4.8
(5)
Sala de Autópsia
Original:Autopsy Room Four
Ano:2006•País:EUA, Austrália
Direção:Mikael Salomon
Roteiro:April Smith, Stephen King
Produção:Jeffrey M. Hayes, John J. McMahon
Elenco:Richard Thomas, Greta Scacchi, Robert Mammone, Robyn Arthur, Paul Gleeson, Linc Hasler, Josh Lawson, Steve Mouzakis

Um absurdo tão grande que seria cômico se não fosse trágico ou vice-versa, “Autopsy Room Four” – coincidentemente inspirado em um episódio de “Alfred Hitchcock Apresenta” – é um conto bem curto publicado no livro “Tudo é Eventual” em que Stephen King coloca uma parte de sua veia cômica para fora, todavia sem esquecer da expectativa nervosa inerentes ao trabalho do autor. Neste primeiro segmento do terceiro e último DVD da coleção, a adaptação ganha asas e tem tudo pra ser um dos favoritos dos chatos – e com razão – puristas de King.

Pesadelos e Paisagens Noturnas (2006) (28)

A história, mais simples impossível: Howard Cottrell (Richard Thomas, de IT – Uma Obra-Prima do Medo), um bem apessoado especulador da bolsa de valores de sucesso, chega num saco de cadáveres direto para a sala de autópsia de um hospital. Porém ele está vendo e ouvindo tudo o que acontece ao seu redor, mas estaria vivo realmente? E se está morto por que ouve e enxerga tudo a sua volta?

Aos poucos Howard vai se lembrando do que aconteceu: ele estava jogando golfe com o amigo Ed Brooks (Paul Gleeson) quando foi picado por uma cobra enquanto buscava uma bola caída no mato. Diagnosticado (muito) erroneamente por um médico caquético como morto por ataque cardíaco agora está paralisado e precisa emitir algum som, algum sinal ou qualquer coisa – antes que a equipe da Dra. Katie Arlen (Greta Scacchi, de Vida Sem Limites) faça a autópsia enquanto ainda está vivo e torne sua quase-esposa Angela (Jude Beaumont) viúva pelos motivos errados.

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Richard Thomas está magnífico como o convencido e problemático Cottrell e rouba a cena mesmo estático na mesa de autópsia conseguindo arrancar algumas gargalhadas do telespectador, o que infelizmente não é correspondido pelo elenco de apoio, um pouco apagado, destoando da tensão harmoniosa que era de se esperar – detalhes que, felizmente, não comprometem tanto o resultado final.

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Ironias e muito humor negro dão o tom do segmento de acordo com o conto original, e isso o torna um dos melhores adaptações da minissérie, nem tanto pela fidelidade linha a linha, mas pela perfeita transferência da alma da história no conjunto do episódio – sem querer inserir lições de moral gratuitas (sim, estou falando de A Pintura) ou enxertos desnecessários, também porque o tamanho do material escrito condiz sob medida à curta duração característica evitando os famigerados “pontos mortos“, de modos e maneiras que todos os demônios que April Smith colocou em “Umney’s Last Case” são exorcizados aqui.

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Mikael Salomon é outro diretor que se supera em sua segunda participação na minissérie, cadenciando os momentos com naturalidade, pois ao contrário de O Fim da Desordem, as apresentações são feitas a conta gotas no decorrer da história, o que aumenta significativamente a dinâmica do episódio. Em duas palavras: não perca!

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1 comentário

  1. Eu queria rever o filme a cidade do Rock and roll

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