3.3
(8)

O Chalé
Original:The Lodge
Ano:2019•País:EUA
Direção:Veronika Franz, Severin Fiala
Roteiro:Sergio Casci, Veronika Franz, Severin Fiala
Produção:Aliza James
Elenco:Riley Keough, Lia Mchug, Jaeden Martell, Richard Amitage, Alicia Silverstone

Incômodo e desolador, o filme de Veronica Franz e Severin Fiala traz uma atmosfera paranoica, provocando no espectador uma angustiante sensação de sufocamento. O público familiarizado com o trabalho dos diretores notará pontos que conectam este filme a Boa Noite Mamãe. O principal é o fato de uma mulher estar em companhia de duas crianças em uma casa isolada, onde incertezas alimentam esse sentimento de paranoia.

Grace (Riley Keough) é o novo amor de Richard (Richard Armitage). Mas o relacionamento não é aceito pelos filhos do jornalista – Aidan (Jaeden Martell) e Mia (Lia McHugh). A situação piora devido a um trágico acontecimento envolvendo Laura (Alicia Silverstone), mãe das crianças. Com a chegada das celebrações de fim de ano, Richard decide reunir Grace e seus filhos para tentar uma aproximação. As crianças são deixadas com a madrasta e estranhos eventos começam a acontecer ao redor da casa.

Estes acontecimentos trazem à tona o passado obscuro de Grace, que fez parte de um culto religioso (uma referência à seita americana Templo dos Povos de Jin Jones). Os enquadramentos nos corredores apertados da casa causam uma sensação de claustrofobia. A neve que limita a visão do ambiente externo intensifica o isolamento. Boa parte do filme se passa com o trio tentando entender a situação em que se encontra. Sem energia, sem comida, sem qualquer tipo de comunicação, a relação entre Grace e as crianças fica cada vez mais intensa. À medida que a mulher mergulha em seu passado de fanatismo religioso, reacende dentro dela sentimentos de culpa que beiram a loucura.

O Chalé não aprofunda muito no desenvolvimento dos personagens, apenas narra os fatos de maneira a dar a entender o crescimento dos sentimentos provocados a eles; assim como suas ações e motivações. Mesmo que o filme soe previsível, a sensação de que algo muito ruim vai acontecer é agonizante, e te prende. E por mais que você saiba o que está por vir, a pancada final é forte.

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Média da classificação 3.3 / 5. Número de votos: 8

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3 Comentários

  1. Assim como em Boa Noite, Mamãe, os diretores nos mostram através das atitudes dos personagens o quão cruel é o ser humano… seja ele adulto ou até mesmo criança a maldade esta sempre presente e se manifesta nas horas de Raiva ou Desespero dos mesmos… Atrama pode não ser das mais originais, mas prende a atenção do espectador, nos transporta pro universo claustrofóbico do lugar, seja dentro ou fora da casa… e as atuações são bem aproveitadas… pois ao mesmo tempo que nos convence e nos comove, também nos faz pegar certa raiva e por que não dizer ódio também… o final é um dos mais fantásticos já imaginado e nos mostra que quando somos pegos pelo desespero e este passa a tomar conta de nossa mente ninguém sai ileso da situação… sempre á um preço a ser pago. Fantástico…!!!

  2. Gostei muito de Boa Noite Mamãe. Já esse O Chalé achei medíocre, inverossímil em algumas partes, e muito chato.

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