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Fear the Walking Dead (2016) – 2×14 e 2×15: Wrath e North

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Fear the Walking Dead: Monster
Original:Fear the Walking Dead: Monster
Ano:2016•País:EUA
Direção:Stefan Schwartz, Andrew Bernstein
Roteiro:Kate Barnow e Dave Erickson
Produção:Pablo Cruz, Avram 'Butch' Kaplan, Alan Page, Arturo Sampson
Elenco:Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane, Alycia Debnam-Carey, Colman Domingo, Mercedes Mason, Lorenzo James Henrie, Karen Bethzabe, Kelly Blatz, Israel Broussard, Raul Casso, Schuyler Fisk, David Grant Wright

Quando os responsáveis pela série Fear the Walking Dead anunciaram que a segunda temporada teria um horror marítimo, como nunca antes visto por estas águas, até mesmo aqueles que consideravam o spinoff ruim ficaram imaginando que boa coisa poderia sair daí. Não foi o que aconteceu nos oito primeiros capítulos! Confusa pelo enredo mal estruturado, que não sabia lidar com os piratas ou os zumbis náufragos, a série deve ter perdido boa parte de sua clientela, insatisfeita por ideias bobas e efeitos de maquiagem ruins. O ápice foi o resgate de alguns personagens, nas mãos de piratas, que resultou em uma das cenas mais anti-climáticas da televisão. Não tendo para onde correr, os personagens enfim chegaram ao México, onde poderiam explorar a epidemia em um país diferente.

O final da metade da temporada, atropelado pela necessidade de apresentar um cliffhanger, fez com que os personagens se separassem em três núcleos distintos, o que me fez acreditar que a tendência seria piorar, com os exemplos já vistos na série original. Felizmente, o que não não costuma funcionar em The Walking Dead foi extremamente eficiente aqui, com a segunda parte da temporada levando os personagens ao limite de sua sanidade e paciência, resultando em um final de temporada emocionante, sangrento e divertido.

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Depois que Travis (Cliff Curtis) encontrou o hotel e contou para Madison (Kim Dickens) que falhara com Chris (Lorenzo James Henrie), os rapazes que “fizeram a cabeça” de seu filho também chegaram ao local. Durante os questionamentos de Madison sobre o que acontecera com Brandon (Kelly Blatz) e Derek (Kenny Wormald), eles informam que sofreram um acidente de carro, quando deixaram um idiota assumir o controle do veículo. Ao saber que provavelmente Chris estaria morto, Madison tenta evitar que os fatos cheguem ao ouvido de Travis, ainda abalado pela experiência traumática da separação. Mas, ele não apenas descobrirá, como terá acesso aos acontecimentos da pior forma possível. Sua reação à tragédia é o que dá título ao penúltimo episódio, na excelente interpretação de Cliff Curtis durante a perda do último vestígio de sua humanidade. Diferente do que enfrentou Rick quando percebeu o amadurecimento de Carl na nova realidade, aqui o choque foi maior, mais frio e violento.

As consequências da morte solitária de Chris e as atitudes agressivas de Travis obrigaram ele, Madison e Alicia (Alycia Debnam-Carey) a abandonar o hotel, mas não sem antes mais cenas de tensão e violência, que exterminaram com a única pessoa da família que ainda não havia matado um humano. Sem escolhas, eles decidem ir ao encontro de Nick, que também está tendo seus momentos sangrentos. Enquanto tentava convencer Alejandro (Paul Calderon) de que a solução para evitar um confronto com os traficantes seja abandonar a colônia, um paciente do farmacêutico se levanta como zumbi e ataca Nick. Durante a confusão, Alejandro leva uma mordida no braço, enquanto o garoto e o zumbi caem sobre os pacientes da enfermaria: um tem o nariz arrancado a dentada; Nick fura os olhos da criatura, até alcançar seu cérebro!

A mordida no mestre espiritual Alejandro acaba por revelar sua mentira. Ele não sobreviveu a um ataque pela fé, mas quis usá-la para liderar seu povo. Nick, então, decide assumir o comando para que os sobreviventes possam chegar à fronteira, onde parece haver uma base militar de apoio a quem precisa. Deixam no local, além de Alejandro, uma horda de mortos, pronta para o ataque final aos bandidos. Quem chegou primeiro à divisa foi Ofélia (Mercedes Mason), em busca de seu noivo, mas acabou sendo interceptada por um caçador.

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Mesmo com algumas facilidades do roteiro, que fizeram o México parecer um bairro, e algumas bobagens como o endereço da colônia estar no bolso do casal que fora torturado para que revelasse o local, Wrath e North encerraram satisfatoriamente a temporada, deixando o espectador ansioso para acompanhar os próximos capítulos – pela primeira vez. A boa direção de Stefan Schwartz e Andrew Bernstein também foram responsáveis pela avaliação positiva. Veja a rima de imagens entre o corpo caído de Chris e o de Brandon, em posições semelhantes, com ferimentos na cabeça para você entender esse cuidado técnico. Agora só nos resta aguardar para saber se os bons rumos desse final serão recorrentes na terceira temporada, para que possamos ver intensidade também na chegada à América do Norte.

Acompanhe a análise dos demais episódios nas páginas abaixo!

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