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Terror em Alcatraz
Original:Boa / New Alcatraz
Ano:2001•País:EUA
Direção:Phillip J. Roth
Roteiro:Phillip J. Roth, Terri Neish
Produção:Jeffery Beach, Ken Olandt
Elenco:Dean Cain, Elizabeth Lackey, Mark Sheppard, Dean Biasucci, Craig Wasson, Grand L. Bush, Richard Tanner, Amanda Kiely, Greg Collins, Gary Hershberger, Dana Ashbrook

Uma ideia, no mínimo, curiosa: uma cobra gigante à solta em um presídio de segurança máxima – convenientemente chamado de “Nova Alcatraz” -, fazendo com que os presentes precisem se unir com os criminosos para conseguir escapar de lá com vida. Provavelmente, alguém apresentou esse argumento para os produtores e quiseram ir na onda do “sucesso” da franquia Python, com mudanças de ares e alguns rostos conhecidos. No caso, Dean Cain foi o que teve o maior salário. Na época, ele era o rosto do Superman pós-Christopher Reeve, tendo atuado em todos os episódios da série Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman, entre 1993 e 1997. Só seria necessário encontrar uma desculpa para ele ir ao tal presídio.

E a desculpa veio quando a Nova Alcatraz estava prestes a abrir as portas. Localizada na Antártida, com apenas seis prisioneiros experimentais, uma jiboia pré-histórica de 24 metros é libertada na insistência do diretor do presídio, Fred Riley (Craig Wasson, de História de Fantasmas, Dublê de Corpo e A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos), de continuar perfurando uma rocha oca. Com a criatura desperta, matando guardas como o curioso Jerkins (Chris Ufland), uma equipe é chamada para exterminá-la, assim como dois experientes paleontólogos, o casal Robert Trenton (Cain) e Jessica (Elizabeth Lackey, de O Planeta dos Macacos, 2001), que vive brigando pelo fato dele querer ter filhos e ela não, algo que não acrescenta absolutamente nada ao filme.

Dentre os presos, considerados políticos e terroristas, vale menção Yuri Breshcov (Mark Sheppard, o Crowley da série Supernatural), com o roteiro gastando tempo precioso para mostrá-lo sendo capturado na compra de mísseis nucleares de médio alcance para a Chechênia, e o hacker Kelly Mitich (Dana Ashbrook, de A Volta dos Mortos-Vivos 2, de A Passagem, de Twin Peaks, e, enfrentando outra cobra gigante em Python 2). Assim que os paleontólogos chegam ao local com uma equipe de resgate, e o único que possui a chave de acesso é morto, o diretor é obrigado a liberar os prisioneiros para encontrar uma saída, enquanto a cobra vai fazendo mais vítimas, a partir das atitudes estúpidas dos personagens.

Sobre o enredo, escrito pelo diretor Phillip J. Roth e Terri Neish, não há muito o que comentar. Há todos os clichês de filmes de criaturas assassinas, facilitando para o espectador saber quem irá sobreviver, sem explorar o que deveria ser o óbvio: claustrofobia. Ora, os personagens estão isolados numa região que impossibilita a sobrevivência externa e tendo a ameaça de um predador pelos corredores, então, por que não deixaram de lado a ação de combate para trabalhar também o medo, o incômodo por saber que você corre o risco de ser devorado, se tentar permanecer no local?

Cria-se um falso mistério sobre a possível morte de Jessica para depois ela encontrar Yuri e lutarem juntos, ao passo que seu marido se une à prisioneira Patricia O’Boyle (Amanda Kiely), líder do Exército Republicano Irlandês, no combate e fuga pelo cano de aquecimento que conduz à superfície. A busca pelo lado externo, mesmo sendo a Antártida, deve-se ao fato que o avião que trouxe os paleontólogos disse que ficaria por um certo tempo antes de partir. Assim pode-se esperar uma corrida desesperada e o acesso do animal ao avião para mais cenas de confronto.

Os efeitos são ruins, como também se pode esperar. Roth, que faz um trabalho razoável no comando, sofrendo pelos efeitos especiais ruins, até tenta esconder a cobra o máximo que pode, mas, quando não tem mais jeito, sobram aos espectadores risadas pela tecnologia digital de fundo de quintal, sem uso de animatronics. Depois desta bomba, o diretor ainda faria a bagaceira Deep Shock – Terror na Escuridão (2003), também com Mark Sheppard no elenco. Já a cobra só teria uma sequência no encontro com a Python em Boa vs. Python: As Predadoras, de David Flores, uma trasheira que tenta se aproveitar do lançamento de Freddy Vs Jason e Alien Vs Predador.

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