Fear the Walking Dead (2015) – 1×06: The Good Man
![]() ![]() Fear the Walking Dead
Original:Fear the Walking Dead
Ano:2015•País:EUA Direção:Adam Davidson Roteiro:Robert Kirkman, Dave Erickson Produção:Bill Johnson Elenco:Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane, Alycia Debnam-Carey, Elizabeth Rodriguez, Mercedes Mason, Lorenzo James Henrie, Rubén Blades, Maestro Harrell, Scott Lawrence, Lincoln A. Castellanos, Shawn Hatosy, Sandrine Holt, Jamie McShane, Jared Abrahamson, Alison Araya |
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O contato com a infecção faz com que as pessoas recentemente mortas voltem à vida, e queiram se alimentar dos vivos – premissa básica dos filmes de zumbis da safra romeriana. Mas, a transformação não acontece apenas com aqueles que foram mordidos; quem convive nesse mundo caótico, testemunhando as quedas e o despertar, também se transforma. Os que já eram de índole duvidosa pioram ao tocar o limite da morte-vida; e até mesmo um bom homem, um que se auto-afirmava ser absolutamente contra a violência, pode perder a humanidade. Vimos muitas transformações em The Walking Dead, principalmente com Rick, e, em Fear the Walking Dead, a mais sentida foi a de Travis (Cliff Curtis).
Apontado como covarde pelo novo conhecido Daniel Salazar (Rubén Blades) – alguém que esconde algo muito além de um simples comerciante -, Travis não quis se envolver na morte da vizinha, atirar na zumbi garçonete e nem manter sob tortura ou aprisionado o soldado Andrew (Shawn Hatosy), mas os acontecimentos no episódio final o despertaram para uma nova condição, mais agressiva, violenta e capaz de atirar numa velha conhecida. É provável que muitos apontem como “o bom homem” do título ao estranho Victor Strand (Colman Domingo), com suas roupas de grife, sua filosofia de salvação e o modo como enxergou em Nick (Frank Dillane) um passaporte para a fuga do centro hospitalar. É ele quem provavelmente ditará muitas das ações da segunda temporada, a partir de sua habitação marítima Abigail, conforme fora anunciado pelos produtores após o season finale.
The Good Man trouxe o caos à série. Todo aquele andar molenga da temporada, com o desenvolvimento de personagens que o público não conseguiu encontrar afinidades, teve o ritmo acelerado com a luta pelo resgate de Nick e da falecida Griselda. Como os soldados abandonaram Los Angeles – nunca deixando evidente por qual razão fizeram isso, principalmente pelo modo como alcançaram o controle da situação -, o local teve menos vigilância, e os mortos já não estavam mais presos no estádio. A cerca, que havia sido capaz de proteger a prisão da série oficial, foi derrubada pelo excesso de mortos, levando sangue e morte para todos os lados.
Chris (Lorenzo James Henrie), cada vez mais próximo de Alicia (Alycia Debnam-Carey), enfrentará soldados pelo bem da amiga; e Ofélia (Mercedes Mason) terá problemas com o ex-ficante Andrew (Shawn Hatosy). Decepcionada pelo abandono dos militares, a Dra. Exner (Sandrine Holt) parece estar sem motivação para enfrentar a nova realidade, optando por dar paz aos feridos. Ela, Andrew e até mesmo o Tenente Moyers (Jamie McShane) não encontraram seu destino nessa temporada – não explicitamente -, o que pode permitir reencontros no ano que vem.
Com direção de Stefan Schwartz, Fear the Walking Dead terminou com algumas pontas soltas. Além de não encerrar a participação de alguns personagens, a série não mostrou quem seriam as pessoas que pediam ajuda no prédio próximo ao isolamento e nem explicou a fuga descontrolada dos militares. Em resumo, foi levemente regular: alguns bons momentos escondidos em longos espaços perdidos. Para conquistar o carinho dos fãs como fez a série oficial, vai precisar realmente se transformar na segunda temporada. Quem sabe a infecção não possa fazer isso?
Essa turma que comanda The Walking Dead têm a proeza de lançar personagens chatos. Assim como a na série mãe, essa aí dá um forte desejo na morte de todos.