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Pelotão Vampiro (1991) (3)

Pelotão Vampiro
Original:The Lost Platoon
Ano:1991•País:EUA
Direção:David A. Prior
Roteiro:David A. Prior, Ted Prior
Produção:Kimberley Casey
Elenco:William Knight, David Parry, Stephen Quadros, Michael Wayne, Sean Heyman, Lew Sleeman

O extinto selo “Dark Side” da “Works Editora” foi responsável pelo lançamento em DVD por aqui de uma grande quantidade de filmes extremamente significativos e interessantes para os apreciadores de Horror e colecionadores em geral, como por exemplo A Máscara de Satã (60) e Black Sabbath – As Três Máscaras do Terror (63), de Mario Bava, O Homem de Palha (73), o filme preferido da carreira de Christopher Lee, Suspiria (77), de Dario Argento, Despertar dos Mortos (78), de George Romero, Fome Animal (92), de Peter Jackson, Viy – O Espírito do Mal (67), um raro exemplar do cinema de horror russo, além de muitos filmes indispensáveis da saudosa produtora inglesa “Hammer“.

Porém, no catálogo da editora dentro do gênero Horror também existem tranqueiras bem descartáveis, e que somente valem a pena serem conhecidas e fazerem parte do acervo no caso daqueles fãs e colecionadores de tudo que se refere ao tema, independente da qualidade. É o caso, por exemplo, de porcarias como Cemitério Macabro (92), Werewolf – A Noite do Lobo (96) e Pelotão Vampiro (The Lost Platoon, 91), entre outros.

O DVD de Pelotão Vampiro traz como material extra apenas uma sinopse. Com direção de David A. Prior e roteiro dele em parceria com seu irmão Ted Prior, a história é uma mistura de elementos de guerra com horror, mais especificamente vampirismo, e o título nacional do filme já procura evidenciar isso, sendo que o mais correto seria apenas reproduzir a tradução literal do nome original, O Pelotão Perdido. Mas é até compreensível a escolha desse nome por questões comerciais, enfatizando para o público que é um filme de horror também.

Pelotão Vampiro (1991) (1)

O prólogo se passa na Segunda Guerra Mundial, em 1944 na França, onde um grupo de soldados aliados enfrenta uma batalha desfavorável. Um soldado, David Hollander (Mark Andrew Shelse), é alvejado no confronto e fica gravemente ferido. Após tornar-se ainda assim o único sobrevivente americano, ele é salvo por um homem misterioso que derrotou facilmente os inimigos.

A ação se volta agora para 1991 na Nicarágua, país pobre da América Central que enfrenta uma grave guerra civil com massacre de cidadãos inocentes, por causa do governo do ditador Vladimer (Roger Bayless) e de sua amante assassina Tara (Michi McGee, creditada como Michiko). Os Estados Unidos, com sua sempre inconveniente e equivocada política externa imperialista, fazendo o papel de “nação soberana e salvadora dos fracos e oprimidos“, envia um grupo militar para combater a falta de democracia. Liderado pelo Coronel Jack Crawford (Lewis Alfred Pipes, creditado como Lew Pipes), os soldados americanos também são ajudados por um misterioso grupo de justiceiros, conhecidos pela população local como “Os Mejores” (traduzindo do espanhol, “Os Melhores“), formado pelo líder Jonathan Hancock (David Parry), o jovem impetuoso Walker (Stephen Quadros), além de Hayden (Michael Wayne) e Keeler (Sean Heyman).

O agora ex-soldado David Hollander (interpretado dessa vez por William Knight), tornou-se um jornalista famoso, fotógrafo correspondente de guerra, que é enviado para a Nicarágua para cobrir o conflito. Lá ele encontra o Coronel Crawford e se depara com o grupo misterioso de soldados, reconhecendo no líder o homem que o salvou na Segunda Guerra Mundial, com o detalhe de não ter envelhecido um único dia. Investigando o mistério, o jornalista descobre que o grupo sempre esteve presente em fotos de diversas guerras ao longo da história, desde a guerra civil americana em 1863, passando pela Primeira Guerra Mundial na Alemanha em 1914, a Segunda Guerra Mundial trinta anos depois, a Guerra da Coréia em 1950 (no filme é citado de forma errada o ano de 49), a Guerra do Vietnã em 1969 e a invasão de Granada em 1983. E que na verdade, eles são vampiros que não podem morrer pela ação dos homens comuns, somente por outros vampiros. Agora, o jornalista terá que lutar ao lado das criaturas com dentes pontiagudos para combater a tirania do ditador Vladimer e decidir se fará parte do grupo, uma vez que foi convidado por ser correspondente de guerra e poder obter sempre informações dos inimigos.

Pelotão Vampiro (1991) (2)

Pelotão Vampiro é claramente uma produção de baixo orçamento, mas, independente da falta de recursos, é evidente que o roteiro é cheio de furos e falhas grotescas, apesar da ideia central ser até interessante (um grupo de vampiros lutando nas várias guerras se alimentando dos inimigos). O elenco também é muito ruim e não consegue convencer em nenhum momento. As cenas de guerra são ridículas, falsas e inverossímeis, muito longe de mostrar a realidade de um campo de batalha, pois o diretor deve pensar que é necessário apenas mostrar soldados atirando descontrolados e que tiroteios, explosões e gritarias são o suficiente para reproduzir um conflito.

As filmagens são amadoras, os soldados atiram sem se proteger, apenas esperando serem alvejados para caírem mortos. Aliás, em muitas vezes, um único disparo conseguia a proeza de matar dois inimigos ao mesmo tempo. Outra cena incrivelmente mal produzida é quando um grupo de soldados americanos, juntamente com o Cel. Crawford e o fotógrafo Hollander, é atacado por moradores de uma aldeia pobre. As cenas de pancadaria são péssimas, onde claramente vemos a encenação dos atores (ou melhor, figurantes inexpressivos), simulando agredirem os americanos. Se juntarmos um grupo de amigos para fazerem um vídeo amador o resultado deverá ser melhor e mais convincente. O roteiro não procura em nenhum momento explicar a origem dos vampiros, suas motivações para participarem das guerras, além de não explorar a complexa mitologia dessas criaturas. No filme, o grupo de soldados vampiros não tem medo da luz do dia, nem de imagens religiosas, e esses detalhes peculiares deveriam ser melhor tratados pelo roteiro, mas o pior mesmo é que não há uma única cena deles sugando o sangue de suas vítimas.

Como ponto positivo, talvez o único, e ainda assim copiado, temos várias cenas interessantes com movimentos rápidos de câmera, em mergulhos rasantes no meio das árvores da floresta, simulando os vôos dos vampiros para chegarem em seu destino, lembrando o clássico moderno The Evil Dead (82), de Sam Raimi e com Bruce Campbell, nas cenas dos ágeis movimentos dos demônios na floresta.

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4 Comentários

  1. Eu já tinha assistido esse filme.Adorei!Uma pena,que emprestei,e acabei ficando sem.Estava tendo lembra o nome desse filme,e fiquei muito feliz por encontrar por aqui.Tentarei baixar.

  2. não me arrependo de ter assistido esse filme ! apesar de ser trash, não perdia uma vez quando passava no cinema em casa…

    1. Um dos melhores que eu assisti até hoje, Trash é quem não sabe perceber quando um filme é um clássico de um lixo tecnológico!!!

  3. Saudade de assistir filmes assim no Cinema em Casa…

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