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The Blackwell Ghost 4
Original:The Blackwell Ghost 4
Ano:2020•País:EUA
Direção:Turner Clay
Roteiro:Turner Clay
Produção:Turner Clay
Elenco:Turner Clay

O quarto falso documentário, dirigido e estrelado por Turner Clay, é o mais bem realizado da franquia até o momento. A boa aceitação dos filmes anteriores – e provavelmente ele deve ter lido críticas a respeito – o levou a um processo muito mais visual do que apenas mecânico, e ainda soube lidar com algo até então desconsiderado: o seu lado humano. A obsessão do cineasta pela captação de fenômenos inexplicáveis começou a afetar sua saúde e seu casamento, e seu personagem voltou a sentir medo. Estava realmente contribuindo para a baixa veracidade de seus relatos esse seu lado destemido, oriundo de uma pessoa que, até a realização do primeiro, não tinha certeza se fantasmas existiam.

Depois de partir para uma nova casa assombrada, a partir de sua investigação sobre o que teria acontecido com Sarah Baker e o assassino James Lightfoot, visto em The Blackwell Ghost 3, Turner trouxe uma informação nova: no dia em que o serial killer se matou, ele deixou um bilhete criptografado com a proposta de descoberta do corpo de Susan Forrester. Ele posta na sua página no facebook The Blackwell Ghost (a página realmente existe, mas as tais postagens não) para que alguém tente desvendar o enigma e parte novamente para a casa, desta vez com censores de movimento (o som parece o de chamada de senha em fila de banco), mais câmeras e um aparelho criado por ele – The Ghost Whisperer – que permite que fantasmas possam “assoprar” para ativar letras.

As batidas agressivas continuam a incomodá-lo, tanto que ele fica tenso e temendo pelo aumento de sua pressão. Os sensores serão ativados algumas vezes, as cortinas irão se abrir, coisas irão cair, até mesmo quando ele não está presente, mas, finalmente, voltaremos a ter aparições. Se a primeira, da Ruth Blackwell, foi um dos pontos mais arrepiantes do longa original, era de se estranhar que ele não tivesse mais se aproveitado desse recurso. Neste, ele não apenas utiliza, como faz mais de uma vez, a partir dos reflexos na janela. São sequências que se somam ao som, ao terror do personagem, e a tentativa de comunicação para construir um cenário curioso e aterrorizante.

Se o quesito medo foi bem trabalhado, o roteiro e a edição continuaram com o bom trabalho de instigação. É de se estranhar a demora de Turner Clay para perceber a relação entre as letras descobertas e o enigma, o que deve justificar as batidas cada vez mais fortes na insistência que ele traduza a mensagem. Ainda restam algumas pontas soltas a serem explicadas, provavelmente no quinto filme, sobre os telefonemas às 2h47 e o modus operandi do assassino – soa estranho o relato do filho dele no filme anterior sobre encontrar corpos em sua casa. Neste, o documentário traz uma entrevista com a mãe de Susan, curtas e suficientes para não incomodar o espectador com quebras de ritmo.

Como aconteceu no final do terceiro, ele já anuncia a realização do quinto filme, com uma prévia sobre a busca pelos outros corpos. Pode-se esperar mais batidas, um possível novo enigma e – quem sabe – mais aparições sinistras para arrepiar o público.

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