O Monstro da Era Atômica (1959)

3
(2)

O Monstro da Era Atômica
Original:The Cosmic Man
Ano:1959•País:EUA
Direção:Herbert S. Greene
Roteiro:Arthur C. Pierce
Produção:Robert A. Terry
Elenco:John Carradine, Bruce Bennett, Angela Greene, Paul Langton, Scotty Morrow, Herbert Lytton, Alan Wells, Dwight Brooks

John Carradine (1906/1988) é um dos atores do passado cujo nome tem grande associação com os filmes bagaceiros de horror e ficção científica. Seu currículo é imenso (mais de 350 filmes) e está repleto de tranqueiras divertidas. O Monstro da Era Atômica (The Cosmic Man, 1959) é uma produção de baixo orçamento da Allied Artists com direção de Herbert S. Greene, roteiro de Arthur C. Pierce e fotografia original em preto e branco, que está disponível no Youtube com opção de legendas em português. E além da versão original em P&B, tem também uma versão colorizada por computador.

Um objeto voador não identificado de formato esférico desperta a atenção dos militares americanos sob o comando do General Knowland (Herbert Lytton), que envia um grupo para investigar o fenômeno, formado principalmente pelo Coronel Matthews (Paul Langton) e o cientista Dr. Karl Sorenson (Bruce Bennett). Ao chegar no local do pouso do objeto de outro mundo, nas montanhas da Califórnia, eles especulam sobre sua origem, eventual tripulação e intenções, estabelecendo visões diferentes e conflitantes entre eles. O militar da Força Aérea está sempre preocupado com a segurança nacional e possibilidade de ataque inimigo, e o astrofísico procura defender a ciência e possibilidades de obter novos conhecimentos com tecnologia de antigravidade.

Da nave esférica surge um alienígena humanoide com poder de camuflagem, o “Homem Cósmico” do título original (John Carradine), com comportamento pacífico, mas que é recebido com hostilidade, obrigando-o a se refugiar disfarçado numa hospedaria, entrando em contato com Kathy Grant (Angela Greene) e seu filho pequeno, Ken (Scotty Morrow), que anda em cadeira de rodas e gosta de astronomia.

O nome nacional escolhido é bastante oportunista para chamar a atenção do público, explorando o medo do desconhecido com os efeitos das bombas atômicas de destruição em massa, e utilizando algo que não tem no filme: o tal “monstro”. Em seu lugar temos um alienígena humanoide com intenções pacíficas. Curiosamente, no mesmo período, em 1960, foi lançado um filme italiano com o nome internacional “Atom Age Vampire”, lançado em DVD no Brasil como O Vampiro da Era Atômica, na Coleção “Lobisomens, Vampiros e Zumbis” Volume 3, da “Revista Digital Showtime”.

O Monstro da Era Atômica situa-se dentro da temática de invasão alienígena e paranoia nuclear da Guerra Fria entre EUA e a antiga URSS, que são ideias muito exploradas principalmente nos filmes bagaceiros de FC com elementos de horror nas décadas de 50 e 60 do século passado, um período de grande tensão no mundo após a Segunda Guerra Mundial. O filme nos remete sutilmente ao clássico O Dia Em Que a Terra Parou (1951), ao retratar um alienígena humanoide pacifista sem desejos tiranos de conquista, que é recebido com desconfiança pelos humanos obrigando-se a se esconder, ao contrário do que acontecia com a maioria dos filmes similares, repletos de criaturas do espaço exterior ávidas por tomar posse da Terra com o uso de violência e arrogância com supremacia tecnológica.

É pena que os maiores interesses dos apreciadores do cinema fantástico bagaceiro, ou seja, naves espaciais e monstros toscos, estão ausentes aqui, e temos apenas um objeto voador espacial esférico parecido com uma bola de golfe, com dimensões suficientes para abrigar apenas um alienígena de tamanho próximo de um homem comum. O único diferencial para a infinidade de produções parecidas é a participação do ator John Carradine, mas que não surte grande efeito pois ele aparece pouco e somente depois de metade do filme.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 3 / 5. Número de votos: 2

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Avatar photo

Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *