Death Disco #4 (2022)

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Death Disco: Vol. 4
Original:Deathco #4
Ano:2022•País:Japão
Páginas:208• Autor:Atsushi Kaneko •Editora: DarkSide Books

O mangá Death Disco continua a todo vapor. Já conhecemos os ceifadores, seu trabalho mortal e até mesmo quem são as pessoas por trás das máscaras. Sabemos que uma sociedade misteriosa chamada Guild é quem decide quem é o novo alvo da vez e paga uma generosa quantia por sua eliminação. Acompanhamos a ceifadora mais letal e eficiente de todos, Deathko, durante três volumes – não sabemos sobre seu passado, mas sabemos o suficiente de suas habilidades e letargia pós matança. Deathko mora com Madame M em uma enorme mansão, mas afinal, quem é Madame M? Essa pergunta será respondida no volume 4 de Death Disco.

O volume começa com a caça de uma nova cabeça, um cientista que desenvolveu a arma química mais letal já conhecida, capaz de acabar com o mundo. O alvo se mostra inteligente, fugindo dos locais antes de ser pego pelos ceifadores, entretanto, sua sorte está prestes a acabar. Seu erro? Subestimar uma ceifadora em especial. Desnecessário dizer que o trabalho foi feito com perfeição, deixando em aberto se o mundo realmente ficou livre de uma arma tão perigosa.

O próximo capítulo nos apresenta a uma figura tão sombria e mortal quanto Deathko: Deevil. Sua missão é “corrigir os erros de Deus”, e ele não é um ceifador comum atrás de cabeças, não. Ele está atrás dos ceifadores. Reza a lenda que apenas Madame M foi páreo para ele. E, enfim, vamos conhecer o passado dessa mulher tão respeitada até os dias de hoje em um meio do qual ela não faz mais parte.

Elegante e precisa, essa é a marca de Madame M. Seu estilo é admirado por todos os ceifadores, e ninguém diria que, no seu dia-a-dia, ela é uma simples dona de casa. Claro que a rotina a deixa entediada, e a noite é apenas dela.

Após três volumes focados apenas em Deathko, ter um esclarecimento sobre o passado de sua guardiã foi muito bem-vindo. O mangá volta a ter aquele ritmo alucinante de lutas e violência que não foi visto no volume 3, mas sem deixar de desenvolver a história, que tem um avanço significativo. A parte da bizarrice fica um pouco de lado – quer dizer, se você já se acostumou com o fato de existirem assassinos mascarados caçando criminosos por aí – para dar lugar a um enredo mais linear, onde todos os capítulos têm uma ligação clara, e não apenas mensagens subliminares subentendidas, entre si. Há mortes bem feitas e cruéis e uma narrativa que desperta o interesse do leitor. Aqui, finalmente temos mais respostas do que novas perguntas.

Nota-se uma certa semelhança no estilo de Madame M, desde a roupa até o jeito de lutar, com a anti-heroína Selina Kyle, vulgo Mulher Gato. Sua entrada triunfal logo na primeira aparição, as roupas de vinil, a máscara, o salto alto e os golpes limpos certamente não passarão despercebidos por leitores de Batman. Como já foi dito em resenhas anteriores, a arte de Kaneko é uma mistura do tradicional traço visto em mangás com o estilo de quadrinhos norte-americano, e isso fica bem claro no volume 4.

O final é, até então, o mais empolgante dos quatro volumes já publicados pela Darkside Books. O próximo ato (ou próximos, com Atsushi Kaneko nunca se sabe) promete uma luta sangrenta e sem pudores entre os maiores ceifadores conhecidos. Resta saber se Madame M continuará como mera espectadora em seu castelo ou se voltará à ativa para lidar com antigos rancores. Esperamos que sim, e aguardamos uma belíssima dança da morte por vir.

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Louise Minski

Um experimento de Schrödinger entediado.

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