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Landmine Goes Click (2015) (2)

Landmine Goes Click
Original:Landmine Goes Click
Ano:2015•País:Georgia
Direção:Levan Bakhia
Roteiro:Levan Bakhia, Adrian Colussi, Lloyd S. Wagner
Produção:Nika Apriashvili, Levan Bakhia, Irakli Chikvaidze, Vigen Vartanov
Elenco:Sterling Knight, Spencer Locke, Dean Geyer, Kote Tolordava, Giorgi Tsaava, Helen Nelson, Nana Kiknadze

Quantas vezes você já pisou em uma mina terrestre em sua vida? No sentido literal, provavelmente nenhuma, até porque as probabilidades disso acontecer são quase inexistentes. No entanto, elas estão em todos os lugares, escondidas na vida urbana estressante, nas dificuldades financeiras e até nas discussões políticas. Pisar numa mina terrestre pode significar o momento que antecede a explosão, quando você deixa a razão de lado para confrontar ou agredir; quando as palavras machucam, sem que o arrependimento sirva de proteção. Essa é a metáfora que sustenta o interessante Landmine Goes Click, permeando as personagens sem a trincheira defensiva.

Ambientado na outrora conturbada Géorgia, país localizado na fronteira entre a Europa e a Ásia e que serviu de palco para violentas batalhas em sua luta pela independência, o longa apresenta três mochileiros americanos em busca das melhores paisagens. Chris (Sterling Knight, Na Mira dos Assassinos, 2012) está acompanhando o casal de amigos Daniel (Dean Geyer, de The Sand, 2015) e Alicia (Spencer Locke, a K-Mart, de Resident Evil 3 e 4), às vésperas de uma possível união definitiva. O problema é que essa amizade esconde suas próprias minas: Chris teve um rápido momento com Alicia e o peso na consciência associado a seus sentimentos está próximo de uma erupção. Ele quer contar ao melhor amigo, mas a garota insiste em manter o sigilo para manter seu frágil relacionamento.

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Após acamparem num vale, com Chris tendo que testemunhar o amigo em um momento íntimo, surge, na manhã seguinte, um novo personagem, Devi (Giorgi Tsaava), um contato de trabalho do casal. Ao sugerir uma fotografia do trio, Devi conduz Chris a pisar numa mina, sendo alertado por todos a não se mover. O “click” que aciona a bomba desperta a real natureza de Daniel, consciente de que foi traído pelos dois, em uma ação de vingança bastante ousada. Algumas agressões verbais, e o rapaz se afasta, satisfeito pelo efeito proporcionado.

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Imóvel, em um país estranho, Chris conta com a ajuda de Alicia para encontrar um meio de sair daquela situação mortal. A única solução provável é a escavação de uma trincheira para que o rapaz possa saltar e se abrigar, embora ambos saibam que ferimentos graves serão inevitáveis. Como a sinopse já anuncia, o problema maior está na chegada de um estranho, Ilya (Kote Tolordava, que lembra bastante o ator pornô Ron Jeremy, numa semelhança torturante), cujas intenções vão além de simplesmente prestar um apoio aos jovens. A cada auxílio, seja na escavação ou no empréstimo de seu rádio comunicador, é trocado por humilhações sexuais, desde a retirada da calcinha até a movimentação de quatro, imitando uma cadela. E tudo culmina numa explosão de sentimentos como a raiva e o desejo de retaliação.

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Landmine Goes Click é o segundo trabalho como diretor de Levan Bakhia. Antes de se aventurar nesse thriller metafórico, ele fez o curioso 119 Graus (247°F, 2011), prendendo jovens em uma sauna. O enredo foi esboçado pelo próprio, em parceria de Lloyd S. Wagner, a partir do roteiro de Adrian Colussi. Com um orçamento estimado em aproximadamente U$1 milhão, o filme é bem interessante, com boas mudanças narrativas, principalmente na sequência final surpreendente. Há algumas improbabilidades do enredo, com as que envolvem as duas vinganças, além de duas ações estúpidas dos personagens (a de deixar alguém vivo ou o desafio final), mas o resultado, com um suspense atraente, vale uma recomendação.

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2 Comentários

  1. Achei uma das piores atuacoes que ja vi na vida. Mas impressionante como uma boa trama pode salvar um desastre desse. Curti bastante o filme. Muda a perspectiva de uma hora pra outra, de repente nao eh mais um filme de aventura/policial/romance…vira um drama terrivel.

  2. Achei um desastre completo como filme: pelos personagens ruins, pelas situações inverossímeis, pelas atuações ruins, pelas soluções patéticas do roteiro.. enfim, desastroso como filme. Mas é ainda mais odioso quando analisado mais profundamente: o filme é um show de misoginia e machismo, absolutamente desprezível e moralmente corrompido.

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