3.5
(2)

O Ritual Satânico
Original:Day 13
Ano:2020•País:
Direção:Jax Medel
Roteiro:Dan Gannon, Walter Goldwater
Produção:Richard C. Brooks
Elenco:Alex MacNicoll, Genevieve Hannelius, Martin Kove, Darlene Vogel, Meyrick Murphy, JT Palmer, Jonathan Ohye

Colton Fremont (Alex MacNicoll) é o típico garoto norte-americano, mora em um bairro familiar de alto padrão, levando uma vida pacata e sem grandes preocupações com a mãe e a irmã. O jovem vê seus planos para o verão arruinados quando descobre que terá que ficar de babá da irmã caçula, Rachel (Meyrick Murphy), enquanto sua mãe, Lisa (Darlene Vogel), faz uma viagem. Suas férias pareciam estar fadadas ao tédio, até que tudo muda com a chegada de novos vizinhos.

Desconfiado dos desconhecidos que mudam para a vizinhança em uma certa madrugada, Colton passa a observar atenciosamente toda e qualquer movimentação na casa da frente, instalando inclusive câmeras de vigilância para poder monitorar a família. Ao tentar explorar a casa, o garoto conhece Heather (Genevieve Hannelius), que conta ter mudado para aquele bairro acompanhada de Magnus Torvald (Martin Kove), seu pai adotivo. Colton se apaixona instantaneamente pela nova vizinha e, após capturar imagens bizarras do pai de Heather, torna-se o mais novo protetor da garota que acaba de conhecer.

O adolescente — sem muito o que fazer no verão, a não ser cuidar da própria irmã — acaba ficando cada vez mais obcecado por Heather e, acompanhado pelo seu melhor amigo e cúmplice Michael (JT Palmer), passa a filmar os vizinhos e investigar o caso com maior afinco, o que começa a incomodar não só o pai da garota, mas também a polícia local. Em determinado momento, Colton fica convencido não somente de que há algo muito errado naquela casa, mas também de que ele é a única pessoa capaz de proteger Heather do excêntrico Sr. Torvald.

A história do filme não é nem um pouco inovadora. A temática que envolve a investigação de vizinhos misteriosos tem sido revisitada em inúmeras obras do gênero ao longo das décadas, como o lendário Janela Indiscreta (1954), a comédia Meus Vizinhos São Um Terror (1989), o suspense — inspirado no clássico de Hitchcock — Paranoia (2007) e o empolgante Verão de 84 (2018). Além disso, o longa não deixa de seguir a velha e conhecida premissa do “mocinho branco e rico que precisa salvar a garota problemática de uma ameaça”. Até aí tudo bem, um filme de terror não precisa “inventar a roda” para ser bom, longe disso, mas a relativa falta de originalidade do roteiro não é o que mais prejudica a obra de Medel.

O pior da produção definitivamente são os efeitos especiais grotescos do final. O plot twist, além de poder ser sacado com bastante antecedência, é completamente ofuscado pelo que eu acredito ser um dos piores usos de CGI que já vi na história do cinema de horror. Orçamento baixo nunca foi desculpa para finais mal feitos, poderia citar inúmeros exemplos de películas que não precisaram de efeitos especiais extraordinários para passar sua mensagem. O final de O Ritual Satânico poderia ter sido muito mais efetivo, e aterrorizante, se o diretor tivesse optado por um caminho mais sutil, algo parecido com o que Polanski fez em O Bebê de Rosemary, por exemplo.

Apesar dos personagens clichês e forçados, da atuação fraca de G Hannelius, das sequências cansativas e dos desastrosos efeitos especiais do final, O Ritual Satânico é um filme com momentos divertidos, aquele que assistimos com os amigos em um sábado à noite sem grandes pretensões, só não espere algo assustador como o título promete.

O Ritual Satânico atualmente está disponível na plataforma de streaming Prime Video.

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