A Mansão Marsten
Original:Salem's Lot
Ano:2004•País:EUA Direção:Mikael Salomon Roteiro:Stephen King, Peter Filardi Produção:Brett Popplewell Elenco:Rob Lowe, Andre Braugher, Donald Sutherland, Samantha Mathis, Robert Mammone, Dan Byrd, Rutger Hauer, James Cromwell, Andy Anderson, Robert Grubb, Steven Vidler, Penny McNamee, Christopher Morris |
Responsável na época por trazer sangue novo (ops!) ao vampirismo na literatura, A Hora do Vampiro (1975) foi o segundo romance de Stephen King a ser publicado, novamente com recepção calorosa por crítica e pelos leitores. Assim como em seu primeiro livro, King novamente soube trazer um tema sobrenatural inserido num contexto humano e realista. Não demorou para que surgisse uma adaptação. Em 1979 foi produzida uma versão para TV, dirigida por Tobe Hooper, e em 2004 surgiu um novo telefilme (na verdade, uma microssérie em dois episódios) feita pela TNT. Ainda podemos contar o filme de 87 que se trata, na verdade, de uma continuação, dirigida por Larry Cohen (Nasce um Monstro). Por duas vezes declarada por King como o seu romance favorito, é curioso notar que ninguém enxergou ao longo desses anos que a trama criada pelo autor tinha potencial para atingir as telonas, mas, apesar de ser um telefilme (assim como o primeiro, que não vi), A Mansão Marsten compensa suas limitações do formato com qualidades bastante notáveis.
Capaz de assustar pela sua longa duração se assistido em DVD, a obra nunca cai, entretanto, na morosidade, apresentando uma progressão narrativa impressionantemente lenta, levando o espectador sem pressa ao clímax. Fiel em tom e história à obra que lhe serve de base, A Mansão Marsten conta a sina de Ben Mears (um convincente e contido Rob Lowe), escritor que passou toda a sua infância na cidadezinha de Jerusalem´s Lot (ou Salem´s Lot) tendo, inclusive, passado por um acontecimento traumático relacionado a uma velha mansão (a do título brasileiro) e percebe quando chega que alguém misterioso alugou a antiga casa antes que ele mesmo pudesse fazê-lo. O desaparecimento de uma criança local é só o início de uma série de eventos misteriosos que deixam claro que a Mansão (e seus habitantes) tem algo a ver com a cidade toda estar se tornando vampiros.
Capaz de criar uma atmosfera desoladora antes mesmo de algo efetivamente acontecer, através da narrativa em off e da fotografia que aposta em tons frios e pálidos; a estrutura narrativa de A Mansão Marsten também combina com a estrutura empregada por King em seus trabalhos, que vai descrevendo o ambiente e seus personagens com bastante cuidado de modo que passamos a nos importar com aquelas pessoas, premissa básica do gênero horror. Contribuem para isso o elenco engajado, com destaque para Rob Lowe, James Cromwell e Andre Braugher (também presente na adaptação de O Nevoeiro).
Configurando-se, no mínimo, como uma grata surpresa no meio de inúmeras adaptações decepcionantes, A Mansão Marsten é uma obra decente que não só respeita o material original como ainda deve agradar a qualquer um que aprecie um bom filme de vampiros.
Curiosidades:
– Um dos cachorros do filme se chama Cujo, nome também de um romance de Stephen King sobre um cão assassino;
– Outra referência no filme inclui uma cena num bar onde um homem canta no karaokê a canção Stand By Me, título original da adaptação Conta Comigo e também da canção-tema daquele filme;
Não é um filme muito bom. Apesar do visual dos vampiros ser legal, não chama muita atenção.
Amo esse filme, é muito interessante o modo como Stephen King consegue escrever sobre vampiros sem parecer piegas.
ALGUEM SABE ONDE POSSO ASSISTIR – SALEM’S LOT – ??