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Alligator II: A Mutação
Original:Alligator II: The Mutation
Ano:1991•País:EUA
Direção:Jon Hess
Roteiro:Curt Allen
Produção:Brandon Chase
Elenco:Joseph Bologna, Dee Wallace, Richard Lynch, Woody Brown, Holly Gagnier, Bill Daily, Steve Railsback, Brock Peters, Trevor Eyster, Vojislav Govedarica, Buckley Norris, Julian Reyes

A lenda do jacaré no sistema de esgoto, depois que um filhote fora jogado em um vaso sanitário, rendeu um divertido filme B, dirigido por Lewis Teague, e estrelado pelo veterano Robert Forster (1941-2019), mais reconhecido pelos papéis de general, xerife e detetive em diversas produções. Consciente de suas limitações técnicas, o longa soube esconder bem a criatura e explorou um exemplar real a partir de maquetes e sobreposição de imagens. Com as constantes exibições na TV, há quem o coloque na prateleira das produções “trash“, sendo que o longa é bem realizado, com boas atuações e um interessante enredo, a cargo de Frank Ray Perilli e John Sayles. O final deixava um gancho para uma continuação, mas não se imaginava que algo bem inferior poderia ser feito.

A empresa Future Chemicals Corporation descarta produtos químicos nos esgotos sob o comando do rico Vincent Brown (Steve Railsback), sem imaginar que no local habita o filhote de um jacaré. A ideia é a mesma do primeiro, excluindo as carcaças de animais que serviam de experimento com hormõnios. Depois que restos de dois pescadores são encontrados nas imediações de um lago, o detetive David Hodges (Joseph Bologna) suspeita que possa ser um assassino ou algum animal, comprovando através das análises de laboratório de sua esposa Chris (a figurinha carimbada da época, Dee Wallace) que se trata de um jacaré.

Mesmo com as suspeitas, Brow e o coagido prefeito Anderson (Bill Daily) planejam copiar Tubarão para realizar um evento festivo às margens do lago. E até contratam um caçador, Hawk Hawkins (Richard Lynch), e sua equipe para exterminar a criatura, principalmente com o temor da comunidade pesqueira local. É claro que o animal vai trazer problemas no dia do evento em uma matança bem mal realizada, gravada com o uso de uma cabeça imensa e a cauda, além de animais reais – algumas cenas, inclusive, são repetidas do primeiro filme para economizar nos efeitos.

A aparente refilmagem do primeiro, as sequências de humor mal desenvolvidas e até mesmo o falso heroísmo contribuem significativamente para avaliações negativas, ainda que o principal problema sejam os clichês. Tem até a ideia do detetive que não gosta de trabalhar com parceiros, mas aceita um novato – como no filme original -, o plano de explodir a criatura que ainda encontrará uma oportunidade de estar diante do vilão, que é estereotipado como o de uma história em quadrinhos, matando quem estiver em seu caminho. A cena de “perseguição” de carros até culminar em um “acidente” com o chefe de polícia Speed (Brock Peters) é uma das mais toscas da produção.

Tudo acontece de maneira bastante óbvia e sem surpresas em Alligator II, de Jon Hess (de O Limite do Terror). David Hodges é um personagem bastante parecido com David Madison, sendo que o primeiro ainda tenta ser divertidinho, dançando com uma vendedora na rua e mantendo o bom humor em situações tensas. Os acontecimentos do primeiro nem são lembrados, como se fosse a primeira vez que um jacaré gigante tenha saído do esgoto para se alimentar, mantendo-se próximo do lago para depois retornar aos esgotos, onde mantém sua prole. Mas a história é a mesma, um reciclagem que teve passagem limitada pelos cinemas e foi merecidamente destroçada pela crítica da época como os pescadores do lago.

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