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O Exorcista do Papa
Original:The Pope's Exorcist
Ano:2023•País:
Direção:Julius Avery
Roteiro:Evan Spiliotopoulos, Michael Petroni, R. Dean McCreary, Chester Hastings, Jeff Katz, Gabriele Amorth
Produção:Doug Belgrad, Michael Patrick Kaczmarek, Jeff Katz
Elenco:Russell Crowe, Daniel Zovatto, Alex Essoe, Franco Nero, Peter DeSouza-Feighoney, Laurel Marsden, Cornell John, Ryan O'Grady, Alessandro Gruttadauria, River Hawkins, Jordi Collet, Carrie Munro

Desta vez o demônio foi longe demais. Desafiar o Padre Merrin (Max von Sydow), John Constantine (Keanu Reeves) e o casal Ed e Lorraine Warren parece não ter sido o suficiente para acalmar sua ira infernal, pois com o lançamento do filme O Exorcista do Papa (The Pope’s Exorcist), a briga agora é com o General Maximus (Russell Crowe). O ator neozelandês interpreta o padre Gabriele Amorth, que, durante 30 anos a serviço do Vaticano, realizou dezenas de milhares de exorcismos, além de ter escrito diversos livros “bons” sobre o tema. Com um convincente sotaque italiano e muito apreço por café sem açúcar, o Amorth de Crowe usa de sua inteligência desafiadora e bom humor – “o Diabo não gosta de piadas” – para salvar almas inocentes de uma possível perdição eterna.

O filme começa numa vila rural italiana em 1986, com o padre irritando um demônio para que mostre sua força possuindo um porco, para logo depois pedir o seu abate – por que o Padre Karras não pensou nisso? Na verdade, como o próprio comenta em um tribunal do Vaticano, ele sabia que o jovem não estava possuído e que sua ação teatral era necessária para libertá-lo de sua doença. Ele até constata que 98% dos casos em que teria participado até então não envolvem possessões demoníacas, mas distúrbios mentais, sobrando 2% para o horror que irá enfrentar com a família de Julia (Alex Essoe, rosto conhecido de produções de Mike Flanagan), quando ela e seus filhos – a rebelde Amy (Laurel Marsden) e o calado Henry (Peter DeSouza-Feighoney) – se mudam para uma grandiosa abadia na Espanha.

Os jovens ainda tentam superar a morte trágica do pai, e as distrações promovidas pela mãe não se mostram suficientemente agradáveis, pois logo Henry começa a demonstrar comportamento agressivo, sem um adequado diagnóstico médico. Batidas na parede e marcas pelo corpo – clichês básicos do estilo – são o pontapé inicial para o despertar de uma entidade nos confins do porão. E o demônio, como mostra o trailer, faz questão da presença de Amorth para mostrar sua força e também um propósito mais ameaçador. O padre irá se unir ao jovem Esquibel (Daniel Zovatto, de O Homem nas Trevas) e terá que combater não somente o Mal que irá se manifestar, mas também seus demônios pessoais, devido a acontecimentos não muito bem enterrados.

Na busca pelo passado da abadia, com revelações importantes sobre a terrível inquisição espanhola, O Exorcista do Papa passará a dialogar com a Lenda do Tesouro Perdido (National Treasure), com Amorth assumindo um lado Indiana Jones na busca por uma chave para desvendar a identidade do demônio, contando com o apoio irrestrito do Papa, interpretado de maneira espetacular pelo lendário Franco Nero. Seus métodos provocativos não se mostrarão suficientes, precisando de um verdadeiro combate que irá envolver todos os familiares, além do esforço do padre novato para aprender a pronunciar o latim – “é igual ao espanhol“, diz Amorth.

O Exorcista do Papa não vai ensinar a rezar a missa, nem tampouco tem pretensões de ir além de sua proposta, consciente de todo um repertório de produções similares e que este ano estão se acumulando nos cinemas e streamings. Desanima por já permitir que o espectador saiba logo nos primeiros acordes que o protagonista continuou na função por três décadas, o que diminui a preocupação sobre seu destino. Acerta na produção, nas boas atuações, nos efeitos clichês e no desenvolvimento de uma narrativa escrita a quatro mãos – Evan Spiliotopoulos e Michael Petroni -, com argumentos de R. Dean McCreary e Jeff Katz, e que nunca perde seu interesse. Parece, se a bilheteria fizer por merecer, que há a intenção de realização de uma franquia, com Amorth atuando como os Warrens, na apresentação de outras possessões que trabalhou. Talvez uma série de TV? Quem sabe, além dos produtores e dos demônios envolvidos?

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2 Comentários

  1. “Com um convincente sotaque italiano” kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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