4.3
(7)

Kingdom: Ashin of the North
Original:Kingdom: Ashin of the North
Ano:2021•País:Coreia do Sul
Direção:Seong-hun Kim
Roteiro:Eun-hee Kim
Produção:Lee Sung-joon
Elenco:Jun Ji-hyun, Si-ah Kim, Byeong-eun Park, Kyo-hwan Koo, Roe-ha Kim

Estou cansado de rasgar elogios para Kingdom. A aclamada série de zumbis sul-coreana possui duas temporadas e é de longe um dos melhores produtos originais da Netflix. Não apenas pelo gênero em si, mas pela qualidade praticamente impecável em aliar uma trama histórica real num drama profundo, junto a este elemento de horror tão aclamado da cultura pop. Por isso, as expectativas com o episódio especial Ashin of North não só eram altas, como foram extremamente bem cumpridas. Kingdom: Ashin of the North é tão bom que não pode ser considerado um mero episódio especial da série, mas sim um dos melhores filmes de zumbis dos últimos anos.

O filme começa com o que pode ser sim considerada uma complicada contextualização de um período conturbado da Coréia ao lidar com a invasão do Japão e uma intensa rivalidade entre o governo de Joseon e a tribo dos Pajeowi. Nesse contexto somos apresentados a Ashin, uma Pajeowi que vive em miséria junto a parte de seu povo, ainda que se sinta compensada pelo amor e carinho recebidos pelo pai.

Andado por terras proibidas para seu povo, Ashin descobre uma montanha de corpos dos Pajeowi junto a inscrições numa pedra sobre uma planta que pode trazer os mortos de volta à vida. E é aí que o filme começa a crescer.

De fato, para quem espera um mero filme de ameaça zumbi, Ashin of the North vai muito além. A exemplo da série, novamente um importante contexto histórico é apresentado, sendo a base para os acontecimentos. Até o primeiro zumbi surgir no filme você se impressionará com o tempo corrido, mas nunca ficará sem interesse real na densa trama.

E quando a primeira grande cena zumbi surge, é incrível ver que ela é na verdade protagonizada por um monstruoso tigre morto-vivo. A sequência de caça ao animal, que se torna uma verdadeira carnificina entre o exército de Joseon e os próprios Pajeowi é insana, muito bem construída e memorável.

Tudo isso para depois trazer um grande trauma a Ashin e uma belíssima cena de transição de sua infância para a vida adulta, quando Ji-hyun Jun volta a assumir a personagem apresentada no final da segunda temporada da série, com uma interpretação realmente elogiável.

Nesse segundo momento, o filme passa então a correr. As reviravoltas passam a ser frequentes, junto a uma explosão de violência em tela e uma fúria de vingança que carrega a personagem junto ao seu conhecimento de como trazer os mortos de volta à vida.

Todo o arco final de Kingdom: Ashin of the North é colossal. A sequência da maior onda zumbi do filme faz um esforço único para se manter no mesmo patamar da série e consegue, junto a um desfecho impactante nos planos da personagem e explicações pontuais de como ela se encaixa e se liga ao universo de Kingdom.

Como se passa antes dos acontecimentos da série, Ashin of the North consegue pesar pouco a mão no contexto daquele mundo e pode ser assistido de forma independente. Ashin é uma personagem apresentada rapidamente no final da segunda temporada e que aqui ganha seu tom, tornando Kingdom ainda mais obrigatório para os fãs de zumbis.

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Média da classificação 4.3 / 5. Número de votos: 7

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1 comentário

  1. Simplesmente perfeitos. Filme e série. Na minha opinião é a melhor produção feita pela Netflix. Nota 10 para o filme e nota 666 para a série.

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