Pesadelos e Paisagens Noturnas (2006)

4.8
(5)
O Último Caso de Umney
Original:Umney's Last Case
Ano:2006•País:EUA, Austrália
Direção:Rob Bowman
Roteiro:April Smith, Stephen King
Produção:Jeffrey M. Hayes, John J. McMahon
Elenco:William H. Macy, Jacqueline McKenzie, Tory Mussett, Harold Hopkins, Melinda Butel, Julian O'Donnell, Don Halbert, Peter Curtin, Sigrid Thornton, Kodi Smit-McPhee

Para encerrar o DVD do primeiro volume, uma história que, mesmo não sendo necessariamente um conto de suspense, possui todos os elementos de fantasia que fazem de King, o melhor autor vivo do gênero.

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Publicado no livro titular, “Umney’s Last Case” é um conto fantástico mais apoiado nas perguntas “e se?“, e na construção de um personagem para envolver e cativar o público. E consegue fazê-lo com uma grande homenagem ao cinema noir e aos velhos livros de mistério.

Clyde Umney (William Macy, nomeado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por Fargo) é um detetive particular dos anos 30 com uma rotina de combate ao crime invejavelmente controlada, tendo todas as suas ações e falas exalando canastrices. No entanto, de uma hora para outra, eventos estranhos começam a atormentar Umney: os vizinhos festeiros são assassinados, a mãe do humilde jovem cego Peoria (Julian O’Donnell), que vende jornais todos os dias, ganha uma bolada na loteria, o bar em que o detetive frequenta é subitamente fechado e sua secretária – e grande amor – Arlene Cain (Tory Mussett, O Pesadelo) abandona o emprego.

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Quando tudo não parece pior, um estranho homem engomado e com um Laptop (!) chamado Sam Landry (William Macy novamente) aparece em seu escritório e revela ser um escritor de livros e que o detetive não passa de personagem de sua imaginação. Cético, Umney reluta, porém após brincar um pouco de Deus com seu computador, Landry o convence.

Landry é um autor amargurado após a morte trágica de seu filho por afogamento e seu objetivo é simples: ele se torna detetive na ficção dos anos 30 – no lugar de Umney – enquanto o personagem do livro vai para a realidade do presente tomar o seu lugar. As implicações que esta atitude terá para ambos são tão complicadas quanto parecem ser…

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Andei lendo alguns comentários de que “Umney’s Last Case” é muito ofensivo para puristas de King por causa das alterações e concessões do roteiro de April Smith em relação ao material original, e, por conta destas modificações drásticas, muito do suspense e do clima sombrio se foram; também, devido a algumas tiradas de humor, ele acabou se tornando um episódio mais leve.

Eu sinceramente não sei, pois não li este conto, porém deixo esta opinião “terceirizada” registrada para que o leitor esteja avisado quando fizer a comparação. De minha parte ainda assim eu achei entretenimento divertido e inteligente; lembrem-se que é um telefilme e coisas extremas demais normalmente acabam cortadas ou banidas (vide “Imprint” de “Masters of Horror“).

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O diretor Rob Bowman (que também comanda o episódio “The Fifth Quarter“) provê contrastes de luz e sombra característicos do citado cinema noir apoiado no talento único de William Macy, que é a força do episódio fazendo um trabalho esplendido, ficando até difícil confirmar que Umney e seu autor são interpretados pela mesma pessoa.

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

One thought on “Pesadelos e Paisagens Noturnas (2006)

  • 30/05/2019 em 20:47
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    Eu queria rever o filme a cidade do Rock and roll

    Resposta

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