:Adam Wimpenny Roteiro:J.S. Hill Produção:Adam Morane-Griffiths Elenco:Ed Stoppard, Sophia Myles, Russell Tovey, Isaac Andrews, Paul Kaye, Greg Wise, Joanna Vanderham, Kenneth Collard, Sebastian Dunn |
Enquanto houver histórias envolvendo famílias que se mudam para uma casa em busca de um recomeço, o gênero fantástico estará sempre bem alimentado. Desde O Solar das Almas Perdidas (1944), esse contexto existe, forçando os roteiristas a se desdobrar para conseguir trazer um arrepio novo para o estilo. Na maioria das vezes, não conseguem o intento, principalmente quando utilizam fontes clássicas como inspiração e lotam seus trabalhos com lugares-comuns, sustos fáceis e problemas familiares. Blackwood está aí para mostrar que boas tramas podem ser construídas com respeito ao argumento, na escolha do elenco e na construção da atmosfera, mesmo com a base comum. Vejam:
O professor Ben Marshall (Ed Stoppard) já foi vítima de um colapso nervoso que trouxe um afastamento de sua esposa Rachel (Sophia Myles) e consequentemente do filho Harry (Isaac Andrews). Na procura do tradicional recomeço, ele se muda para o interior, num casarão gótico, e parece estar disposto a evitar novos conflitos – lembra de Jack Torrance em O Iluminado? Contudo, desde a primeira noite na nova morada, ele começa a sofrer com visões perturbadoras, envolvendo um garoto com uma máscara de coruja e estranhas ocorrências que lentamente o afetam. Como historiador, ele pesquisa o passado da casa e descobre que o local abrigou uma senhora – agora no manicômio -, uma mulher e uma criança, prováveis frutos de um assassinato cometido pelo misterioso Jack (Russell Tovey), com a cobertura do Padre Patrick (Paul Kaye). Estaria Ben vendo o espirito perturbado de um menino vítima de um crime?
Se fosse isso apenas, Blackwood não teria o conceito acima da média. Com boas reviravoltas e peças que se encaixam perfeitamente dentro de um quebra-cabeças macabro, o longa inglês, comandado por Adam Wimpenny a partir de um roteiro de J.S. Hill, é bem feitinho, levando as regras do subgênero casa assombrada para um novo patamar, com semelhanças discretas ao excelente terror venezuelano A Casa do Fim dos Tempos, de 2013. Há sustos, aparições macabras e até alguns clichês do estilo, sem que esses detalhes estraguem o resultado final.
Com um elenco bem afinado, o filme só peca por desenvolver um subplot desnecessário sobre as possibilidades de um relacionamento extra-conjugal do protagonista, com a companheira do amigo, a belíssima Jessica (Joanna Vanderham); por outro lado, os possíveis desvios de sua própria esposa Rachel têm relação direta com os acontecimentos, incluindo a sequência final. Gosta de produções bem realizadas, típicas de um horror psicológico? Blackwood pode funcionar bem para você, como serviu para mim.
Fotografia belíssima. A edição com cortes rápidos demais, estilo videoclipe, da metade pro final, quebra um pouco o clima de suspense. No geral um ótimo filme com uma abordagem bastante original para a temática sobrenatural.
Filme chato!
Opa conferindo
Um interessante ensaio gnóstico sobre a relação entre a teoria dos fantasmas e relatividade temporal.
vou conferir esse.
No máximo razoável.
Na minha opinião, o problema é que o personagem principal é tão antipático que eu não consegui lhe compartilhar a tensão.
É um tipo de filme que a solução é dada no final, difícil de inferir alguma coisa ao longo do filme.
Fiquei interessado…