El Baron del Terror (1962)
![]() ![]() El Baron del Terror
Original:El Baron del Terror
Ano:1962•País:México Direção:Chano Urueta Roteiro:Federico Curiel, Adolfo López Portillo Produção:Abel Salazar Elenco:Abel Salazar, Ariadna Welter, David Silva, Germán Robles, Luis Aragón, Mauricio Garcés, Rubén Rojo |
Cotado dignamente como um clássico na revista “Filmfax“, esse obscuro filme estrelado e produzido por Abel Salazar é um dos mais conhecidos e cultuados filmes trash produzidos no México na década de 60, sucesso imenso entre os fãs de produções bagaceiras dos Estados Unidos (e lá recebendo o título de The Brainiac), sendo que o próprio Salazar é responsável por outras cultuadíssimas pérolas como El Ataud del vampiro (1957), El Hombre y el Monstro (1958), El Mundo de los Vampiros (1960), La Maldicion de la Llorona (1963) e La Cabeza Vivente (1963), entre os mais conhecidos – e todas igualmente populares entre os ianques.
Rodado num preto e branco sombrio e atmosférico pelo diretor Chano Urvueta, o plot é mais ou menos parecido com o clássico Black Sunday, rodado na Itália por Mario Bava no mesmo ano, e Fiend Whitout a Face, mais antigo, de 1958, onde há um monstrengo esquisito sugador de cérebros humanos. Há cenas memoráveis, que devem figurar para sempre na memória das antologias bagaceiras, como a queda do meteorito que, momentos depois, se transforma no Barão-monstro; ou o ataque do Barão a uma de suas vítimas canastronas, que, por ser canastrona, não consegue esconder o sorriso. Também, com um monstro ridículo e pateta como aquele, numa máscara de borracha que não convence nem a crianças de oito anos, não podemos culpar o elenco de vítimas… (a máscara fica inflando e desinflando, conforme o monstro se aproxima de sua vítima, num efeito hilário). Isso porque a criatividade do cara que desenhou a máscara do monstro (provavelmente o próprio multi-homem Abel Salazar, o “Ed Wood mexicano“) é de impressionar até aos mais calejados admiradores do cinema trash.
O caso é que El Baron del Terror é uma tranqueira divertidíssima, charmosa a sua maneira, e em nada fica devendo às outras produzidas nesse mesmo período pelos vizinhos norte-americanos, muito mais experientes com orçamentos reduzidos mas donos de uma perícia talvez não muito maior, como comprovam películas similares e igualmente incompetentes como The Navy vs. The Night Monsters (1966) e Zonthar, the Thing from Vênus (1968), entre muitas, muitas outras. No mais, um raro exemplo da finesse gothic mexicana.
O Ed Wood mexicano se chama Juan Orol.
Também
Também é.