Cabana 28 – Madrugada do Horror (2017)

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Cabana 28 – Madrugada do Horror
Original:Cabin 28
Ano:2017•País:UK
Direção:Andrew Jones
Roteiro:John Klyza
Produção:Lee Bane
Elenco:Terri Dwyer, Harriet Rees, Brendee Green, Lee Bane, Gareth Lawrence, Linny Bushey, Sean Rhys James, Derek Nelson, Jason Homewood, Ryan Michaels, Jevan White, Alexander Bradwell, Lucas Bradwell

Cabana 28 – Madrugada do Horror é um filme de terror do subgênero Home Invasion, baseado em um dos crimes de homicídio mais famosos dos Estados Unidos, conhecido como os assassinatos de Keddie.

Sue (Terri Dwyer) é uma mãe solo que, após se divorciar do marido, mudou-se para o interior da Califórnia e passou a viver em uma cabana com seus cinco filhos: os adolescentes Johnny (Sean Rhys James), Sheila (Brendee Green) e Tina (Harriet Rees), e os caçulas Ricky (Alexander Bradwell) e Greg (Lucas Bradwell).

Em um certo dia, a família recebe a visita de seus vizinhos Marilyn (Linny Bushey) e Marty (Lee Bane), além de Bo (Gareth Lawrence), um amigo do casal. Enquanto Sue e a “curiosa” Marilyn conversam na cozinha, os ameaçadores Marty e Bo ficam do lado de fora da cabana, em um diálogo que sugere que Marty chegou a ter um envolvimento íntimo com Tina. Mesmo quando os três visitantes adultos partem, Justin (Jevan White) – o filho de Marty e Marilyn – fica para passar a noite na casa de Sue e brincar com Ricky e Greg. Mais tarde, Sheila também deixa a cabana para dormir na casa de uma amiga. Johnny, o primogênito também estava fora, em uma festa com seu amigo Dana (Derek Nelson). Resta a Sue e Tina uma noite agradável de mãe e filha, assistindo filmes e comendo pipoca, enquanto as crianças brincam no andar de cima. Tudo parece correr bem até que estranhos mascarados batem à porta de madrugada e tentam invadir a residência da família… é quando o pesadelo começa.

Como um representante do saturado subgênero Home Invasion, era de se esperar que a película se escorasse em algumas fórmulas e, de fato, o filme está cheio de clichês. Mas este está longe de ser seu único problema.

O filme já não tinha bons antecedentes. Foi dirigido por Andrew Jones, o cineasta galês conhecido por um currículo repleto de bagaceiras, produções independentes e de baixo orçamento, como O Exorcismo de Anna Ecklund (2016) e a franquia de Robert the Doll (2015). A obra de Jones tem inúmeros defeitos, o enredo é pobre, as atuações são péssimas, nem mesmo fiel à história real ele chega a ser. Ainda assim, eu tinha a esperança de que algumas mortes fossem boas, o que também não aconteceu.

Atenção: os próximos parágrafos podem contem spoilers.

A história do filme é baseada no caso do quádruplo homicídio que ocorreu em 1981 na Cabana 28 do resort Keddie, resultando na morte de Glenna “Sue” Sharp, seus filhos John e Tina, e Dana Wingate, enquanto que Rick, Greg e Justin foram poupados. Ao que tudo indica, os crimes foram cometidos por dois homens, sendo que o corpo de Tina foi encontrado apenas em 1984, três anos após o ocorrido, a quilômetros de distância de Keddie. Mesmo com o surgimento de novas evidências ao longo dos anos, o crime permanece não resolvido, tendo como principais suspeitos o vizinho Martin Smartt e John “Bo” Boubede.

É compreensível que, ao se tratar de um filme baseado em fatos, o diretor faça adaptações, especialmente neste caso em que a história verídica é marcada pela falta de provas e por uma investigação controversa. Até dá para relevar o uso das máscaras de palhaço que, apesar de clichês, ajudam a manter o mistério sobre a identidade dos assassinos. Mas outras mudanças foram descabidas, para não dizer absurdas, como a gravidez de Tina e seu envolvimento com Martin, além da inclusão de um terceiro psicopata. A história real por si só já é assustadora o bastante, não precisaria desse tipo de reviravolta.

Os quase 80 minutos do filme são bem mal aproveitados e não tivemos a oportunidade de conhecer em profundidade os protagonistas. Johnny, o filho mais velho, por exemplo, somente é introduzido na metade do filme e basicamente só aparece para morrer. Essa falta de conexão com os personagens faz com que o telespectador não se importe quando eles morrem, ou até mesmo agradecem por eles saírem de cena. Por outro lado, os últimos minutos da película são perdidos em uma cena desnecessariamente longa e cansativa, com o policial interrogando os suspeitos.

Fim dos spoilers

Nada salva esse filme, nem a direção, nem o enredo, nem as mortes ou a atuação do elenco, inclusive, é difícil escolher qual elemento é o pior. De fato, seu único atrativo é imaginar como aconteceu o misterioso crime da Cabana 28. Neste caso, eu recomendo assistir aos diversos vídeos e documentários que existem na internet sobre o assunto, com certeza será mais produtivo do que perder mais de 1 hora da sua vida com essa bomba.

Cabana 28 – Madrugada do Horror encontra-se atualmente disponível no serviço de streaming Prime Video.

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Taison Natarelli

Biólogo e enfermeiro, nascido e criado em Jaboticabal-SP, a cidade dos zumbis e das “Sete Catacumbas”. Um geek apaixonado por filmes de terror e ficção científica, especialmente os slashers dos anos 70/80 e Jurassic Park.

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