Crimes Obscuros (2018)

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Crimes Obscuros
Original:Dark Crimes
Ano:2018•País:Polônia, EUA, UK
Direção:Alexandros Avranas
Roteiro:Jeremy Brock
Produção:John Cheng, Piotr Dzieciol, David Gerson, Simon Horsman, Brett Ratner, Jeffrey Soros
Elenco:Jim Carrey, Marton Csokas, Charlotte Gainsbourg, Kati Outinen, Vlad Ivanov, Robert Wieckiewicz, Agata Kulesza, Piotr Glowacki, Julia Gdula, Zbigniew Zamachowski, Danuta Kowalska

Produzido diretamente para vídeo, Crimes Obscuros é baseado no artigo “True Crimes – a Postmodern Murder Mistery”, de David Grann (que o infernauta pode ler na íntegra  – em inglês – aqui). Na novela original, Grann adaptou o caso real do escritor polonês Krystian Bala, que foi preso e condenado pelo assassinato do empresário Dariusz Janiszewski no ano de 2000. A principal pista que levou à prisão de Bala foi o fato de ele ter escrito o romance Amok em 2003, cujo enredo continha passagens bastante similares ou idênticas ao modo como ocorreu o assassinato do empresário polonês, três anos antes. Uma história bastante instigante, diga-se de passagem.

Portanto, não é surpresa que a produtora Focus Films tenha adquirido os direitos para produção de um longa-metragem logo após a publicação do artigo. Com Alexandros Avranas (do elogiado Miss Violence) na direção, e um elenco encabeçado por Jim Carrey e Charlotte Gainsbourg, o filme aparentava ser promissor. Infelizmente só aparentava mesmo. Adaptado por Jeremy Brock (O Último Rei da Escócia), o roteiro segue o detetive Tadek (Carrey), que se vê obcecado em resolver o misterioso assassinato de um rico empresário polonês. Meio que por acaso ele se depara com um novo romance recém publicado do famoso escritor Krystof Koslov (Csokas), que descreve muitas semelhanças com o modo com o qual ocorreu o assassinato real. Ele, então, parte em busca de respostas, numa jornada que pode lhe custar a sanidade.

De andamento absurdamente lento, moroso até, Crimes Obscuros tenta construir um clima de desolamento, mistério e tristeza graças ao uso de uma paleta de cores bastante dessaturada e ao clima frio de sua fotografia, porém o sentimento mais próximo de gerar no espectador é provavelmente um tédio enorme. Carrey, já acostumado com papeis dramáticos – basta vermos O Show de Truman e Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças – parece aqui pouco à vontade, criando uma personagem fria e nada carismática, algo que seria fundamental para que seu seu detetive funcionasse. Até mesmo o suposto mistério do longa, manjado e previsível, quando se mostra tardiamente no longa, é quase um anti-clímax.

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Marcus Augusto Lamim

Um seguidor fiel do cinema em todos seus formatos e gêneros, amante de rock e do gênero fantástico, roteirista amador e graduando em química.

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