A Vingança da Deusa
Original:The Vengeance of She
Ano:1968•País:UK Direção:Cliff Owen Roteiro:Peter O'Donnell, H. Rider Haggard Produção:Aida Young Elenco:John Richardson, Olga Schoberová, Edward Judd, Colin Blakely, Jill Melford, George Sewell, André Morell, Noel Willman |
Em 1965 a produtora inglesa “Hammer” lançou a aventura com elementos de fantasia A Deusa da Cidade Perdida (She), com a dupla dinâmica Peter Cushing e Christopher Lee, e a estonteante Ursula Andress no papel título. Três anos depois, o cultuado estúdio retornou com o mesmo assunto lançando A Vingança da Deusa, dirigido por Cliff Owen (1919-1994), e sem os astros do filme anterior, tendo apenas o retorno de John Richardson e de André Morell, este em outro papel.
Uma belíssima jovem escandinava, Carol (a Tcheca Olinka Berova), surge desorientada caminhando por uma estrada francesa, indo parar numa praia onde decide nadar até o iate de propriedade de George (Colin Blakely), casado com Sheila Carter (Jill Melford) e amigo do médico psiquiatra Philip (Edward Judd). A garota tem um comportamento estranho e misterioso e abandona o barco sem avisar, sendo ajudada em terra pelo sacerdote místico Kassim (André Morell). Mas, coisas sobrenaturais acontecem com as pessoas próximas à garota e ela desaparece num deserto no norte da África. Philip, que nutre um interesse amoroso por ela desde que a viu pela primeira vez, se une ao capitão do barco Harry (George Sewell), e juntos partem em sua procura. A jovem garota tem habilidades que ainda não sabe controlar, e que consistem no conhecimento e no uso de um profundo poder mental transformado por rituais e símbolos numa força real viva para o bem ou para o mal. Ela pode ser a reencarnação de uma rainha tirana chamada Ayesha (”aquela que deve ser obedecida”), e sente que está sendo atraída pelo controle mental do sacerdote Men-Hari (Derek Godfrey). Após se encontrar com Philip, eles caminham pelo deserto e chegam à cidade perdida de Kuma, governada pelo rei Killikrates (John Richardson), que conquistou a imortalidade num ritual mágico envolvendo um fogo sagrado. Agora, o apaixonado Philip terá o desafio de tentar impedir o destino de Ayesha reencarnada, e voltar com Carol para casa.
O roteiro de A Vingança da Deusa, de autoria de Peter O´Donnell, tem elementos que o aproximam mais de uma refilmagem do que propriamente uma sequência. Trocando os papéis da rainha imortal Ayesha do primeiro filme com o rei imortal Kallikrates do segundo filme, sobram muitas situações similares entre ambos. Por ser um filme da “Hammer”, sempre desperta um interesse especial, mas é evidente que a falta da participação de Peter Cushing e Christopher Lee, e claro, da beleza e carisma de Ursula Andress, o segundo filme perdeu muito de sua força e potencial, tornando-se apenas comum e com história reciclada.