O Fim da Desordem
Original:The End of the Whole Mess
Ano:2006•País:EUA, Austrália Direção:Mikael Salomon Roteiro:Lawrence D. Cohen, Stephen King Produção:Jeffrey M. Hayes, John J. McMahon Elenco:Ron Livingston, Henry Thomas, Andy Anderson, Nicholas Bell, Tyler Coppin, Rebecca Gibney, Rarmian Newton, Justina Noble |
Outro grande episódio abre o volume 2 em DVD: “The End of the Whole Mess” consegue transmitir com bastante fidelidade o espírito dramático de narrativa de Stephen King, principalmente porque o roteirista é ninguém menos que Lawrence D. Cohen, que, experiente no ramo, já havia adaptado Carrie para o cinema, Tommyknockers e IT – Uma Obra-Prima do Medo para a televisão.
O conto foi escrito para a extinta revista de ficção científica estadunidense “Omni Magazine” e publicado pela primeira vez em 1986 – até que acabou ficando mais popular após a compilação no livro título da série.
Howard Fornoy (Ron Livingston, de The Cooler – Quebrando a Banca) é um documentarista premiado com o Oscar e tem um irmão gênio chamado Robert (Henry Thomas, o agora irreconhecível Elliot de E.T. – O Extraterrestre). Hoje Howard faz seu último registro em vida e quer contar para todo o mundo porque teve que matar seu irmão, a pessoa que conseguiu erradicar todas as guerras do mundo, motivo pelo qual era chamado de Messias.
E o documentarista resolve contar desde o princípio da história dos dois: na infância, o jovem Howard era astuto e tirou o gosto pelo cinema por causa do pai; o irmão caçula era o “professor Pardal” da família, brilhante e avançado demais para seu tempo. Bem, creio que “avançado” é uma palavra boa para se usar quando um garoto de 7 anos constrói um aeroplano sozinho, hehehe…
O tempo passa, seus caminhos se separam e Robert fica impressionado com tamanha brutalidade dos seres humanos contra eles mesmos. Quando a gota que transborda o copo acontece – os ataques de 11 de Setembro – o gênio fica obcecado em encontrar uma maneira da ciência impedir a insanidade das pessoas e colocar um fim na desordem. Sem entregar surpresas, digamos, somente, que ele finalmente encontra uma solução e a coloca em prática com enorme sucesso.
Tudo começa perfeitamente bem e a paz mundial é finalmente alcançada – “mas o demônio está nos detalhes“, diz Howard, e o documentarista tem sua última chance de contar o que aconteceu.
Convenhamos, apesar de ser o episódio mais fiel ao conto, a primeira metade é chata, demorada e arrastada em prol do desenvolvimento das personagens – dá vontade de dizer: “Ok, Sr. diretor eu já peguei a ideia, chega de dar exemplos sobre a genialidade de Bobby e podemos prosseguir com a história, por favor?” – contudo, quando as coisas esquentam, o episódio toma formas interessantes e vira um legítimo conto “kingiano” até o final abrupto e bem trabalhado. A sacada do vídeo caseiro foi uma solução inteligente para as limitações que a história original possuía para a adaptação.
Não há soluções mirabolantes para o diretor Mikael Salomon (que também dirige “Sala de Autópsia“), que segue o script de forma mais burocrática, mas tem ao seu favor – além do excelente material fonte, claro – a magnífica fotografia e não podia ser diferente, pois Salomon foi nomeado ao Oscar de fotografia por O Segredo do Abismo.
Eu queria rever o filme a cidade do Rock and roll